Praça da República (Póvoa de Varzim)
Placa do largo | |
Município: | Póvoa de Varzim |
Freguesia(s): | UFPVBA |
Lugar, Bairro: | Centro |
Ruas Afluentes: | Rua da Junqueira, Rua Manuel Silva, Rua Sousa Campos, rua João Dias, rua da Ponte |
Área: | c.900 m2 |
Designação anterior: | Largo de São Roque |
Praça da República, vista para a rua da Junqueira | |
Toponímia do Grande Porto |
A Praça da República, anteriormente designada Largo de São Roque, é um largo entre a Praça do Almada, centro cívico, e a Rua da Junqueira, rua comercial, no centro da cidade da Póvoa de Varzim. É denominada popularmente como Largo de Santiago.
História
[editar | editar código-fonte]A Capela de São Roque foi fundada em 1582[1] por Diogo Peres de S. Pedro e sua mulher Maria Fernandes de Faria.[2] entretanto o culto a uma imagem de Santiago (possivelmente do século XV), encontrada na praia, fez crescer o culto a Santiago, justificando a mudança de invocação. Em 1741 erigiu-se ali a Confraria de Santiago e, em 1887, a capela é reformada e aumentada.[3][4] A fundação do templo prendia-se com o facto de se localizar num cruzamento de caminhos que se uniam num único de acesso à Ribeira, local junto à Enseada da Póvoa.[1]
A rua da Junqueira funcionava já no século XIX como uma intensa rua de actividade comercial e como acesso à praia e ao jogo privado, em especial no nacionalmente conceituado casino Salão Chinês. A praça passou então a funcionar como porta de entrada para as pessoas oriundas das províncias do Minho, de Trás-os-Montes e do Alto Douro, que chegavam por conselho médico para curar vários problemas de saúde, respirando os ares e mergulhar nas águas ricos em iodo da Póvoa. Assim, a praça ganha centralidade e era onde as cocheiras recolhiam os carros. Em 1897 aquando da ampliação da linha de carros americanos, transportes urbanos, é criando um desvio pela praça até à Praia de Banhos.[5]
Dessa forma e respondendo as necessidades de alojamento que se faziam sentir, dá-se a criação de hotéis, e em 1893 já na zona estavam registados vários hotéis: o Aura Campista, na casa n.º 12, e nas imediatas imediações o Hotel do Sinal e o Hotel Universal (1896). Em 1908, era criado o internacional Hotel Europa. Pelas leis do turismo desaparecem todos na primeira metade do século XX.[2]
Morfologia urbana
[editar | editar código-fonte]Centrando a praça, a poente encontra-se a capela que por muito tempo deu o nome ao largo, a Capela de São Roque, hoje mais conhecida como Capela de Santiago.
Do lado direito da Capela de São Roque e Santiago encontram-se o Ritz Café, café tradicional da Póvoa de Varzim aberto ininterruptamente desde 1979, e o Clube Naval Povoense (1904); pela esquerda, inicia-se a rua da Junqueira.
Referências
- ↑ a b Amorim, Sandra Araújo (2004). Vencer o Mar, Ganhar a Terra. [S.l.]: Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV
- ↑ a b Baptista de Lima, João (2008). Póvoa de Varzim - Monografia e Materiais para a sua história. [S.l.]: Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV
- ↑ «Património Religioso e Artístico». Portal da Póvoa de Varzim. Povoadevarzim.com.pt
- ↑ «A urbe tradicional». Portal da Póvoa de Varzim. Povoadevarzim.com.pt
- ↑ Planta das ruas por onde se pretende assentar a Linha do Americano (27 de Janeiro de 1903) - Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim