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Pitiríase alba

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pitiríase alba
Especialidade dermatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 L30.5 (ILDS L30.590)
CID-9 696.5
CID-11 1386947078
DiseasesDB 31121
MedlinePlus 001463
eMedicine 1068868, 762656
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Pitiríase alba é uma doença da pele caracterizada por manchas e escamas secas e pálidas, geralmente no rosto, pescoço ou ombros. Mais comum em crianças e homens. Normalmente desaparece sozinha em um ano, requerendo apenas o uso de cremes hidratante.

A condição é nomeada por sua aparência escamosa (pitiríase) e a palidez das manchas alba (latim para o branco), apesar das manchas nesta condição não serem totalmente despigmentadas.[1]

Sinais e sintomas

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As escamas secas são mais perceptíveis durante o inverno, como resultado do ar seco, ou após o bronzeamento da pele saudável ao redor, que faz com que as manchas pálidas da pitiríase alba se destaquem.

As lesões desenvolvem-se através de 3 fases e, por vezes, causam coceira:

  1. Elevadas e rosadas - apesar da vermelhidão leve geralmente ser não notada.
  2. Escamas elevadas e pálidas
  3. Manchas lisas, planas e pálidas

As lesões são redondas ou ovais, elevadas ou planas, de 0,5–2 cm de tamanho, podendo chegar até 4 cm, e, geralmente, são 4 ou 5 lesões individuais, podendo chegar até 20. As manchas são secas com escamas finas e bordas mal definidas. Elas ocorrem mais comumente nas bochechas, mas cerca de 20% aparecem também na parte superior dos braços, pescoço ou ombros.

Qualquer dermatite pode deixar a pele pálida, assim como o uso excessivo de cremes corticosteróides usados para seu tratamento. A hipopigmentação é devido à redução da atividade dos melanócitos com menos e menores melanossomas.[2][3]

Quatro microrganismos são suspeitos: Pityrosporum, Streptococcus, Staphylococcus e Aspergillus, mas nenhum deles foi confirmado como um agente causador.

A pitiríase alba pode ser agravada com a exposição ao sol, umidade relativa elevada, alturas elevadas, ventos secos, o uso de sabão perfumado e banhos excessivamente longos com água quente e alguns detergentes de roupa. [4]

Principalmente clínico, mas uma biópsia de pele pode confirmar o diagnóstico. O diagnóstico diferencial deve considerar tinha(micoses), vitiligo, pitiríase versicolor e uso de cremes corticoides.[5]

Epidemiologia

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Essa condição é mais freqüentemente observada em crianças de 3 e a 16 anos e é mais comum em homens do que mulheres. No entanto, os adultos também podem sofrer essa doença.[6] Ocorre com mais freqüência em pacientes de pele mais clara, mas é mais evidente em pessoas com pele mais escura.[7]

Até um terço das crianças em idade escolar, em algum momento da vida, têm essa condição. Estudos de prevalência da Índia têm mostrado índices variáveis de 8,4%,[8] para 31%.[9] Outros estudos mostraram taxas de prevalência no Brasil de 9,9%,[10] Egito de 13.49%,[11] Roménia de 5.1%,[12] e na Turquia de 12%, onde os índices foram mais elevadas em pessoas com menores condições socioeconômicas.[13] Afetava apenas 1% das crianças de uma escola em Hong Kong.[14]

Nenhum tratamento é necessário, pois as manchas melhoram após algumas semanas.[15] A vermelhidão, a escala e a coceira, se presentes, podem ser gerenciados com o simples emolientes e, por vezes, hidrocortisona, um esteróide fraco, também é utilizado.[16]

Como as manchas de pitiríase alba não escurecem, normalmente, com a luz do sol, a proteção solar ajuda a minimizar a diferença de coloração entre a mancha e a pele normal ao redor. Em termos estéticos, cosméticos para camuflagem podem ajudar.

Tacrolimo pode acelerar a velocidade de resolução.[17]

As manchas de pitiríase alba podem durar de um mês até um ano, mas geralmente os da face duram um ano. No entanto, é possível que as manchas brancas do rosto durem mais de um ano.

  • Vitiligo que, por comparação, causa perda total da cor da pele ou na face tende a ocorrer ao redor da boca e olhos.
  • Pitiríase versicolor, mancha descolorada causa por fungos
  • Carência de vitamina B12, causa manchas brancas
  1. Pinto FJ, Bolognia JL (1991). «Disorders of hypopigmentation in children». Pediatr. Clin. North Am. 38 (4): 991–1017. PMID 1870914 
  2. 32. PMID 8125687. doi:10.1111/j.1365-4362.1993.tb01401.x 
  3. Freedberg, et al. (2003).
  4. Blessmann Weber M, Sponchiado de Avila LG, Albaneze R, Magalhães de Oliveira OL, Sudhaus BD, Cestari TF (Septiembre de 2002). “Pityriasis alba: a study of pathogenic factors”. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology : JEADV 16 (5): 463–468. doi:10.1046/j.1468-3083.2002.00494.x. PMID 12428838
  5. Pityriasis Alba no eMedicine
  6. 16. PMID 12428838. doi:10.1046/j.1468-3083.2002.00494.x 
  7. 14. PMID 7742234. doi:10.1016/S1085-5629(05)80034-3 
  8. 20. PMID 14651562. doi:10.1111/j.1525-1470.2003.20602.x 
  9. 76. PMID 16038247 
  10. 163. PMID 7274519. doi:10.1159/000250144 
  11. 42. PMID 14636205. doi:10.1046/j.1365-4362.2003.01936.x 
  12. 140. PMID 10354028. doi:10.1046/j.1365-2133.1999.02821.x 
  13. 19. PMID 12220273. doi:10.1046/j.1525-1470.2002.00087.x 
  14. 17. PMID 11123774. doi:10.1046/j.1525-1470.2000.01841.x 
  15. 76. PMID 16144284 
  16. 36 Suppl 5. PMID 2978289. doi:10.2165/00003495-198800365-00007 
  17. 155. PMID 16792767. doi:10.1111/j.1365-2133.2006.07181.x