Paseo del Prado (Havana)
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Outubro de 2012) |
Paseo del Prado | |
---|---|
Havana, Cuba | |
O Paseo propriamente dito. | |
Tipo | Avenida |
Início | Malecón (norte) |
Fim | Fuente de la India (sul) |
|
O Paseo del Prado (Passeio do Prado em castelhano) é uma avenida ajardinada de Havana, a capital de Cuba. É uma das artérias mais emblemáticas de Havana, que percorre parte do bairro histórico de Habana Vieja no sentido norte-sul, desde a Fuente de la India e do Parque da Fraternidade Americana e termina a um quarteirão da Calle Industria, que marca o limite do bairro de Centro Habana.
A avenida está dividida em quatro secções fundamentais bem delimitadas: o Paseo propriamente dito, o Parque Central, a Esplanada do Capitólio e a Praça ou Parque da Fraternidade Americana.
História
[editar | editar código-fonte]Época colonial
[editar | editar código-fonte]O Paseo del Prado foi construído em 1772, sob o governo colonial do Marquês de la Torre, capitão-general da ilha de Cuba, que era então uma das colónias espanholas mais florescentes da América. O seu primeiro nome foi Alameda de Extramuros ou de Isabel II, por se encontrar fora das grandes muralhas que cercavam a cidade.
Durante o governo de Miguel Tacón y Rosique (1834-1838), o passeio foi ampliado até ao litoral, no que é hoje o Malecón. Foi então construído o edifício da prisão, já desaparecido, e o Teatro Tacón, o Gran Teatro de La Habana, que desde então é a sede permanente da Ópera e Ballet Nacional de Cuba. No mesmo período foi também construído o Campo de Marte, usado para desfiles militares.
Durante algum tempo no século XIX, esteve vedado ao trânsito de veículos. Na segunda metade desse século começaram a ser construídas ao longo da avenida grandes e faustosos edifícios neoclássicos que substituíram as mais antigas, de estilo barroco e colonial. Em 1843 abre o Café Escauriza e, por cima dele, alguns anos depois, a Geladaria El Louvre, que dá o nome a toda a calçada.
República
[editar | editar código-fonte]Em 1902, com a intervenção estadunidense, é levada a cabo a reconstrução do Paseo, que foi rebatizado com o nome de Paseo de Martí, em homenagem ao apóstolo da independência de Cuba. No entanto, o nome popular continuou a ser El prado, por costume e pela sua semelhança com o homónimo madrileno. A remodelação ligou-o ao Parque Central e deixou as suas secções bem definidas: uma zona arborizada pedestre, com ruas laterais; uma zona de trânsito com estacionamento; e a Praceta da Fonte da Índia num dos seus extremos. Na Rua Prado y San Miguel foi erigido o Hotel Telégrafo, o primeiro de Havana com características modernas.
Nos seus limites foram edificadas construções civis de uso social: sociedades de recreio, hotéis, cinemas, teatros e importantes mansões de arquitetura eclética, cujos desenhos correspondiam às solicitações dos seus donos, que procuravam imitar as modas arquitetónicas de Madrid, Paris ou Viena. Toda a infraestrutura da avenida foi remodeladas: arvoredo, mobiliário e iluminação.
O Prado foi a primeira rua asfaltada em Havana, um autêntico êxito para a época, que deu origem ao trânsito automóvel nos passeios.
Na avenida encontram-se oito estátuas com figuras de leões feitas em bronze, que parecem guardar o passeio. As estátuas foram encomendadas pelo Presidente da República ao escultor francês Jean Puiforcat e ao também escultor e fundidor cubano Juan Comas. O bronze usado nas estátuas é proveniente da fusão de antigos canhões. Havana era uma das cidades de Espanha mais importantes do Novo Mundo, pelo que era necessário protegê-la de corsários e piratas, o ue levou os governos coloniais a adquirir centenas de canhões. No século XX estes canhões estavam obsoletos e eram por isso inúteis.
Em 1929, quando o Capitólio foi construído, foi eliminada uma parte do Paseo e a parte que restou foi novamente remodelada.
Na esquina do Prado com o Malecón funcionou o Hotel Miramar, e mais tarde do Miramar Garden, um centro de reunião da juventude bailadora da época e o lugar onde se realizavam animados combates de boxe. Na esquina de Cárcel estabeleceu-se a empresa dos automóveis Packard & Cunnighamm, administrada por Juan Ulloa, e nos seus altos abriu portas em 1 de abril de 1940 o R.H.C. Cadena Azul, do magnata dos charutos Amado Trinidad.
Revolução
[editar | editar código-fonte]Durante a década de 1950, a maioria das famílias ricas mudaram-se do Prado para o bairro central de El Vedado e para os bairros suburbanos de Miramar e Siboney. Depois da Revolução, o Paseo foi habitado por famílias de classe média ou baixa, uma situação que mudou radicalmente nos anos 1990, quando a zona antiga de Havana foi declarada Património Mundial pela UNESCO e surgiram na área diversos novos hotéis, restaurantes e bares que fizeram renascer a velha avenida. Atualmente, o Paseo del Prado é palco de frequentes exposições e vendas de obras de arte de todo o tipo e de atividades culturais. O Prado tem sido fonte de inspiração para outros espaços urbanos da atualidade, como o passeio de divide ou recria a Villa Panamericana, construída como residência e estrutura de apoio aos Jogos Pan-Americanos de 1991.
Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Paseo del Prado (La Habana)», especificamente desta versão.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Paseo del Prado de La Habana» (em espanhol). . Mi Habana (www.habanaenlinea.cu)
- Paseo del Prado,Havana: A Street a Time (em inglês). Cuba headlines (ww.cubaheadlines.com)
- Paseo del Prado (Prado Promenade) (em inglês). CubaHeritage.org
- Panorâmica a 360º do Paseo del Prado (em castelhano). Portal Cubasí (www.cubasi.cu)