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Noopolitik

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A Noopolitik é um tipo de política que difere da realpolitik. Apesar da Realpolitik ser comumente comparada com o Hard power, ambos são mais amplos em sua encarnação como uma forma de organização. Especificamente, a realpolitik não se limita ao hard power e na coerção, mas incorpora uma forma hierárquica de organização. Da mesma forma, a noopolitik não se limita a dependência de conhecimento e poder de persuasão, mas incorpora uma forma de organização em rede. A ideia foi originalmente apresentada pelos pesquisadores estadunidenses de informações, John Arquilla e David Ronfeldt.

A descrição da Noopolitik complementa a biopolítica das espécies descritas por Michel Foucault: "Contra a militarização da comunicação realizada pelas novas técnicas de poder, é possível pensar sobre uma constituição pública, tais como o repúdio as armas, a livre expressão e a criação de mundos possíveis, onde o momento da resistência é o ponto de partida para uma atividade afirmativa".[1][2]

A economia do conhecimento e os BRICS

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Enquanto que o termo apareceu inicialmente em associação com o conceito elaborado pela Revolução dos assuntos militares dos Estados Unidos, a noopolitik também veio para descrever um interesse na economia do conhecimento e na inovação, em particular na pesquisa e desenvolvimento para alavancar o crescimento e alcance político nas relações internacionais. A "Corrida do Conhecimento" pode ser tanto um meio para afirmar a independência política ou gerar uma lacuna súbita na geopolítica do equilíbrio de poder. A atitude da China e do ANZUS no Oceano Pacífico pode ser descrita como tal:

A Noopolitik foi assim descrita como uma atitude que define a política econômica da China.[4] Aberkane análisa assim uma criatividade eficiente chinesa para neutralizar a frustração popular. O que deve ser reconhecido, é que a China passou de um grande crescimento para uma grande política de conhecimento. Isto é o que melhor define a sua noopolitik:

  1. Munster, Anna (2013). An Aesthesia of Networks: Conjunctive Experience in Art and Technology. Cambridge, MA: Massachussetts Institute of Technology. ISBN 978-0-262-01895-1. Consultado em 10 de novembro de 2017 
  2. Martin C. Libicki, David C. Gompert, David R. Frelinger, Raymond Smith Byting Back -- Regaining Information Superiority Against 21st-Century Insurgents RAND Counterinsurgency Study -- Volume 1 2007
  3. Aberkane, I. J. Brzezinski on a US Berezina: anticipating a new, New World Order e-International Relations Mar 31st 2011
  4. Aberkane, Idriss J. An Optimistic Memo on the Chinese Noopolitik: 2001-2011 e-International Relations jun. 14 2011
  5. Segal, A. (2010) China’s Innovation Wall : Beijing’s Push for Homegrown technology. Foreign Affairs Sept 28 2010.