Nazaré, Praia de Pescadores
Nazaré, Praia de Pescadores | |
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Portugal 1929 • p&b • | |
Género | documentário |
Direção | José Leitão de Barros |
Idioma | português |
Nazaré, Praia de Pescadores (1929), é um filme português de José Leitão de Barros, documentário encenado de curta metragem, com os habitantes da Nazaré (Portugal). Contém implicitamente a ideia de antropologia visual na sua abordagem humana mas tem muito de retrato turístico.
Da obra resta apenas cerca de um terço da sua metragem original. É provavelmente a primeira docuficção do cinema português antes de Ala-Arriba! (filme)
O filme estreou em Lisboa no cinema São Luiz, a 23 de Janeiro de 1929
Ficha técnica
[editar | editar código-fonte]- Produtor: Artur Costa de Macedo
- Argumento: José Leitão de Barros
- Realizador: Leitão de Barros
- Assistente de realização: António Lopes Ribeiro
- Fotografia: Artur Costa de Macedo
- Rodagem: 1927
- Montagem: Leitão de Barros
- Género: documentário etnográfico
- Formato: 35 mm, p/b
- Laboratório de imagem: Raul Lopes Freire
- Duração: original incompleto
- Distribuidor: Raul Lopes Freire
- Estreia: cinema São Luiz (Lisboa) - 23 de Janeiro de 1929
Sinopse
[editar | editar código-fonte]O filme ilustra a vida e hábitos dos nazarenos, os pescadores da praia da Nazaré, que se distinguem pela sua indumentária e hábitos tradicionais. O mar e o seu duro modo de vida são os temas centrais. Mostra ainda suas práticas artesanais, barcos a remos e redes de pesca, adaptadas às condições naturais de um lugar em que a vida não é fácil.
Enquadramento histórico
[editar | editar código-fonte]O primeiro grande filme documentário da história do cinema (1922) é Nanook, o Esquimó (Nanouk of the North), de Robert Flaherty. Nazaré, Praia de Pescadores (1929) é praticamente uma obra contemporânea das primeiras realizações de Flaherty, tendo sido com Moana : A Romance of the Golden Age um dos primeiros filmes de temática marítima. De resto, tanto Moana como Nazaré, Praia de Pescadores focam o tema antropológico como matéria exótica. A diferença etnográfica e o exotismo das vivências humanas expostas na tela são de resto os motivos que mais caracterizam estes filmes: é isso que determina o interesse deles no seu tempo. A originalidade de Leitão de Barros e a de Flaherty nessa abordagem é aquilo que os torna pioneiros de um determinado género de cinema, em particular a etnoficção.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nazaré, Praia de Pescadores em Amor de Perdição (base de dados].
- Ficha do filme (PDF) - Universidade da Beira Interior. (Três filmes numa mesma visão do cinema português)