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Miguel Pereira Forjaz

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Miguel Pereira Forjaz

Nascimento 1 de novembro de 1769
Ponte de Lima, Reino de Portugal
Morte 6 de novembro de 1827 (58 anos)
Serviço militar
País Reino de Portugal
Anos de serviço 1785–1820
Conflitos Guerra Peninsular
Assinatura
Assinatura de Miguel Pereira Forjaz

D. Miguel Pereira Forjaz Coutinho Barreto de Sá e Resende de Magalhães (1 de Novembro de 17696 de Novembro de 1827), 10.º Conde da Feira, foi um militar e político português que se distinguiu durante a ocupação francesa de Portugal e as Guerras Napoleónicas.

Foi um dos nomeados governador do Conselho de Regência de 1807 e do de 1809 para tomarem conta do Reino de Portugal quando a corte se deslocou para o Brasil.[1]

Filho de Diogo Pereira Forjaz Coutinho (1726–?), e de sua mulher Luísa Teresa Antónia da Câmara e Meneses (1745?–?). Era neto do 9.º Conde da Feira, D. Álvaro Pereira Forjaz Coutinho (c.1656-?) e da sua mulher Inês Antónia Barreto de Sá (c.1670-?). Casou-se duas vezes com Joana Eulália Freire de Andrade e com Maria do Patrocínio Freire de Andrade e Castro que morreu no parto.

Entrou no exército a 1785, como cadete no Regimento de Peniche onde encontrou muitos membros da sua família. Foi promovido a alferes em 1787 e serviu no estado-maior do conde de Oeynhausen, inspector-geral da Infantaria, estando com ele no campo da Porcalhota em 1790. Foi promovido a capitão em 1791 e a major (sargento-mor) em 1793, sendo nomeado ajudante de ordens do general Forbes, comandante da divisão portuguesa que foi combater no Rossilhão e na Catalunha.

Já com o posto de coronel, foi em Março de 1800 nomeado governador e capitão-general do Pará, mas não chegou a partir para o Brasil.

Na campanha do ano seguinte, no Alentejo, exerceu o cargo de quartel-mestre-general (chefe do estado maior) do General Forbes. Em 1806 foi elevado a brigadeiro e encarregado da inspecção-geral das milícias.

Com a fuga da família real para o Brasil, em 1807, foi nomeado secretário suplente do governo, caso fosse necessário substituir o conde de Sampaio.

Quando o General Junot assumiu o governo do País, Forjaz retirou-se para a província. Estava em Coimbra quando iniciou a revolta contra a ocupação francesa e dirigiu-se para o Porto, onde reorganizou o exército, sob as ordens do seu primo, Bernardim Freire de Andrade.

Acompanhou-o como ajudante general do exército do Norte na sua marcha Porto–Lisboa, tendo sido nomeado secretário da regência, depois da convenção de Sintra, e encarregado da pasta dos negócios da guerra e estrangeiros. Neste cargo reorganizou o exército, de acordo com propostas de 1803, que tinham sido vagarosamente implementadas até 1807.

A criação dos batalhões de caçadores foi uma das suas iniciativas e apoiou o General Beresford, de uma maneira cada vez mais crítica, na adaptação do exército português ao serviço de campanha do exército britânico.

Em 1808, foi promovido a marechal de campo, e, em 1812, a tenente general. Por decreto de 13 de Maio de 1820 recebeu a mercê do título de conde da Feira, e em 1826, foi eleito par do reino, por ocasião da outorga da Carta Constitucional.

Em 1815, opôs-se com êxito, ao envio de uma divisão portuguesa para os Países Baixos no combate a Napoleão Bonaparte, no período dos Cem Dias.

É apontado como principal instigador do tortuoso processo que culminou na morte por enforcamento, em 18 de Outubro de 1817, do seu primo o tenente-general Gomes Freire de Andrade, um dos mais distintos e valorosos militares de Portugal, acusado de conspiração contra o Governo o que, mais tarde, se revelou, ser falso.

Deixou o seu lugar na regência devido à Revolução Liberal de 1820, afastando-se dos negócios públicos. Por decreto de 13 de Maio de 1820, recebeu o título de Conde da Feira e em 1826 foi eleito par do Reino, por ocasião da outorga da Carta Constitucional por D. Pedro IV de Portugal.

Após ter falecido sem descendência, em 1827, transmitiu os seus bens a sua irmã, Maria Joana da Câmara Forjaz Coutinho, casada com o terceiro visconde de Vila Nova de Souto d' El-Rei, João José de Almada Velho e Lencastre.[2]

Referências

  • FURTADO, Gregório de Mendonça, Ordenança de Campanha destinada às Tropas Ligeiras e aos Officiaes que servem nos pòstos avançados, Impressão Régia, Lisboa, 1809
  • MARTELO, David, Caçadores. Os Galos de Combate do Exército de Wellington, Tribuna (editora), Lisboa, 2007
  • Brandão, Raul. Vida e Morte de Gomes Freire - Publicações Alfa, S.A., Lisboa, 1990 em Testemunhos Contemporâneos
  • Augusto Romano Sanches de Baena e Farinha de Almeida Sanches de Baena (Visconde de). Diccionario aristocratico, que contem todos os alvarás de foros de fidalgos da Casa Real: medicos, reposteiros e porteiros da Real Camara ... desde 1808 até Septembro de 1822, January 1, 1867

Ligações externas

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