Lithobates pipiens
Lithobates pipiens | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Lithobates pipiens (Schreber, 1782) | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
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Lithobates pipiens[1][2] é uma espécie de rã da família Ranidae nativa de partes do Canadá e dos Estados Unidos da América.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Lithobates pipiens é uma espécie relativamente grande de rã chegando a medir 11 centímetros de comprimento. A sua cor varia ente o verde e o castanho no dorso com pintas escuras e circulares nas costas, flancos e pernas. Cada pinta está normalmente rodeada por um anel mais claro à sua volta. Um par de dobras dorsolaterais que começam na parte de trás do olho correm paralelamente uma à outra pelas costas abaixo. Estas dobras são normalmente têm uma cor mais clara ou são ocasionalmente rosadas. Há também uma faixa pálida que corre desde a narina, por debaixo do olho e do tímpano, acabando no ombro. A superfície ventral é branca ou verde clara. A íris é dourada e os dedos dos pés têm membrana interdigital.
Os girinos são castanhos escuros ou cinzentos, com manchas irregulares na lado de baixo. A cauda é bege.
Ecologia e comportamento
[editar | editar código-fonte]Lithobates pipiens têm uma gama variada de habitats. Encontram-se em charcos permanentes, pantânos, marismas e riachos de corrente lenta em florestas, e áreas abertas ou urbanas. Habitam normalmente colunas de água com vegetação aquática abundante. Estão bem adaptadas para o frio e podem ser encontradas a mais de 3 000 metros acima do nível do mar. Os machos tem um chamamento curto parecido com um ronco que fazem a partir da água durante a Primavera e Verão. A sua época de reprodução vai desde Março a Junho, durante a qual até 6 500 ovos são depositados na água. Os girinos completam o seu desenvolvimento durante 70 a 110 dias (dependendo das condições) dentro de água. São castanhos claro com pintas pretas. As rãs em metamorfose tem 2 a 3 cm e assemelham-se a um adulto.
Esta espécie foi em tempos comum em regiões ocidentais do Canadá até a ocorrência de declínio durante a década de 1970. Pensa-se que o declínio da população foi causado por poluição vinda dos Estados Unidos caindo na forma de chuva ácida. Muitas populações de Lithobates pipiens ainda não recuperaram deste declínio.
Predadores desta espécie incluem cobras, mapaches, outras rãs e até seres humanos. Não produz secreções desagradáveis pela pele e dependem da sua velocidade para fugirem.
Comem uma grande variedade de animais incluindo formigas, escaravelhos, moscas, vermes e rãs mais pequenas. Conseguem ainda engolir andorinhas e cobras (género Thamnophis).
É semelhante a Rana palustris e Rana sphenocephala.
Investigação
[editar | editar código-fonte]Médica
[editar | editar código-fonte]Produz ribonucleases específicas nos seus oócitos. Essas enzimas tem potencialmente aplicações no tratamento do cancro. Uma dessas moléculas chamada ranpirnase (onconase) está a ser testada clinicamente como tratamento de tumores do mesotelioma e pulmão. Uma outra, amphinase foi recentemente descrita como um potencial tratamento para tumores cerebrais.[3]
Neurociência
[editar | editar código-fonte]Têm sido também uma espécie de eleição para descobertas sobre as propriedades básicas de neurónios desde a década de 1950. A junção neuromuscular das fibras do nervo ciático do músculo sartório desta rã foram a fonte para muitos dos dados iniciais sobre o sistema nervoso.[4][5][6][7][8][9]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Hillis, D. M. 2007. Constraints in naming parts of the Tree of Life. Molecular Phylogenetics and Evolution 42:331-338.
- ↑ Hillis, D. M., and T. P. Wilcox. 2005. Phylogeny of the New World True Frigs (Rana). Molecular Phylogenetics and Evolution 34:299-314.
- ↑ Frog molecule could provide drug treatment for brain tumors
- ↑ Fatt & Katz 1952 "Spontaneous subthreshold activity at motor nerve endings" J Physiol. 117: 109-128.
- ↑ Del Castillo & Katz 1954a "Quantal components of the end-plate potential" J Physiol. 124: 560-573
- ↑ Katz & Miledi 1965 "The measurement of synaptic delay, and the time course of acetylcholine release at the neuromuscular junction. Proc. R. Soc. B 161:483-495.
- ↑ Kuffler & Yoshikama 1975 "The number of transmitter molecules in a quantum: an estimate from iontophoretic application of acetylcholine at the neuromuscular synapse" J. Physiol. 251: 465-482.
- ↑ Hille 1967 "The seelctive inhibition of delayed potassium currents in nerve by tetraethylammonium ion. J. Gen Physiol. 50: 1287-1302.
- ↑ Voltage clamp analysis of acetylcholine produced end-plate current fluctuations at frog neuromuscular junction" J.Physiol. 235:655-691.
- Hillis, D.M., Frost, J.S.,& Wright, D.A. (1983): Phylogeny and biogeography of the Rana pipiens complex: A biochemical evaluation. Systematic Zoology' 32: 132-143.
- Hillis, D.M. (1988): Systematics of the Rana pipiens complex: Puzzle and paradigm. Annual Review of Systematics and Ecology 19: 39-63.
- Hillis, D.M. & Wilcox, T.P. (2005): Phylogeny of the New World true frogs (Rana). Mol. Phylogenet. Evol. 34(2): 299–314. doi:10.1016/j.ympev.2004.10.007 PDF fulltext.
- Hillis, D. M. (2007) Constraints in naming parts of the Tree of Life. Mol. Phylogenet. Evol. 42: 331–338.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Northern Leopard Frog».