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Infraestrutura de Mato Grosso do Sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estruturalmente o Mato Grosso do Sul, além da logística completa, é referência também na área da educação e pesquisa.

Rodovias

hidrovias

voador

Ver artigo principal: Rodovias de Mato Grosso do Sul

Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são:

Começa (ou termina) na divisa dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, cruza o Rio Paraná com a ponte Ayrton Senna, passando pelas cidades de Mundo Novo e Naviraí. Na região de Dourados foi recentemente restaurado e duplicado o seu contorno rodoviário, o que aconteceu também em Campo Grande, o que proporcionará mais conforto e segurança aos usuários da rodovia, atendendo aos anseios da população das cidades e seu entorno. A partir de Campo Grande a rodovia cruza com a BR-060 até a entrada com Camapuã. Por fim ela passa por Sonora, última cidade de MS antes da divisa om o MT. A BR 163 é o principal corredor de exportação do estado do Mato Grosso Sul para atingir os portos dos estados do Paraná e Santa Catarina (Graças ao G20)

Na divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, cruza o Rio Paraná com a ponte Hélio Serejo. Em Guia Lopes da Laguna a BR-267 dá acesso à região turística de Bonito. A partir daí ela se transforma no acesso ao sudoeste de MS, sendo também o único acesso rodoviário a cidade de Porto Murtinho, seu destino final.

Seu ponto inicial fica na cidade de Chapadão do Sul, na divisa com o estado de Goiás. Passando Camapuã, a rodovia encontra-se com a BR-163 até Campo Grande, onde cruza ainda com a BR-262. Seu final se dá em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai.

Cruza a cidade de Três Lagoas, divisa com o estado de SP até Campo Grande, no entroncamento das rodovias BR-060 e BR-262, e prossegue por esta última com direção oeste até o acesso a Aquidauana, por 136 km. Daí segue margeando o Pantanal por 69 km até Miranda. O trecho de Miranda até a travessia do rio Paraguai tem 148 km, atravessando o Pantanal. Na travessia do rio Paraguai há uma ponte de cerca de 2 km com um pedágio, que termina em Porto Morrinho. A partir deste ponto, a rodovia toma a direção norte por 67 km até a base naval de Ladário, na margem direita do mesmo rio. O percurso também é feito através do Pantanal mas com leito já consolidado. De Ladário até Corumbá são apenas 5 km em pista dupla e daí até a divisa Brasil / Bolívia mais 6 km. Resumindo: de Campo Grande até a fronteira com a Bolívia são 431 km totalmente pavimentados. O asfaltamento do trecho pantaneiro da rodovia se deu em duas etapas: a primeira fase ocorreu em 1986 com o asfaltamento da rodovia e ficando excluídos 23 km relativos à construção da ponte sobre o rio Paraguai em Porto Morrinho. Antes da ponte, a travessia dos carros, ônibus e caminhões era feita por balsas e demorava em média 40 minutos, quando não havia problemas climáticos ou mecânicos. A segunda fase se deu após a construção da ponte, a qual levou mais de cinco anos para ser concluída, entre 1996 e 2001.

Rodoviário de passageiros

Tendo uma malha rodoviária desenvolvida para os padrões nacionais, MS possui vários terminais rodoviários de passageiros, se destacando os terminais das seguintes localidades:[1]

Mato Grosso do Sul sedia três grandes empresas nacionais de transporte rodoviário de passageiros: Expresso Queiroz, Viação Cruzeiro do Sul e Viação São Luiz.

O estado é servido por duas linhas ferroviárias. a seguir:

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

Com bitola de 1,00 m de largura (bitola estreita) e distância total de 1.618 km entre Bauru e as fronteiras com Paraguai e Bolívia, esse trecho se chamava Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) e pertencia a Rede Ferroviária Federal (RFFSA). A abertura de frentes pioneiras com a construção de ferrovias formam conquistas e avanços nas terras indígenas, mas também acaba causando graves problemas sociais, como a desterritorialização, marginalização e empobrecimento dos nativos, que se deslocam para as periferias das cidades. Entretanto, foi extinta com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) entre 1992 e 1996, quando foi privatizada e vendida a concessionária Novoeste S/A, pertencente a empresa norte-americana Noel Group, grupo de gestao corrupta e fraudulenta que abandonou essa malha, ocasionando a falta de manutenção da ferrovia e prejudicado o transporte da produção agrícola de Mato Grosso do Sul, funcionando de forma precária e restringindo-se exclusivamente ao transporte de carga. Em 2006 a Novoeste foi vendida à ALL, sua gestora atual. Atualmente a ferrovia transporta anualmente mais de 2 milhões de toneladas de mercadorias tais como: minério de ferro, minério de manganês, soja, cimento, derivados de petróleo, combustíveis, produtos siderúrgicos entre outros. A ferrovia inicia em Bauru e percorre 840 km até Campo Grande, onde se divide em dois ramais:

  • Ramal Brasil-Bolívia: conhecido também por Trem do Pantanal, esse trecho foi construído há mais de meio século e percorre 459 km a partir de Campo Grande e o seu eixo permite o acesso à Bolívia, Peru e Chile. Já funcionou plenamente até 1991 também conduzindo passageiros com a função de turismo ou de comércio de exportação, partindo de São Paulo a Bauru, de Bauru a Corumbá e de Corumbá à Bolívia, percorrendo 1.618 km em território brasileiro. A partir de 1992, funcionou em modo de concordata até ser desativada em definitivo em 1996. Depois de mais de 10 anos desativada, a linha de passageiros foi reativada em maio de 2009 pelo governo estadual e federal, mas apenas o trecho Campo Grande-Miranda. Faz parte das metas do governo estadual e federal reativar a linha para passageiros do trecho Miranda-Corumbá lentamente até 2011, o que era para ter acontecido já em 2010. Entre Corumbá e Santa Cruz encontra-se em operação uma ferrovia do sistema ferroviário boliviano, a Red Oriental (antiga Estrada de Ferro Brasil – Bolívia)), com 643 km e bitola de 1,00 m, também privatizada recentemente. Não há tráfego mútuo entre estas 2 ferrovias que encontram-se em Corumbá, sendo necessário fazer-se o transbordo das mercadorias de um trem para o outro, com passagem pela alfândega.
  • Ramal Brasil-Paraguai: ramal de 410 km que começa em Campo Grande e vai até Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. Esse ramal é continuação do trecho Bauru-Campo Grande, que totalizando 1250 km. Fez sua última viagem em 1996 para logo depois ser desativado. Atualmente a ALL administra o trecho transportando apenas carga. Até o momento não há previsão para reativar o trecho para passageiros.
Ferronorte

Mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), com 1,60 m de bitola, esta moderna ferrovia tem início na ponte ferroviária sobre o rio Paraná, entre as estações de Santa Fé do Sul (SP) e Aparecida do Taboado (MS), passando pela Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná, no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Tem como principais produtos para transporte os grãos para exportações.

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. Dois eixos fluviais compõem o estado de MS, ambos pertencentes a Bacia do Rio da Prata:

Rio Paraguai

O Rio Paraguai integra o estado com os países vizinhos Paraguai e Argentina, e com Mato Grosso pelo porto de Cáceres. Os principais produtos transportados no rio são: minérios de ferro e de manganês, cimento, madeira, derivados de petróleo e gado em pé. No ano de 1999, essa hidrovia começou a transportar açúcar, partindo de Porto Murtinho. Os principais portos são os de Corumbá (Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho.

  • Mitos e fatos da Hidrovia Paraguai-Paraná
Ver artigo principal: Hidrovia Paraguai-Paraná

Concebido nos anos 80 como um megaprojeto com impactos ambientais, econômicos e sociais incalculáveis, foi bastante questionado por diferentes setores da sociedade, e com isso acabou arquivado. Atualmente se constitui em um conjunto de obras de intervenção pontuais, em diversos pontos dos leitos dos rios Paraguai e Paraná, pretendendo a adoção de um sistema de navegação sem interrupção o ano todo. O projeto segue polêmico no ponto de vista socioeconômicos e ambientais, pois não foi feita previamente a avaliação dos impactos socioambientais, como determina a legislação ambiental brasileira. Há muita polêmica e muitos interesses conflitantes e, sobretudo a sociedade, diretamente atingida, desconhece ou ignora a magnitude das consequências de sua implantação. As obras atualmente se encontram embargadas pela Justiça Federal, por iniciativa da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Mato Grosso.

Trata-se de uma hidrovia que articula a cidade de Corumbá e os países limítrofes com o Uruguai, no porto de Nueva Palmira, totalizando 3.442 km de extensão, a partir do porto de Cáceres (MT), constituindo importante corredor de comércio exterior com os países do Mercosul. As extensões dessa hidrovia desde o porto de Nueva Palmira até os portos de Corumbá e Ladário são de 2.770 km. No Brasil essa hidrovia possui 1.298 km, de Cáceres até a foz do Rio Apa. De Corumbá em direção a Cáceres a navegação sofre inúmeras restrições. A cidade sempre foi estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias europeias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século XIX e começo do século XX, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali.

Rio Paraná

O rio Paraná nasce entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, na confluência de dois importantes rios brasileiros: o Grande e Paranaíba. O Rio Paraná corre aproximadamente no eixo central da Bacia do Paraná, uma ampla bacia sedimentar.

Em seu percurso banha, além de Mato Grosso do Sul, também o estado do Paraná, adquirindo uma extensão total de 3.998 km, que lhe renderia o posto de o nono rio mais extenso do mundo, caso fosse contado o trecho do rio Paranaíba. O rio Paraná demarca a fronteira entre Brasil e Paraguai numa extensão de 190 km até à foz do rio Iguaçu.

É através desse rio que corre a Hidrovia Tietê-Paraná.

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo cinco em operação:

Aeroporto Internacional de Campo Grande

Principal aeroporto de MS, está classificado como aeroporto internacional de segunda categoria, dispondo de todos os serviços essenciais a esta classificação, além de oferecer suporte para a Aviação Regular Regional, bem como para a Aviação Geral, sendo apoio fundamental para as operações militares e alternativa imprescindível à Aviação Internacional.

Aeroporto Internacional de Corumbá

Principal aeroporto de todo o Pantanal, foi construído em terreno de 290 hectares (a área perimetral do sítio é de 1.216.425,40 m²) e na altitude de 141 metros do nível do mar, o aeroporto foi um dos primeiros a serem construídos no interior do Brasil e o primeiro aeroporto construído na região Centro-Oeste, nos anos 30.

Aeroporto Internacional de Ponta Porã

Situado a sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul, fronteira seca com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, o aeroporto está distante 4 quilômetros do centro da cidade de Ponta Porã e o mercado de trabalho existente no aeroporto é formado por 94 empregos diretos.

Aeroporto Regional de Dourados

Localizado próximo à fronteira com o Paraguai (cerca de 110 km), o aeroporto de Dourados está situado dentro da faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai, na segunda maior cidade e centro do mais importante núcleo econômico do Estado, a Região da Grande Dourados, que concentra 38 Municípios, onde a agricultura é pujante, sendo uma região estratégica de Mato Grosso do Sul em que atende aproximadamente 1 milhão de pessoas. O aeroporto também é palco para encontro de pára-quedismo, para aeromodelismo, para eventos sobre aviões acrobáticos, entre outros eventos.

Aeroporto Regional de Bonito

O aeroporto é administrado pela concessionária Dix Empreendimentos Ltda, que é a detentora, junto à Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), para explorar, administrar, operacionalizar e manter o receptivo por 13 anos. É um importante aeroporto turístico de MS e oferece opções de voo regionais e nacionais e internacionais.

Mato Grosso do Sul possui uma capacidade de geração de energia instalada é de 7.826,5  MW, sendo 94% é de origem renovável. Desse total, 6.740,8 MW são provenientes de usinas hidrelétricas, 464,7 MW de gás natural, 427,4 MW de biomassa e 182,8 MW de pequenas centrais hidrelétricas.[2] Porém, até 2015, a capacidade de geração terá um incremento de 4.208,4 MW a partir do início das operações da Usina Hidrelétrica São Domingos entre outras usinas de biomassa e PCHs.[3] Ainda assim, a maior parte da energia consumida no estado é produzida pela usina hidrelétrica de Jupiá, próximo à divisa com São Paulo.[4]

Gasoduto Bolívia-Brasil

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O Gasoduto Bolívia-Brasil delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravessa. Funcionando desde 2001 e tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. Em Mato Grosso do Sul o gasoduto percorre um total de 702 quilômetros, com previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. Quando começar a funcionar, o gasoduto irá transportar 16 milhões de metros cúbicos/dia[carece de fontes?], e será necessária segurança para evitar acidentes (vazamentos, acidentes físicos com o duto, entre outros problemas), já que o duto está apenas a um metro de profundidade.

Com relação ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)[carece de fontes?], o projeto acusa problemas ambientais num primeiro momento: a sua construção pode afugentar a fauna e provocar danos à natureza com as escavações e uso de dinamite. Além disso, o empreendimento foi o responsável pela desapropriação de algumas propriedades de pequenos produtores.

Ensino e pesquisa

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Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006
Média
34,84 (11º)
36,90
53,54 (4º)
52,08
2007[5]
Média
48,41 (11º)
51,52
56,74 (6º)
55,99
2008
Média
39,36 (11º)
41,69
59,02 (10º)
59,35

A taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul decresceu no final do século XX, com reduções nos níveis de analfabetismo classe etária de 10 anos e mais, passando de 23,37%, em 1980, para 9,5% em 2004. E apesar das reduções serem significativas, os dados da área urbana e rural foram bem distintos.[carece de fontes?]

Centros de ensino básico

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Ensino básico

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Ensino complementar ou profissional

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Centros de ensino superior

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Universidades

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Mato Grosso do Sul possui vários centros de pesquisa, destacando-se:

Com reconhecida tecnologia de ponta em todo o Brasil, no MS são três unidades, sendo um dos estados da federação com mais unidades da Embrapa no Brasil, uma em cada região do estado. São elas:

Em novembro de 2009, foi implantado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul o Centro Tecnológico de Eletrônica e Informática de Mato Grosso do Sul (CTEI-MS), uma pólo tecnológico criado pela parceria entre a UFMS, a UCDB e a UNIDERP. Foi montada no CTEI uma das redes de informática mais rápidas do país, que opera a 10 Gb/s.[6][7]

Referências

  1. Rodoviárias de MS - Quero Passagem
  2. MSNotícias. «94% da energia produzida no Estado é de origem renovável». Consultado em 1 de dezembro de 2009 
  3. MSNotícias. «Hidrelétrica gera emprego e renda para a região leste de MS». Consultado em 1 de dezembro de 2009 
  4. Governo de Mato Grosso do Sul. «Perfil de MS». Consultado em 1 de dezembro de 2009 
  5. «ENEM 2007». Consultado em 22 de novembro de 2014 
  6. MS Notícias. «Universidades inauguram centro tecnológico na UFMS». Consultado em 25 de novembro de 2009 
  7. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. «Universidades criam pólo tecnológico de eletrônica e informática». Consultado em 25 de novembro de 2009 [ligação inativa]

Ligações externas

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