Iate Tênis Clube
Iate Tênis Clube | |
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Tipo | iate clube, edifício, património histórico do Brasil |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Pampulha, Belo Horizonte - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pelo IPHAN, Património Mundial da Unesco, bem tombado pelo IEPHA, bem tombado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte |
O Iate Tênis Clube é um clube recreativo localizado na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no começo da década de 1940, integrando o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, reconhecido pela Unesco como Património Mundial desde 2016.
Criação
[editar | editar código-fonte]O Iate Tênis Clube, inicialmente chamado de "Iate Golfe Clube", é um dos quatro edifícios projetados por Oscar Niemeyer por encomenda de Juscelino Kubitschek, então prefeito da capital mineira, no início da década de 1940, quando da criação da barragem que formou a Lagoa da Pampulha.[1] Trata-se de um clube recreativo ainda em operação.[2]
O destaque arquitetônico do clube é uma edificação que possui, na parte superior, o Salão Portinari, assim nomeado em homenagem a Candido Portinari, autor de um dos painéis pintados no local.[3] A parte de baixo da edificação é um abrigo para barcos.[4] As áreas externas do clube têm jardins que foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.[5]
Na década de 1970, o clube construiu um anexo com salão de festas e sala de ginástica. O projeto não foi elaborado por Oscar Niemeyer, arquiteto original do conjunto, e tem estilo que destoa do restante do conjunto.[5]
Patrimônio da humanidade
[editar | editar código-fonte]Em 2016, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A parte original do clube integra o conjunto, mas a Unesco fez ressalvas quanto à existência do anexo, que foi construído de forma irregular em parte de terreno de propriedade do município de Belo Horizonte e invadida pelo clube. Por ter obstruído a visão do clube a partir da Igreja da Pampulha, prejudicando a relação visual entre os edifícios do conjunto arquitetônico, sua demolição com reconstituição paisagística foi condição dada pela Unesco para concessão da declaração de Patrimônio Mundial.[6]
A Prefeitura de Belo Horizonte abriu, em 2019, pedido de reintegração de posse da área invadida para demolição do anexo e recomposição paisagística da área, conforme solicitado pela Unesco, e aguarda decisão judicial.[6]
Referências
- ↑ «Guia de arquitetura de Belo Horizonte: 25 lugares para conhecer na capital mineira». ArchDaily Brasil. 19 de novembro de 2019. Consultado em 15 de fevereiro de 2023
- ↑ «Prefeitura entra com liminar pedindo que reintegração de posse do 'puxadinho' do Iate Tênis Clube seja julgada com urgência». G1. Consultado em 15 de fevereiro de 2023
- ↑ Gerais, Portal Minas. «Turismo em Minas Gerais | Iate Tênis Clube». Portal Minas Gerais. Consultado em 15 de fevereiro de 2023
- ↑ «Iate Tênis Clube | Portal Oficial de Belo Horizonte». portalbelohorizonte.com.br. Consultado em 15 de fevereiro de 2023
- ↑ a b Minas, Estado de (3 de outubro de 2015). «Anexo do Iate Clube ameaça título de patrimônio cultural da Pampulha». Estado de Minas. Consultado em 15 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Prefeitura entra com liminar pedindo que reintegração de posse do 'puxadinho' do Iate Tênis Clube seja julgada com urgência». G1. Consultado em 15 de fevereiro de 2023