Hans Eisele
Hans Eisele | |
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Nascimento | 13 de março de 1913 Donaueschingen, Alemanha |
Morte | 3 de maio de 1967 (54 anos) Cairo, Egito |
Ocupação | Médico militar |
Serviço militar | |
País | Alemanha Nazista |
Serviço | Schutzstaffel |
Patente | Hauptsturmführer (capitão) |
Conflitos | Segunda Guerra Mundial |
Hans Kurt Eisele (13 de março de 1913, Donaueschingen – 3 de maio de 1967, Cairo) foi um médico (sanitätswesen) alemão da Schutzstaffel (SS) que serviu em campos de concentração nazistas.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Filho de um pintor, Eisele teve uma infância modesta. Sua família acabou tendo uma situação financeira difícil devido aos problemas econômicos que a Alemanha enfrentava na década de 1920. Depois de se formar na escola em sua cidade natal de Donaueschingen, ele começou a estudar medicina em Freiburg em 1931. Em 1933 ele se juntou ao Partido Nazista e a SS.
Ele foi casado e teve três filhos.
Crimes
[editar | editar código-fonte]Em janeiro de 1940, Eisele se alistou na Waffen-SS e foi por um curto período de tempo servir no campo de concentração de Mauthausen. Logo depois, de fevereiro a agosto de 1941, ele trabalhou no campo de concentração de Buchenwald. Ele serviu como médico e teria tomado parte no assassinato de 300 prisioneiros que sofriam de tuberculose. Ele também fazia cirurgias experimentais, muitas sem anestesia, e muita das vezes terminavam em óbito dos pacientes. Além disso, ele também foi acusado de torturar e abusar de seus pacientes. Eisele foi então para o campo de Natzweiler e em junho de 1942 foi enviado para um hospital da SS em Praga. Ele também serviu com a Divisão Das Reich da SS na Frente Leste. Em fevereiro de 1945 ele foi servir no campo de concentração de Dachau e trabalhou com o doutor Fritz Hintermayer.[1][2]
Hans Eisele foi preso pelas forças americanas em abril de 1945.
Julgamento e punição
[editar | editar código-fonte]Em 13 de dezembro de 1945, Eisele foi julgado por sua participação em vários crimes de guerra, como execuções e experimentos médicos. Ele foi eventualmente sentencionado a morte. Sua sentença foi comutada em 11 de abril de 1947. Contudo ele foi levado a julgamento novamente e recebeu, junto com vários outros criminosos, uma nova condenação a morte. Os procedimentos dos julgamentos foram, contudo, questionados e a pena de morte foi convertida a uma sentença de dez anos de prisão.[3]
Durante sua detenção na prisão de Landsberg, ele escreveu sua própria defesa chamada Audiatur et altera pars ("Princípio do contraditório") onde ele negou participação em crimes contra a humanidade e afirmou que era cristão, que era um médico apenas para cuidar dos outros. Em contraste com essas alegações, inúmeras testemunhas afirmaram que ele participou das atrocidades em campos de prisioneiros e de concentração. Até mesmo ex membros da SS atestaram isso. Mas, em 26 de fevereiro de 1952, Eisele teve sua sentença novamente comutada e foi libertado da prisão.
Pós-guerra e fuga para o Egito
[editar | editar código-fonte]Uma vez libertado, ele foi praticar medicina em Munique. Em 1958, durante o julgamento de Martin Sommer, um guarda de Buchenwald, novas alegações foram feitas contra Eisele. Ele então teve que fugir para o Egito, onde ele assumiu um pseudônimo de Carl Debouche em foi viver nos subúrbios da cidade do Cairo.[4]
Eisele teve que se esconder por diversas vezes após pedidos de extradição do governo da Alemanha foram feitos.
Durante sua vida por três vezes ele quase foi assassinado a mando do Mossad (o serviço de inteligência israelense). Eisele faleceu em 3 de maio de 1967 de razões desconhecidas. Seu corpo foi logo depois levado de volta a Alemanha para ser enterrado.[4]
Referências
- ↑ Ernst Klee: Auschwitz, die NS-Medizin und ihre Opfer. 3rd edition. Fischer, Frankfurt am Main 1997, ISBN 3-596-14906-1.
- ↑ Ernst Klee: Das Personenlexikon zum Dritten Reich: Wer war was vor und nach 1945. Fischer, Frankfurt am Main 2007, ISBN 978-3-596-16048-8.
- ↑ "Former SS 2nd Lieutenant Dr. Hans Eisele cross-examines a witness in his own defense at the trial of former camp personnel and prisoners from Buchenwald". Página acessada em 13 de fevereiro de 2015.
- ↑ a b Fisk, Robert (7 de agosto de 2010). «Butcher of Buchenwald in an Egyptian paradise». The Independent