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Freguesia do Ó (bairro)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Freguesia do Ó
Bairro de São Paulo
Dia Oficial 29 de agosto
Fundação 1580
Imigração predominante  Itália, Portugal Portugal e  Hungria
Distrito Freguesia do Ó
Subprefeitura Freguesia do Ó/Brasilândia
Região Administrativa Noroeste
Mapa

A Freguesia do Ó é um bairro Antigo da cidade de São Paulo, pertencente ao distrito da Freguesia do Ó.

Um dos casarões do Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó. A fachada é tombado pelo Patrimônio Histórico e abriga um famoso bar da cidade de São Paulo.

Em 1610, Manuel Preto solicitou à sede da paróquia da Vila de São Paulo autorização para erguer uma capela em honra de Nossa Senhora do Ó, que deu nome ao lugar. Manoel e sua esposa, Águeda Rodrigues, após obterem despacho favorável, em 29 de Setembro de 1615, ao requerimento de provisão que fizeram, pelo motivo de não poderem cumprir suas obrigações religiosas na vila, juntamente com sua gente, iniciaram a construção da capela dedicada à virgem sob a denominação de Nossa Senhora da Esperança ou da Expectação.[1]

Um século e meio depois, em 1796, foi inaugurada a nova igreja dedicada à Virgem do Ó, construída onde hoje se situa o "Largo da Matriz Velha", e se tornou Paróquia pelo alvará de constituição de 15 de Setembro de 1796, concedido pela Rainha de Portugal.[2]

O Núcleo Original da Freguesia do Ó é um conjunto de endereços na cidade brasileira de São Paulo. Eles fazem parte do entorno dos largos do bairro: Largo da Matriz Nossa Senhora do Ó e Largo da Matriz Velha. Tais lugares são patrimônios históricos, culturais e ambientais da cidade de São Paulo devido ao valor histórico da paisagem urbana paulistana desde o século XIX e o "valor arquitetônico e ambiental de diversas edificações localizadas em torno dos dois largos".[3] Além disso, foi o primeiro núcleo de povoamento à margem direita do rio Tietê, no século XVI, frente ao contexto bandeirantista.[4]

Estes pontos turísticos da Freguesia do Ó foram reconhecidos pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - CONPRESP, em dezembro de 1992, que definiu os endereços como bens culturais: Largo da Matriz Velha; Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó; Avenida Itaberaba, entre o Largo da Matriz Velha e a Rua Chico de Paulo; Rua Piqueri; Rua João Alves, entre o Largo da Matriz Velha e a Ladeira Velha; Ladeira Velha; Rua da Bica, entre a Rua Anastácio de Souza Pinto e a Avenida Itaberaba; Rua Coronel Tristão, entre a Rua da Bica e o Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó; Rua José de Siqueira, entre a Rua da Bica e o Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó; Rua Anástacio de Souza Pinto, entre a Rua da Bica e a Rua Jesuíno de Brito; Rua Antônio de Sousa Ferreira; Rua Jesuíno de Brito, entre a Rua Antonieta Leitão e o Largo da Matriz Velha; Avenida Paula Ferreira, entre a Rua Jesuíno de Brito e o Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, além da Igreja de Nossa Senhora do Ó.[3]

É classificado pelo CRECI como "Zona de Valor D", assim como outros bairros da capital: Casa Verde, Carandiru e Brás.[5]

Referências

  1. Paróquia de Nossa Senhora do Ó Pesquisa em 03/01/16
  2. Marcildo, Maria Luiza (1973). A Cidade de São Paulo: povoamento e população, 1750-1850. São Paulo: Pioneira 
  3. a b Freguesia do Ó, Processo (1992). Processo de tombamento do patrimônio histórico: Núcleo Original da Freguesia do Ó n 16-003.096-91*77. [S.l.]: CONPRESP 
  4. dos Santos, Alberto (2014). «DIMENSÕES DO PATRIMÔNIO CULTURAL: TOMBAMENTOS E TERRITORIALIDADES NO BAIRRO DA FREGUESIA DO Ó – SÃO PAULO (SP)» (PDF). UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS. Consultado em 1 de novembro de 2016 
  5. «Pesquisa CRECI» (PDF). 11 de julho de 2009. Consultado em 13 de julho de 2009. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  • ALVIM, Murilo Lopes. Ó, a Freguesia. São Paulo: Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Fotografia(SENAC), 2003.
  • BARRO, Máximo. Nossa Senhora do Ó. São Paulo: Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, 1977.
  • BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
  • BOSI, Ecléa. Memória e sociedade, lembranças de velhos. São Paulo: T.A. Queiroz Editor. 1979.
  • GOFF, Jacques Le. Memória – História. Lisboa: Imprensa Nacional, 1984.
  • KOSSOY, Boris. Fotografia e história. São Paulo: Ática, 1989.
  • LUISI, Emídio. Ue' Paesà: 120 anos da imigração italiana no Brasil. São Paulo: Caixa Econômica Federal, 1997.
  • MACEDO, Carmem Cinira. Tempo de gênesis: o povo das comunidades eclesiais de base. São Paulo: Brasiliense, 1986.
  • MAGNANI, José G. e TORRES, Lílian Lucca de. Na metrópole. São Paulo: Edusp Fapesp, 1996.
  • MARTINELLI, Pedro. Casas Paulistanas: pequenos tesouros da Mooca na transformação de São Paulo. São Paulo: 1° edição. 1998.
  • MARTINS, José de Souza. Subúrbio: vida cotidiana e história no subúrbio da cidade de São Paulo: São Caetano, do fim do Império ao fim da República Velha. São Caetano do Sul: Hucitec, 1992.
  • MASCARO, Cristiano. São Paulo. São Paulo: Editora Senac, 2000.
  • MEDINA, Cremilda de Araújo (org). Ó freguesia, quantas histórias. São Paulo: ECA/USP, 2000.
  • RIBEIRO, Suzana Barretto. Italianos do Brás, imagens e memória. São Paulo: Brasiliense, 1994.
  • CAMARGO, Benedito. Matriz Velha da Freguesia do Ó. http://www.portaldoo.com.br/historia/foto/mvelha01.htm, 2006

Ligações externas

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