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Ferdinand Freiligrath

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Ferdinand Freiligrath
Ferdinand Freiligrath
Προσωπογραφία του Φέρντιναντ Φράιλιγκρατ
Nascimento Hermann Ferdinand Freiligrath
17 de junho de 1810
Detmold
Morte 18 de março de 1876 (65 anos)
Bad Cannstatt
Sepultamento Uff-Kirchhof
Cidadania Principado de Lipa
Progenitores
  • Louise Wilhelmine Freiligrath
Cônjuge Ida Freiligrath
Filho(a)(s) Kate Freiligrath-Kroeker, Otto Freiligrath
Irmão(ã)(s) Gisberte Freiligrath
Ocupação linguista, poeta, tradutor, escritor
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio

Ferdinand Freiligrath (Detmold, 17 de junho de 1810Bad Cannstatt, 18 de março de 1876) foi um poeta e tradutor alemão, primeiramente romântico, depois socialista e revolucionário.[1][2] Fez parte do movimento Jovem Alemanha e da Liga dos Comunistas.[2]

Ferdinand Freiligrath, de acordo com a Encyclopædia Britannica,[1] é considerado um dos poetas políticos mais destacados da Alemanha durante o século 19, cujos versos deram expressão poética a anseios e sentimentos radicais de seu tempo. Estabeleceu amizade com Karl Marx e louvou as revoluções de 1848.[1]

Nasceu em 17 de junho de 1810 em Detmold. Depois de trabalhar como contador em um banco em Amsterdã (1831-39), Freiligrath abandonou o comércio pela literatura com o sucesso de seus primeiros poemas, do romântico Gedichte (1838; “Poemas”).[1] Influenciados por Victor Hugo, esses primeiros poemas são caracterizados por cenas exóticas vividamente imaginativas e evocativas e pelo virtuosismo técnico, tendo o feito ganhar uma pensão do rei prussiano Frederico Guilherme IV.[1]

Ferdinand Freiligrath de perfil.

Suas visões tornaram-se cada vez mais radicais e, em 1844, Freiligrath renunciou à pensão a partir da publicação de sua coleção de poemas políticos, Glaubensbekenntnis (1844; “Declaração de Consciência”).[1] Sua poesia acabou sendo banida,[1] e ele foi forçado a deixar a Alemanha para a Bélgica, Suíça e depois Inglaterra. Seus poemas em Ça ira (1846; "Isto Será") e em Neuere politische und soziale Gedichte (1849 e 1851; “Novos Poemas Políticos e Sociais”), celebrando as Revoluções de 1848 (que serviram como base histórico-social do Manifesto Comunista) e o fazendo retornar à Alemanha, eram ainda mais socialistas e antimonárquicos.[1] Logo tornaram-se um dos melhores exemplos da poesia revolucionária alemã da época.[1] O incômodo das autoridades com seu poema "Die Toten an die Lebenden" (1848; “Dos Mortos aos Vivos”) o fez ser preso por subversão, mas logo foi absolvido.[1]

Freiligrath ingressou na Liga dos Comunistas[2] e mudou-se para Cologne, onde formou uma amizade de longa data com Karl Marx, com quem editou e redigiu a Neue rheinische Zeitung ("Nova Gazeta Renana").[1] Em 1851, assim como vários revolucionários, incluindo Marx (que já tinha se exilado em 1849), retornou à Inglaterra para escapar de novas perseguições políticas.[1] Depois, tornou-se gerente do Banco Geral da Suíça em Londres de 1856 a 1865.[1] Em 1868, uma subscrição pública levantada na Alemanha o permitiu voltar. Morreu em 18 de março de 1876 em Cannstatt.[1] Sepultado no Uff-Kirchhof em Stuttgart.

Obras notáveis

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Livros de poemas

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  • Glaubensbekenntnis (1844; “Declaração de Consciência”)
  • Ça ira Ça ira (1846; "Isto Será")
  • Neuere politische und soziale Gedichte (1849 e 1851; “Novos Poemas Políticos e Sociais”)

Tradutor de poesia social

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Entre outras obras importantes de Freiligrath estão suas traduções da poesia social de William Wordsworth, Henry Wadsworth Longfellow, Walt Whitman, Robert Burns, Victor Hugo e Molière.[1]

Publicações

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  • Die Auswanderer (1832)
  • Gedichte von Ferdinand Freiligrath. (Scipio, Löwenritt, Moos-Thee, Anno Domini …?). In: Deutscher Musenalmanach für das Jahr 1835. Hrsg. von A. v. Chamisso und G. Schwab. Weidmannsche Buchhandlung, Leipzig (1835), S. 88 ff. [1]
  • Victor Hugo's Herbstblätter. Deutsch von H. Fournier. Dämmerungsgesänge. Deutsch von Ferdinand Freiligrath. Johann David Sauerländer, Frankfurt am Main 1836 (Digitalisat)
  • Ignaz Hub, F . Freiligrath, August Schnezler (Hrsg.): Rheinisches Odeon. Zweiter Jahrgang. I. H. C. Schreiner, Düsseldorf 1838 (Digitalisat)
  • Ferdinand Freiligrath (Hrsg.): Rheinisches Jahrbuch für Kunst und Poesie. DuMont-Schauberg, Köln 1840 (Digitalisat)
  • Gedichte. J. G. Cotta'scher Verlag, Stuttgart, Tübingen, Stuttgart 1838 Zweite vermehrte Aufl. 1839 (Digitalisat) 5. Aufl. 1843 (Digitalisat)
  • Ferdinand Freiligrath, Levin Schücking (Hrsg.): Das malerische und romantische Westfalen. Langewische, Barmen / Friedr. Volckmar, Leipzig 1840 (Digitalisat) Reimpresso1980, ISBN 3-8035-1089-9
  • Ferdinand Freiligrath (Hrsg.): Rolands-Album. Zum Besten der Ruine. M. DuMont-Schauberg, Köln am Rhein 1840 (Digitalisat)
  • Aus Spanien (1841) bei uni-duisburg-essen.de (weitergeleitet an http://www.lyriktheorie.uni-wuppertal.de)/
  • Karl Immermann. Blätter der Erinnerung an ihn. Adolph Krabbe, Stuttgart 1842 (Digitalisat)
  • Ein Glaubensbekenntniß. Zeitgedichte. Victor von Zabern, Mainz 1844 (Digitalisat)
  • Eine Proletarierfamilie in England. In: Deutsches Bürgerbuch für 1845 Ed. por Hermann Püttmann. C. W. Leske, Darmstadt 1845, S. 357 (Reimpresso1975, ISBN 3-434-00254-5)
  • Ça ira. Sechs Gedichte Verlag des literarischen Instituts, Herisau 1846 (Digitalisat)
  • Englische Gedichte aus neuerer Zeit. Nach Felicia Hermans, Robert Southey, Alfred Tennyson, Henry W. Longfellow und Andren. J. G. Cotta'scher Verlag, Stuttgart, Tübingen 1846 (Digitalisat)
  • Die Todten an die Lebenden. Franke'sche Buchdruckerei (Köln) (1848) (Digitalisat)
  • Ein Lied vom Tode. Abdruck aus der Londoner Deutschen Zeitung. Den Berliner Arbeitern und Bürgerwehrmännern zur Todtenfeier ihrer gefallenen Brüder am 20. Oktober 1848. Fähndrich, Berlim 1848 (Digitalisat)
  • Blum. Naumann, Leipzig 1848 (Digitalisat)
  • Schwarz, Roth Gold. Binder, Leipzig 1848 (Digitalisat)
  • Venus und Adonis von William Shakespeare. Uebersetzt von Ferdinand Freiligrath. W. H. Scheller, Düsseldorf 1849 (Digitalisat)
  • Zwischen den Garben. Eine Nachlese älterer Gedichte. J. G. Cotta'scher Verlag, Stuttgart, Tübingen 1849 (Digitalisat)
  • Neuere politische und sociale Gedichte. Erstes Heft. Selbstverlag, Köln 1849 (Digitalisat)
  • Neuere politische und sociale Gedichte. Zweites Heft. Selbstverlag, Braunschweig 1850 (Digitalisat)
  • Dichtung und Dichter. Eine Anthologie. Gebrüder Katz, Dessau 1854 (Digitalisat)
  • Henry Wadsworth Longfellow: Der Sang von Hiawatha. Uebersetzt von Ferdinand Freiligrath. J. G. Cottascher Verlag, Stuttgart, Tübingen 1857 (Digitalisat)
  • The Rose, Thistle and Shamrock. A Selection of English Poetry, chiefly modern. Edward Hallberger, Stuttgart 1853 (Digitalisat)
  • Festlied der Deutschen in London zur Feier von Schillers 100-jährigem Geburtstage. 10. Nov. 1859. A. Petsch & Co., Londres1859 (Digitalisat)
  • Nach Johanna Kinkels Begräbniß. 20. November 1858.(London 1858) PDF-Dokument der Universität Bonn
  • Das Waldheiligthum von Felicia Hemans. Uebersetzt von Ferdinand Freiligrath. J. G. Cotta'scher Verlag, Stuttgart, Tübingen 1871 (Digitalisat)
  • Neue Gedichte. J. G. Cotta'scher Verlag, Stuttgart, Tübingen 1877.

Edições de Obras

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Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o "Ferdinand Freiligrath", verbete biográfico na Encyclopædia Britannica. Consultado em 26/03/2021.
  2. a b c (em português) "Freiligrath, Ferdinand" no Dicionário Político do Marxists Internet Archive. Consultado em 26/03/2021.

Ligações externas

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