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Escuridão

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 Nota: Para o filme de terror com Maria Bello e Sean Bean, veja The Dark (filme).
Luzes e escuridão da terra (montagem)

Escuridão é a ausência de luz. A percepção da escuridão difere da mera ausência de luz devido aos efeitos das imagens residuais na percepção. Ao perceber, o olho está ativo e a parte não estimulada da retina produz uma imagem residual complementar.[1]

O termo deriva de escuro, que se originou no latim obscurum.[2] No inglês antigo, havia três palavras que podiam significar escuridão: heolstor, genip e sceadu.[3] Heolstor também significava "esconderijo" e tornou-se coldre. Genip significava "névoa" e caiu em desuso como muitos verbos fortes. Porém, ainda é usado no ditado neerlandês in het geniep, que significa secretamente. Sceadu significava "sombra" e permaneceu em uso. A palavra dark eventualmente evoluiu do inglês médio derk no século XIII, e por sua vez do inglês antigo deorc.[4]

Escuridão como metáfora

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Os sentimentos do homem na ausência de luz têm sido fonte de metáforas na literatura e de simbolismo na arte. Neste campo, com o uso do claro-escuro, a escuridão enfatiza ou contrasta a luz.

Em algumas culturas, a escuridão está associada ao mal ou ao pecado. É possível encontrar o significado negativo das trevas na Divina Comédia de Dante: nos primeiros versos, de fato, o poeta toscano encontra uma floresta escura.

O significado alegórico desta condição pode, no entanto, conter uma implicação positiva, no sentido de que é necessário primeiro passar pela noite escura da alma, na qual o Eu individual é forçado a enfrentar a sua própria Sombra interior, para poder então encontrar a luz novamente.[5] Na alquimia, por exemplo, a escuridão é a fase inicial da grande obra, a da putrefação ou dissolução chamada nigredo, representada por símbolos como um corvo ou um sol negro, pela qual é necessário passar para criar a pedra filosofal.[6][7]

Na psicologia, a escuridão também é uma metáfora para o inconsciente, e está associada astrologicamente à Lua.[8]

Referências

  1. Horner 2000, p. 217.
  2. «Escuro». Michaelis 
  3. Mitchell 2001, p. 332, 349, 363, 369.
  4. «Dark». Online Etymology Dictionary 
  5. Roberte H. Hopeke, A Guided Tour of the Collected Works of C. G. Jung, pag. 165, Boston 1989.
  6. Johannes Fabricius, L'alchimia. L'arte regia nel simbolismo medievale, trad. it. di Paolo Lucarelli, introduzione di Gianfranco de Turris, pag. 98, Roma, Mediterranee, 1997.
  7. Marcello Fumagalli, Dizionario di alchimia e di chimica farmaceutica antiquaria, alla voce «notte», Roma, Mediterranee, 2000.
  8. Erich Neumann, La psicologia del femminile, Roma, Astrolabio-Ubaldini, 1975, cit. in Mariella Comerci, I profili della Luna: riflessioni sulla creatività femminile, pag. 175, Bulzoni, 1982.
  • Horner, David T. (2000). Demonstrations of Color Perception and the Importance of Contours, Handbook for Teaching Introductory Psychology 2 ed. Texas: Psychology Press. p. 217. ISBN 9780805836547 
  • Mitchell, Bruce; Robinson, Fred C. (2001). A Guide to Old English. Glossary. Hoboken, Nova Jérsei: Blackwell Publishing. ISBN 978-0-631-22636-9 


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