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Ermelinda Lopes de Vasconcelos

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Ermelinda Lopes de Vasconcelos
Nascimento 23 de setembro de 1866
Porto Alegre, RS, Brasil
Morte 1952 (86 anos)
Niterói, RJ, Brasil
Educação Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro
Conhecido por segunda médica graduada por uma universidade brasileira e a primeira do Rio de Janeiro
Carreira médica
Ocupação Médica
Especialidade Ginecologia e Pediatria

Ermelinda Lopes de Vasconcelos (Porto Alegre, 23 de setembro de 1866 - Niterói, 1952) foi uma médica brasileira, a segunda médica formada no Brasil e primeira no Rio de Janeiro.

Filha de Joaquim Lopes de Vasconcelos e Firmiana dos Santos, aos 8 anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde seu pai trabalhou como guardador de livros na Companhia de Navegação Fluvial.[1] Formou-se na Escola Normal de Niterói, em 1881, e, em 1884, após muita insistência para que seu pai consentisse, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, obtendo o grau de doutora em 1888 com a defesa da tese: "Formas clínicas das meningites na criança: diagnóstico diferencial", cuja banca avaliadora fora presidida pelo imperador D. Pedro II. Foi, então, a primeira mulher a se formar médica no Rio de Janeiro e a segunda no Brasil, após Rita Lobato, também gaúcha, que, embora tenha iniciado seus estudos no Rio de Janeiro, transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Bahia, onde concluiu o curso médico em 1887.[2]

Em reação à recente formatura da primeira mulher na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Sílvio Romero, notório escritor e historiador brasileiro, publicou uma crônica intitulada "Machona", na qual hostiliza:

Ironicamente, a médica teria sido chamada para realizar o parto de sua esposa anos depois.[4]

Casou-se em 1889 com o colega Dr. Alberto de Sá, ginecologista e obstetra, filho do jornalista e médico Dr. Gustavo de Sá.[5] Continuou os estudos, em 1900, na Europa, aperfeiçoando-se na França, Inglaterra e Alemanha. Dedicou-se, também, à ginecologia e obstetrícia durante sua longa carreira e, acredita-se, chegou a realizar mais de 10 mil partos.[1]

Ermelinda faleceu em Niterói, em 1952.[1]

Referências

  1. a b c «VASCONCELOS, Ermelinda Lopes». Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul 
  2. Rago, E. J (2000). «A ruptura do mundo masculino da medicina: médicas brasileiras no século XIX». Cadernos Pagu (15). pp. 199–225 
  3. Colling, A. M (jul–dez de 2011). «As primeiras médicas brasileiras: mulheres à frente de seu tempo». Fronteiras. 13 (24). pp. 168–183 
  4. Joffre M. de Rezende (abril–maio de 2005). «Caminhos da medicina - O machismo na história do ensino médico». Breves de Saúde 
  5. Amarante (1893). «Doutora Ermelinda de Sá» (PDF). O Albun. 1 (15). pp. 113–114 
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