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Emirado Xadádida

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Emirado Xadádida

Xadádidas

9511174 

Territórios xadádidas nos séculos XI e XII
Continente Ásia e Europa
Região Cáucaso
Capitais DúbioGanja[1]Ani
Países atuais  Armênia
 Azerbaijão
 Geórgia
 Irã
 Rússia
 Turquia

Línguas curdoarmênioazeri
Religiões islã sunita, cristianismo armênio
Moeda dinar e dirrã

Forma de governo Emirado
Emir
• 951–971  Maomé ibne Xadade (primeiro)
• 986–1031  Alfadle I ibne Maomé (apogeu)
• 1164–1174  Xainxá (último)

Período histórico Alta Idade Média
• 951  Fundação por Maomé ibne Xadade
• 1067  Tugrul I expulsa os xadádidas de Arrã
• 1075  Anexação do último território xadádida independente pelo sultão seljúcida Alparslano
• 1174  Deposição de Xainxá, último emir de Ani por Maleque Xá I

O Emirado Xadádida foi um Estado medieval eurasiático governado pela dinastia curda[2][3][4] homônima, que controlou porções da Armênia e de Arrã de 951 até 1174. Durante esse longo período de dominação da Armênia, os xadádidas frequentemente se casaram com membros da dinastia Bagratúnio.

O ponto de partida dos xadádidas foi a cidade de Dúbio e, a partir dali, a família passou a controlar diversas outras grandes cidades, como Barda'a e Ganja. Um ramo cadete da dinastia governou também as cidades de Ani e Tiblíssi[5] como recompensa pelos serviços prestados aos seljúcidas, de quem eram vassalos.[3][6] Entre 1047 e 1057, os xadádidas se envolveram em diversas lutas contra o exército bizantino.

Em 951, Maomé ibne Xadade se estabeleceu em Dúbio, porém, incapaz de resistir a uma incursão muçafírida, acabou fugindo para o reino armênio de Vaspuracânia. Seu filho, Ali Lascari ibne Maomé acabou com a influência muçafírida em Arrã depois de tomar Ganja em 971. Dali, seus domínios foram se expandindo pela Transcaucásia, chegando ao norte até Xancur e ao leste, até Barda'a. Seu irmão, Marzubã ibne Maomé, reinou depois dele.

O terceiro filho de Maomé ibne Xadade, Alfadle I ibne Maomé, expandiu seu território durante seu longo reinado. Ele retomou Dúbio dos bagrátidas armênios em 1022 e suas campanhas contra eles tiveram variados graus de sucesso. Ele também atacou os cazares em 1030.[7] No final deste mesmo ano, quando retornava de uma vitoriosa campanha na Geórgia, seu exército foi encurralado por forças georgianas e armênias e decisivamente derrotado.

Depois da derrota de Alfadle I, toda região mergulhou no caos, com o Império Bizantino pressionando os príncipes armênios e os turcos seljúcidas aumentando sua influência sobre a região de Arrã depois de um ataque a Dúbio. O poeta Catrã de Tabriz elogiou Ali II Lascari por sua vitória sobre os príncipes armênios e georgianos durante seu reinado em Ganja. Abul Assuar Xavur I ibne Alfadle I tomou o poder em 1049 e se estabeleceu em Ganja, mas foi o último xadádida a governar de forma independente, pois em 1067 Tugrul I chegou à Ganja e exigiu vassalagem. Depois disso, os turcos acabaram com a influência xadádida e passaram a governar diretamente a região de Arrã.

Conforme sua influência declinava, o filho de Abul Asuar, Alfadle II ibne Xavur I foi capturado pelos georgianos e, em 1075, Alparslano anexou o último dos territórios independentes da dinastia. Um ramo cadete da família continuou, porém, a governar Ani e Tiblíssi[5] como vassalos do Grande Império Seljúcida até 1175, quando Maleque Xá I depôs o último emir xadádida de Ani.[8][9]

Monarcas xadádidas

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Emires em Ani

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  1. Peacock 2005, p. 210.
  2. Peacock 2005, p. 209.
  3. a b Bosworth 1997, p. 169.
  4. Meho 2001, p. 11.
  5. a b Minorsky 1949, p. 29.
  6. Peacock 2005, p. 216.
  7. Büchner & Bosworth 1997, p. 157.
  8. Blair 1991, p. 68.
  9. Bosworth 1997, p. 170.
  • Blair, Sheila S. (1991). «Surveyor versus Epigrapher». Leida: Brill. Muqarnas. 8 
  • Bosworth, C.E. (1997), «S̲h̲addādids», in: Bosworth, C. E.; van Donzel, E.; Heinrichs, W. P.; Lecomte, G., Encyclopaedia of Islam, Second Edition, Volume IX: San–Sze, ISBN 978-90-04-10422-8 (em inglês), Leida: E. J. Brill.  Cópia em archive.org. Consulta online em brillonline.com.
  • Bosworth, C. E. (2011), «Arrān», Londres, Encyclopædia Iranica, edição online iranicaonline.org (em inglês), II Fasc. 5: 520-522, consultado em 13 de abril de 2019 
  • Büchner, V.F.; Bosworth, C.E. (1997), «S̲h̲abānkāra», in: Bosworth, C. E.; van Donzel, E.; Heinrichs, W. P.; Lecomte, G., Encyclopaedia of Islam, Second Edition, Volume IX: San–Sze, ISBN 978-90-04-10422-8 (em inglês), Leida: E. J. Brill.  Cópia em archive.org. Consulta online em brillonline.com.
  • Meho, Lokman I.; Maglaughli, Kelly L. (2001). Kurdish culture and society: an annotated bibliography. Westport, Connecticut; Londres: Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-313-31543-5 
  • Minorsky, Vladimir (1949). «Caucasica in the History of Mayyāfāriqīn». Cambridge University Press. Bulletin of the School of Oriental and African Studies. 13 (1) 
  • Minorsky, Vladimir (1953). Studies in Caucasian History. Nova Iorque: Taylor’s Foreign Press. pp. 102–103. ISBN 0-521-05735-3 
  • Peacock, Andrew C. S. (2005). «Nomadic Society and the Seljūq Campaigns in Caucasia». Universidade de Cambridge. Iran & the Caucasus. 9 (2) 

Ligações externas

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