Centro Nacional de Artesanato
Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design | |
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Fachada | |
Tipo | Centro cultural |
Diretor(a) | Irlando Ferreira |
Curador(a) | Irlando Ferreira e Adélia Borges |
Página oficial | https://cnad.cv |
Geografia | |
País | Cabo Verde |
Cidade | Mindelo |
Localidade | Praça Amílcar Cabral (Praça Nova), sobre Ruas 5 de Julho e Argelia |
Coordenadas | Coordenadas : graus e minutos devem ser números inteiros |
Geolocalização no mapa: Cabo Verde | |
Localização em mapa dinâmico |
O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD) é um centro cultural situado na bairro de Alto Mira na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, em Cabo Verde. É a primeira instituição cultural cabo-verdiana construída de raiz preparada para acolher exposições permanentes e temporárias, desenvolver residências criativas e servir, ainda, de base para a formação de um arquivo documental e artístico das expressões tradicionais e contemporâneas do país. O seu edifício situa-se próximo a Praça Amílcar Cabral (Praça Nova) e do Cinema Éden Park. É patrimônio da Influência Portuguesa em Cabo Verde.[1]
História
[editar | editar código-fonte]O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design e a sua história testemunham o caminho percorrido e os resultados alcançados, iniciados desde a década de 1970 pela Cooperativa Resistência, mais tarde nomeada Centro Nacional do Artesanato (CNA). Tendo sido a primeira instituição cultural criada em Cabo Verde após a independência, o CNA serviu de base para a construção do tecido artesanal e de uma identidade visual e estética cabo-verdiana, características que exercem, ainda hoje, um papel fundamental na alavanca para o futuro e para a criação de novas linguagens nacionais.
Situado no coração de Mindelo, na ilha de São Vicente, o CNAD funcionou num dos edifícios mais antigos da cidade, inicialmente conhecido por Casa Senador Vera-Cruz, um espaço que é também parte da história cultural e social da vida dos mindelenses. Este terá servido de residência, liceu, quartel, grémio, estação de rádio (a Rádio Clube do Mindelo, de 1945 a1955,[2] a Rádio Barlavento, uma afiliada da RDP, de 1955 a 1975,[3], além da Rádio Voz de São Vicente[4], de 1975 a1979) e Museu de Arte Tradicional antes de acolher o projeto CNA em 1983, uma iniciativa nascida da inquietação de um núcleo de artistas e professores dedicados à experimentação, formação, investigação e promoção do artesanato cabo-verdiano, com foco na panaria.
Em 1976, este coletivo, composto por Manuel Figueira, Luísa Queirós e Bela Duarte, entre outros, ousou criar um Centro Nacional de Artesanato em Cabo Verde. Na sua essência estava a preservação histórica e cultural e a multiplicação dos saberes através do conhecimento transmitido por mestres artesãos do país, como Nhô Griga e Nhô Damásio. A partir daí, o CNA foi a rampa de lançamento para um sem-número de novos artesãos e artistas plásticos, além de berço para a exploração de novas linguagens e abordagens estéticas.
Em 1997, o CNA foi declarado extinto e o edifício acabaria por permanecer encerrado até 2005, ano em que o Instituto de Investigação e Património Cultural (IIPC) inicia um trabalho de pesquisa do arquivo e do acervo do CNA e, simultaneamente, o projeto do restauro do edifício.
Em 2008, a construção é inaugurada com o nome de Museu de Arte Tradicional, com o objetivo de continuar o paradigma do CNA, através da realização de exposições e ações educacionais na área do artesanato e património. Após esse período, dá-se a alteração do nome para Casa do Senador, que, embora vocacionado para as artes, perde o seu estatuto de museu.
Esta situação altera-se quando o Ministério da Cultura, em 2011, decide retomar o projeto de desenvolvimento e promoção do artesanato e integra o design no CNA, que passa a designar-se como Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD).
Em 2019[5] iniciou as reformas do CNAD, com a criação de um novo edifício ao redor do antigo, projeto do arquiteto Ramos Castellano Arquitectos[6]. Incialmente projetadas para durarem 12 meses, as obras foram concluídas somente em 2022, sendo reinaugurado no dia 30 de julho de 2022, com gastos estimado em mais de 120 mil contos[7]. Em 2023 foi inaugurada a Loja do CNAD[8].
Diretores
[editar | editar código-fonte]- Manuel Figueira (1979-1989)[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Plano urbano de Praça Nova». Património de Influência Portuguesa — HPIP. 2008. Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ Berg, J.S (2012). Broadcasting on the Short Waves, 1945 to Today. (em inglês). Google-Books-ID: Ux9fZj6izuEC: McFarland
- ↑ Dictionary of African Biography: Abach - Brand, Volume 1 (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. 2012. p. 266. ISBN 9780195382075
- ↑ Santos, Humberto (15 de maio de 2017). «Història de Radio Cabo Verde» (em inglês). Consultado em 20 de janeiro de 2018
- ↑ «São Vicente vai receber em 2018 "o maior investimento" do Ministério da Cultura – ministro – INFORPRESS». Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ «CNAD Centro Nacional de Artesanato e Design / Ramos Castellano Arquitectos». ArchDaily Brasil. 7 de dezembro de 2022. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ «Renovado CNAD abre portas a 30 de Julho». Expresso das Ilhas. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Borges, Oscar (18 de janeiro de 2023). «Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design abre a sua loja». Governo de Cabo Verde. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Manuel Figueira na Art Africa (em inglês)