Cáchita
Cáchita
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2º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe | ||||||||||
Sítula contendo os nomes de Cáchita e Amenirdis | ||||||||||
Rei de Cuxe | ||||||||||
Reinado | 769 - 744 a.C. | |||||||||
Antecessor(a) | Alara | |||||||||
Sucessor(a) | Piiê | |||||||||
Nascimento | 800 a.C. | |||||||||
Morte | 745 a.C. | |||||||||
Sepultado em | El-Kurru | |||||||||
Cônjuge | Pebatjma | |||||||||
Descendência |
Cáchita[1] (transcrição da transliteração hieroglífica k3š-t3 (Kaxta) e possivelmente pronunciado / kuʔʃi-taʔ /) foi o segundo rei da dinastia napatana do Reino de Cuxe, sucedendo seu irmão Alara. Seu nome é frequentemente traduzido como "o Cuxita".
Histórico
[editar | editar código-fonte]Cáchita governou seu reino na Núbia de Napata, que fica a 400 km ao norte da atual Cartum, a capital do Sudão, também exercia um forte grau de controle sobre o Alto Egito ao colocar sua filha Amenirdis I como sacerdotisa do templo de Amom em Tebas, e pretensa esposa do deus. Amenirdis substituiu a filha do faraó da XXIII dinastia Osocor III Esse acontecimento foi o momento chave no processo de extensão do poder cuxita sobre os territórios egípcios que ocorreu justamente no governo de Cáchita, uma vez que legitimava oficialmente a conquista da região de Tebaida pelo Reino de Cuxe. [2] Inclusive existiam guarnições cuxitas estacionadas em Tebas durante o reinado de Cáchita para proteção da ordem e do Templo de Amom. [3]
A consagração de Cáchita como Rei do Alto e Baixo Egito e a conquista pacífica do Alto Egito é sugerida tanto pelo fato de que os descendentes de Osocor III, Taquelote III e Rudamom que deveriam ser os continuadores da XXIII dinastia gozavam de um status social elevado em Tebas na segunda metade do século VIII e na primeira metade do VII a.C. como é demonstrado pela imponência de seus túmulos nesta cidade, bem como pela atividade conjunta entre a Divina Adoradora de Amom (gran-sacerdotisa) Xepenupete I e a Esposa Eleita do Deus Amom Amenirdis I, filha de Cáchita. [4] Uma estela do reinado de Cáchita foi encontrada em Elefantina (atual Assuão) - no templo local dedicado ao deus Quenúbis - que confirma seu controle sobre essa região. Ela tem seu nome real ou prenome: Nimaatre. Os egiptólogos de hoje acreditam que ele ou, mais provavelmente, Piiê foi o rei Núbio mencionado na inscrição de Uádi Gasus, que associa Amenirdis com Xepenupete. [5] A duração do reinado de Cáchita é desconhecido. Algumas fontes afirmam que Cáchita foi o fundador da XXVª dinastia a partir do momento em que empossado rei de Cuxe e reconhecido por ter expandido a influência de seu reino ao Alto Egito. [6] [7] Sob o reinado de Cáchita, a população de Cuxe cujo reino estava situada entre a terceira e a quarta Cataratas do Nilo, tornou-se rapidamente egipcianizado e adotou as tradições, a religião e a cultura egípcias. [8].
Túmulo
[editar | editar código-fonte]As pirâmides de el-Kurru estão depositados os restos mortais de Cáchita e vários de seus sucessores. A parte mais alta do cemitério contém 4 túmulos (Tum.1, 2, 4 e 5). Para o leste dos túmulos, encontramos uma fileira de pelo menos oito pirâmides. No extremo sul desta fileira de pirâmides podemos localiza a tumba de Pebatjma esposa de Cáchita. Antes desta linha de pirâmides existe outra onde localizamos as tumbas de de Piiê, Xabaca e Tanutamon. [9]
Precedido por Alara |
2º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe 769 - 744 a.C. |
Sucedido por Piiê |
Precedido por Alara |
1º Faraó da XXVª Dinastia 769 - 744 a.C. |
Sucedido por Piiê
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Referências
- ↑ Silva 2009.
- ↑ Török, László (1997). The Kingdom of Kush:. Handbook of the Napatan-Meroitic Civilization (em inglês). [S.l.]: BRILL, p 148. ISBN 9789004294011
- ↑ Török. The Kingdom of Kush:. [S.l.]: , p 150
- ↑ Török. The Kingdom of Kush:. [S.l.]: , p 149
- ↑ Boardman, John; Edwards, I. E. S.; Hammond, N. G. L.; Sollberger, E. (1970). The Cambridge Ancient History (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press, p. 570. ISBN 9780521224963
- ↑ Duncan, Rick (2013). Man, Know Thyself: Corrective Knowledge of Our Notable Ancestors, Volume 1 (em inglês). [S.l.]: Xlibris Corporation, p. 95. ISBN 9781483641478
- ↑ Jr, Richard A. Lobban (2003). Historical Dictionary of Ancient and Medieval Nubia (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press, 382. ISBN 9780810865785
- ↑ McKenna, Amy (2011). The History of Northern Africa (em inglês). [S.l.]: The Rosen Publishing Group, p.129. ISBN 9781615303182
- ↑ D. M. Dixon, The Origin of the Kingdom of Kush (Napata-Meroë), The Journal of Egyptian Archaeology, Vol. 50 (Dec., 1964), pp. 121-132
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Silva, Alberto da Costa (2009). «4. Napata e Méroe». A Enxada e a Lança - A África Antes dos Portugueses. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3947-5