Biblioteca Úlpia
Biblioteca Úlpia | |
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Modelo 3D de um dos edifícios da Biblioteca Úlpia. | |
Modelo 3D do interior. | |
Informações gerais | |
Tipo | Biblioteca |
Construção | 114 |
Promotor | Trajano |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | VIII Região - Fórum Romano |
Coordenadas | 41° 53′ 44,52″ N, 12° 29′ 03,84″ L |
Biblioteca Úlpia |
Biblioteca Úlpia era uma biblioteca pública criada pelo imperador romano Trajano em 114 no fórum que leva seu nome. Ela era considerada uma mais importante e mais famosas das bibliotecas da Antiguidade.[1] Depois da destruição da Biblioteca de Alexandria, no século III, sua importância cresceu ainda mais.[1] Foi a única biblioteca romana a sobreviver até a queda do Império Romano do Ocidente, em meados do século V.[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]Em 112, o imperador Trajano encomendou que uma biblioteca fosse construída em seu fórum, que ficava ao norte do Fórum Romano, o coração do Império Romano. A obra foi completada dois anos depois. A Biblioteca Úlpia rapidamente se tornou o principal centro acadêmico de Roma,[1] com mais de 20 000 rolos contendo todos os registros sobre a população romana[4][5] vindos da biblioteca do Átrio da Liberdade, demolido para a construção do Fórum de Trajano. Além dos registros, a biblioteca também incorporou a coleção particular de Epafrodites de Queroneia, que, acredita-se, continha mais de 30 000 itens.
No início do século IV, o acervo da Biblioteca Úlpia foi levada para as Termas de Diocleciano, possivelmente para que o local fosse reformado, pois ele já estava de volta em 455, quando o imperador Ávito encomendou um busto de Didônio Apolinário para ser colocado lá.[6][3]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A Biblioteca Úlpia continuou a tradição romana e mantinha separados os acervos de obras em grego e latim. Os dois recintos que compunham a biblioteca estavam de frente um para o outro numa pequena praça colunada que envolvia a Coluna de Trajano.[2][3] Os edifícios tinham dois andares e contavam com tetos abobadados para o máximo aproveitamento da luz natural. As paredes interiores eram divididas em baias por colunas "posicionadas em oposição aos pilares que emolduravam os nichos que abrigavam os livros e rolos". Havia três degraus entre as colunas que permitiam "acesso ao corredor de frente para as estantes".[3] Do outro lado do salão havia recessos para uma estátua em cada andar, presumivelmente de Trajano e possivelmente de Minerva. As obras ficavam abrigadas em nichos contendo as estantes de madeira localizadas em ambas as paredes mais longas e na parede do fundo (sete em cada uma das laterais e quatro no fundo).
Estimativas sobre a quantidade de rolos e livros são de cerca de 10 000 para cada um dos edifícios (grego e latim). "Além disto, havia também muito material de arquivo, como éditos pretorianos e decretos senatoriais, além da autobiografia de César e os comentários de Trajano sobre as Guerras Dácias, da qual apenas umas poucas palavras sobreviveram".[3]
Planimetria
[editar | editar código-fonte]Planimetria dos fóruns imperiais de Roma |
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Referências
- ↑ a b c Katz, William A. (1 de janeiro de 1995). Dahl's History of the Book (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press. ISBN 9780810828520
- ↑ a b «Probably the Greatest, and Certainly the Longest Lasting of the Roman Libraries (114 CE)». www.historyofinformation.com. Consultado em 18 de novembro de 2016
- ↑ a b c d e «Ulpian Library». penelope.uchicago.edu. Consultado em 18 de novembro de 2016
- ↑ «History of Libraries». eduscapes.com. Consultado em 18 de novembro de 2016
- ↑ «Bibliotheca Ulpia | ancient library, Rome, Italy». Encyclopædia Britannica. Consultado em 19 de novembro de 2016
- ↑ Harris (1999). History of Libraries in the Western World 4th ed. [S.l.: s.n.]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Ancient Roman Libraries - Crystalinks» (em inglês). crystalinks.com