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Arquelau (marido de Berenice IV do Egito)

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Arquelau
Nascimento século I a.C.
Morte 55 a.C.
Progenitores
Cônjuge Berenice IV
Filho(a)(s) Archelaus
Ocupação monarca, sacerdote
Título faraó

Arquelau foi o segundo marido de Berenice IV do Egito e, junto com a esposa, foi morto por Ptolemeu Auleta, pai de Berenice, quando este foi restaurado.

Reinado e exílio de Ptolemeu Auleta

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Ptolemeu Auleta, faraó do Egito, ganhou este apelido, tocador de flauta, porque se orgulhava de tocar bem a flauta, organizando inclusive concursos no palácio.[1] Auleta tinha três filhas e dois filhos e, quando foi banido do Egito pelos alexandrinos, estes escolheram a sua filha mais velha, que era um filho legítimo, como rainha, ignorando os dois filhos, que eram menores.[1][Nota 1]

Reinado de Berenice, filha de Auleta

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Assim que os alexandrinos estabeleceram Berenice IV, a filha de Ptolemeu Auleta,[2] como rainha do Egito, chamaram, da Síria, Cibiosates, que alegava ser da família real dos reis da Síria, para ser seu marido, porém a rainha, após poucos dias, fez o marido ser estrangulado, porque não aguentava sua rudeza.[1]

Seu próximo marido foi Arquelau, que alegava ser filho de Mitrídates VI do Ponto,[Nota 2] mas que era filho de Arquelau, general de Mitrídates que lutou contra Sula [1] e depois passou para o lado romano.[3]

Arquelau era sacerdote em Comana, no Ponto,[Nota 3] e estava se preparando para partir na expedição de Aulo Gabínio contra os partas.[1] Sem o conhecimento de Gabínio, os agentes da rainha o levaram ao Egito, e o proclamaram rei.[1]

Auleta em Roma

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Enquanto isso, Auleta, em Roma, foi recebido por Pompeu, que não apenas recomendou a sua restauração como rei do Egito, como também ordenou a execução dos cem embaixadores enviados contra ele, dentre os quais estava o filósofo Dião de Alexandria.[1]

Restauração de Ptolemeu Auleta

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Aulo Gabínio, que se preparava para uma expedição contra os partas, voltou, e atacou o Egito, para restaurar Ptolemeu Auleta como faraó.[4]

Ao ser restaurado, Ptolemeu Auleta assassinou Arquelau e a própria filha.[1] Ele morreu logo depois, deixando dois filhos e duas filhas, sendo o mais velho dos quatro a famosa Cleópatra.[1]

Possíveis descendentes

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Arquelau foi tio, pai ou avô [Nota 4] de Arquelau da Capadócia.[1] Glafira, filha de Arquelau da Capadócia, casou-se com Alexandre, filho de Herodes, o Grande, e teve vários filhos [5] e netos.

Notas e referências

Notas

  1. De acordo com Porfírio, Auleta tinha, neste momento, quatro filhas e dois filhos, cujos nomes, de acordo com as convenções dos historiadores modernos, são Cleópatra VI, Berenice IV, Cleópatra VII (a mais famosa Cleópatra), Arsínoe IV, Ptolemeu XIII e Ptolemeu XIV. Alguns historiadores modernos supõem que Porfírio tenha se enganado e que Cleópatra Trifena, dada por Porfírio como filha de Auleta, fosse na verdade sua esposa, sendo a mãe dos demais. Para mais detalhes, consulte os artigos destes personagens.
  2. Segundo outras versões, ele alegava ser neto de Mitrídates, o que seria plausível se sua mãe fosse uma das várias filhas de Mitrídates.
  3. O texto de Estrabão não é claro se o sacerdote era este Arquelau ou o Arquelau da geração seguinte, o futuro rei Arquelau da Capadócia.
  4. De acordo com Estrabão, um Arquelau foi avô do Arquelau, rei da Capadócia, mas não está claro se este avô era Arquelau, o general de Mitrídates, ou o Arquelau, rei do Egito.

Referências

  1. a b c d e f g h i j Estrabão, Geografia, Livro XVII, Capítulo 1, 11 [em linha]
  2. Porfírio, citado por Eusébio de Cesareia, Crônica, Sobre aqueles que governaram o Egito e a cidade de Alexandria depois de Alexandre da Macedônia. A partir dos escritos de Porfírio, 60
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Lúculo, 8.3 [em linha]
  4. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XIV, Capítulo 6, Como Gabínio pegou Aristóbulo depois que ele fugiu de Roma, e enviou-o de volta a Roma, e como o mesmo Gabínio ao retornar do Egito derrotou Alexandre e os nabateus em batalha [em linha]
  5. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVII, Capítulo 13 Como Arquelau, após uma segunda acusação, foi banido para Roma, 1 [em linha]