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Hormônio antimülleriano

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O hormônio antimülleriano (português brasileiro) ou hormona anti-Mülleriana (português europeu), também conhecido como AMH, é uma glicoproteína que, em humanos, é codificada pelo gene AMH. Ela inibe o desenvolvimento dos ductos de Müller no embrião masculino.[1] Foi nomeado em homenagem a Johannes Peter Müller.

Em humanos, o gene para AMH é AMH, no cromossomo 19,[2] enquanto o gene AMHR2 codifica seu receptor no cromossomo 12.[3]

AMH é ativado nas células de Sertoli pela proteína Sox-9 (fator de transcrição). A sua expressão inibe o desenvolvimento do trato reprodutivo feminino, ou os ductos de Müller (dutos paramesonefricos), no embrião masculino, bloqueando o desenvolvimento das trompas de falópio, útero e vagina superior.[4][5][6] A expressão de AMH é crítica para a diferenciação do sexo em um momento específico durante o desenvolvimento fetal, e parece ser rigorosamente regulada pelo receptor nuclear SF-1, fatores GATA de transcrição, gene DAX1 de reversão sexual e hormônio folículo-estimulador (FSH).[7][8] As mutações no gene AMH e no receptor AMH tipo II demonstraram causar a persistência de derivados Müllerianos em machos que, normalmente, são masculinizados.

Referências

  1. imunologiamedicina.com.br - Hormônio antimülleriano Arquivado em 29 de janeiro de 2009, no Wayback Machine. (em português)
  2. Cate, R.L.; Mattaliano, R.J.; Hession, C.; Tizard, R.; Farber, N.M.; Cheung, A.; Ninfa, E.G.; Frey, A.Z.; Gash, D.J. (junho de 1986). «Isolation of the bovine and human genes for müllerian inhibiting substance and expression of the human gene in animal cells». Cell (5): 685–698. ISSN 0092-8674. doi:10.1016/0092-8674(86)90783-x. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  3. Imbeaud, Sandrine; Faure, Emmanuelle; Lamarre, Isabelle; Mattéi, Marie-Geneviève; di Clemente, Nathalie; Tizard, Richard; Carré-Eusèbe, Danièle; Belville, Corinne; Tragethon, Lars (dezembro de 1995). «Insensitivity to anti–Müllerian hormone due to a mutation in the human anti–Müllerian hormone receptor». Nature Genetics (4): 382–388. ISSN 1061-4036. doi:10.1038/ng1295-382. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  4. Behringer, Richard R. «5 The in Vivo Roles of Müllerian-inhibiting Substance»: 171–187. doi:10.1016/s0070-2153(08)60550-5 
  5. Rey, Rodolfo; Lukas-Croisier, Céline; Lasala, Celina; Bedecarrás, Patricia. «AMH/MIS: what we know already about the gene, the protein and its regulation». Molecular and Cellular Endocrinology. 211 (1-2): 21–31. doi:10.1016/j.mce.2003.09.007 
  6. Roly, Zahida Yesmin; Backhouse, Brendan; Cutting, Andrew; Tan, Tiong Yang; Sinclair, Andrew H.; Ayers, Katie L.; Major, Andrew T.; Smith, Craig A. «The cell biology and molecular genetics of Müllerian duct development». Wiley Interdisciplinary Reviews: Developmental Biology (em inglês): n/a–n/a. ISSN 1759-7692. doi:10.1002/wdev.310 
  7. Shen, Wen-Hui; Moore, Chris C.D.; Ikeda, Yayoi; Parker, Keith L.; Ingraham, Holly A. «Nuclear receptor steroidogenic factor 1 regulates the müllerian inhibiting substance gene: A link to the sex determination cascade». Cell. 77 (5): 651–661. doi:10.1016/0092-8674(94)90050-7 
  8. Nachtigal, Mark W; Hirokawa, Yoshifumi; Enyeart-VanHouten, Debra L; Flanagan, John N; Hammer, Gary D; Ingraham, Holly A. «Wilms' Tumor 1 and Dax-1 Modulate the Orphan Nuclear Receptor SF-1 in Sex-Specific Gene Expression». Cell. 93 (3): 445–454. doi:10.1016/s0092-8674(00)81172-1