Sistema linfático: diferenças entre revisões
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- Outra patologia relacionada ao sistema linfático é a [[celulite]], muitas vezes tratada com [[drenagem linfática|drenagens linfáticas]] e outros métodos que estimulam a circulação da [[linfa]]. |
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Revisão das 00h16min de 29 de maio de 2019
O sistema linfático é uma rede complexa de vasos e pequenas estruturas chamadas de nódulos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos de volta para o sistema circulatório.[1]
O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores.
O sistema linfático possui três funções inter-relacionadas:
- remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais,
- absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório e,
- produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue chama-se linfa.
Circulação linfática
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos, sangue e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.
O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos e a retorna para dentro do sistema circulatório. Uma vez dentro do sistema linfático, o fluido é chamado de linfa e tem sempre a mesma composição que o fluido intersticial.
Produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfáticos que drenam aos vasos linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias subclávias.
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.
Pode conter micro-organismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente por íngua.
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele.
A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes dutos desembocam no sistema circulatório nas veias subclavianas esquerda e direita. A linfa segue desta forma em direção ao abdómen, onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes.
Ao caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos linfáticos, deslocando a linfa em seu interior. Outros movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a respiração, atividade intestinal e compressões externas, como a massagem. Permanecer por longos tempos parado em uma só posição faz com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por influência da gravidade, causando inchaço.
Função de transporte de ácidos graxos
O sistema linfático possui a função de drenar o excesso de líquido intersticial (líquido onde as células ficam mergulhadas e de onde elas retiram seus nutrientes e eliminam substâncias residuais de seu metabolismo) para o devolver ao sangue e assim manter o equilíbrio dos fluidos no corpo.
Os vasos linfáticos estão presentes no revestimento do trato gastrintestinal. Enquanto a maioria dos outros nutrientes absorvidos pelo intestino delgado é conduzida para ser processada pelo fígado via portal venoso, as gorduras passam pelo sistema linfático, para serem transportadas para a circulação sanguínea via ducto torácico.
O enriquecimento da linfa originada nos vasos linfáticos do intestino delgado é chamado de quimo. Os nutrientes que são recuperados pelo sistema circulatório são processados pelo fígado, tendo passado através do sistema circulatório. A linfa é um sistema de uma via (fluido intersticial para o sangue).
Órgãos linfáticos
O baço, linfonodos e timo são órgãos do tecido linfático. Esses órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos-T e –B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem o corpo ou ele encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. Existem mais nódulos linfáticos na zona da virilha e na zona das axilas.
A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no futuro.
Patologia
- O Linfoma afecta um grupo de células específicas, os linfócitos. O linfoma surge quando, por motivos ainda em estudo, as células começam a multiplicar-se de forma descontrolada e vão-se agregando, principalmente nos nódulos linfáticos, originando uma tumefacção ou inchaço. Este é o sintoma mais comum: um ou vários nódulos linfáticos aumentados, com ou sem dor, na região do pescoço, axila ou virilhas. O linfoma provoca sintomas como ínguas no corpo, febre constante e perda de peso sem causa aparente, deixando o paciente fraco e sem disposição para as atividades diárias, prurido (comichão) por todo o corpo. Se o linfoma se formar num órgão específico poderá originar sintomas específicos relacionados com esses órgãos. Por exemplo, se o linfoma se formar nos pulmões poderá provocar tosse irritativa e falta de ar, se se formar nos intestino poderá originar dor abdominal e alteração do padrão intestinal (diarreia ou obstipação).O linfoma não tem uma causa definida, mas afeta principalmente pessoas com histórico familiar dessa doença ou com doenças que afetam o sistema imunológico, como lúpus e a SIDA (AIDS). O linfoma está dividido em duas grandes categorias: o Linfoma de Hodgkin (LH) ou também conhecido por Doença de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin (LNH). A diferenciação é possível através da observação directa das células através de microscópio.
- Na elefantíase, a infecção dos vasos linfáticos causa um endurecimento da pele e aumento dos tecidos abaixo da pele, especialmente nas pernas e órgãos genitais.
- O linfedema também causa inchaço anormal, especialmente nos membros (embora possa ocorrer na face, pescoço e abdômen). Ocorre se o sistema linfático está lesionado ou subdesenvolvido de alguma forma.
- O sistema linfático também pode estar envolvido na metástase tumoral. Com isso, há diversas pesquisas que procuram estudar o mecanismo da linfangiogênese.
- Outra patologia relacionada ao sistema linfático é a celulite, muitas vezes tratada com drenagens linfáticas e outros métodos que estimulam a circulação da linfa.
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Referências
- ↑ UOL, Como Tudo Funciona, O sistema linfático [1] Arquivado em 21 de outubro de 2012, no Wayback Machine.
Ligações externas
- «The Lymphatic System». (MedicalEngineer.co.uk)
- «Lymphatic System Overview». (innerbody.com)