Copa do Mundo FIFA de 1970
A Copa do Mundo de 1970 foi a 9ª edição da Copa do Mundo FIFA, que ocorreu de 31 de maio até 21 de junho. A competição, conquistada pelo Brasil, foi sediada no México, tendo partidas realizadas nas cidades de Guadalajara, León, Cidade do México, Puebla e Toluca. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo nove delas europeias (União Soviética, Bélgica, Itália, Suécia, Inglaterra, Romênia, Tchecoslováquia, Alemanha Ocidental e Bulgária), cinco americanas (México, El Salvador, Uruguai, Brasil e Peru), uma asiática (Israel) e uma africana (Marrocos).[1]
Copa Mundial de Fútbol México 70' (em castelhano) México 1970 | ||||
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Dados | ||||
Participantes | 16 | |||
Organização | FIFA | |||
Anfitrião | México | |||
Período | 31 de maio – 21 de junho | |||
Gol(o)s | 95 | |||
Partidas | 32 | |||
Média | 2,97 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Brasil (3º título) | |||
Vice-campeão | Itália | |||
3.º colocado | Alemanha Ocidental | |||
4.º colocado | Uruguai | |||
Melhor marcador | Gerd Müller – 10 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Alemanha Ocidental – 10 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | nenhum gol: | |||
Maior goleada (diferença) |
México 4–0 El Salvador Estádio Azteca, Cidade do México 7 de junho, Grupo 1 | |||
Público | 1 603 975 | |||
Média | 50 124,2 pessoas por partida | |||
Premiações | ||||
Melhor jogador (FIFA)
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Pelé | |||
Melhor jogador jovem | Teofilo Cubillas | |||
Fair play | Peru | |||
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As seleções de El Salvador, Israel, e Marrocos faziam sua primeira participação na competição. A edição teve uma grande goleada: México 4-0 El Salvador. A Copa contou com grandes jogadores, como Lev Yashin, do União Soviética. Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Karl-Heinz Schnellinger, Franz Beckenbauer e Wolfgang Overath, da Alemanha Ocidental. Dino Zoff, Giacinto Facchetti, Roberto Rosato, Sandro Mazzola, Luigi Riva, Gianni Rivera e Roberto Boninsegna, da Itália. Gordon Banks, Bobby Moore, Geoff Hurst, Martin Peters e Bobby Charlton, da Inglaterra. Teofilo Cubillas, do Peru. Mazurkiewicz e Pedro Rocha, do Uruguai. Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres, do Brasil.
Esta Copa ficou marcada por vários lances geniais de Pelé que não terminaram em gol, como uma cabeçada defendida pelo goleiro inglês Gordon Banks e que ficou conhecida como a Defesa do Século[2], o chute de antes do meio-de-campo contra o goleiro Viktor da Tchecoslováquia que ficou conhecido como "O Gol que o Pelé não Fez", além de um Drible de corpo contra o goleiro uruguaio Mazurkiewicz.[3]
Numa das semifinais desta Copa, ocorreu o chamado jogo do século, disputado entre as equipes da Alemanha Ocidental e da Itália. A partida permanecia 1–0 para a Itália até os 90 minutos, quando Karl-Heinz Schnellinger empatou a partida e levou a decisão para a prorrogação. Nessa prorrogação, ambas as seleções protagonizaram uma sucessão de viradas de placar até que a Itália firmou a vitória em 4–3. Esta partida é tida como a primeira e única em todas as Copas a ter cinco gols feitos na prorrogação.[4]
Além destas equipes, uma das seleções favoritas era o Brasil que, embora tenha tido um retrospecto ruim em 1966, montou uma equipe repleta de estrelas, como Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres. Nesta edição, o Brasil venceu todos os jogos das eliminatórias e da Copa. Esta equipe mostrou ser uma das mais eficientes de todos os tempos e foi considerada a melhor de todos os tempos.[5]
A final desta edição foi disputada pelo Brasil, que havia eliminado o Uruguai e o Peru; e a Itália, que eliminara a Alemanha Ocidental e o México. A partida foi realizada em 21 de junho no Estádio Azteca na Cidade do México, com um público estimado em 108 000 pessoas.[6] Sob o apito do árbitro alemão Rudolf Gloeckner, o primeiro tempo terminou empatado em 1–1. Ao final dos 90 minutos, o placar era de 4–1 para a equipe brasileira. O título serviu de propaganda política, quando o país estava no auge da ditadura militar brasileira. Este título também pôs o Brasil como a primeira seleção a ser tricampeã, confirmando a superioridade brasileira em relação ao futebol mundial. O capitão Carlos Alberto Torres levantou a Taça Jules Rimet entregue pela última vez em Copas, agora em caráter definitivo.
Escolha da sede
editarArgentina, Austrália, Colômbia, Japão, México e Peru foram considerados para serem anfitriões da Copa do Mundo FIFA de 1970. O México foi escolhido durante as Olimpíadas de Tóquio como a nação sede através de uma votação no congresso da FIFA em Tóquio, em 8 de outubro de 1964, vencendo a única outra proposta apresentada pela Argentina.[7][8] O fato de a Cidade do México ser a sede dos Jogos de 1968 pesou favoravelmente — o país já teria estrutura suficiente para bancar uma Copa. A altitude quase atrapalhou o desejo mexicano.[8] O torneio tornou-se a primeira Copa do Mundo sediada na América do Norte e a primeira a ser realizada fora da América do Sul e Europa. Dezesseis anos depois o México se tornaria o primeiro país a sediar a Copa do Mundo FIFA pela segunda vez, no evento de 1986, depois que o país anfitrião original, a Colômbia, desistiu por problemas financeiros.[7]. A Copa de 2026 pela terceira vez terá o México como sede, compartilhada com Estados Unidos e Canadá, vencendo Marrocos por 134 votos a favor contra os 65 votos, na eleição realizada pela FIFA em 13 de junho de 2018.[9]
Eliminatórias
editarUm total de 75 times se inscreveram para as Eliminatórias. Notáveis equipes como Portugal, França, Hungria, Argentina e Espanha falharam em obter a classificação. Enquanto isso, o Marrocos tornou-se a primeira seleção africana a participar das finais da Copa desde a Segunda Guerra Mundial.[10]
Fase Final
editarPrimeira fase
editarA Copa de 1970 foi, como de costume, precedida por disputas sobre sua organização. Esta Copa foi a primeira a ser televisionada em cores.[11] Porém, para que as transmissões se encaixassem melhor nas programações da televisão europeia, algumas partidas começaram ao meio-dia. Esta foi uma decisão impopular entre muitos jogadores e treinadores por causa do intenso calor no México neste período do dia.[12]
O formato da competição permaneceu o mesmo da Copa anterior: dezesseis equipes classificadas, divididas em quatro grupos com quatro que se enfrentariam em turno único. Os dois primeiros colocados classificar-se-iam às quartas-de-final. Porém, pela primeira vez nas Copas, o critério de desempate em no caso de igualdade de pontos na fase de grupos era o saldo de gols (e não mais jogos-desempate e goal average) e se dois ou mais times tivessem o mesmo saldo de gols, o desempate se daria por sorteio. Se uma partida das quartas ou das semifinais resultasse num empate após a prorrogação também haveria sorteio para definir a equipe classificada.
Pela primeira vez, substituições foram permitidas em Copas do Mundo. Cada time poderia fazer duas alterações durante o jogo. A União Soviética foi o primeiro time a se utilizar do expediente contra o México na partida de abertura. Viktor Serebryanikov foi o primeiro jogador a ser substituído, pois Anatoly Puzach entrou em seu lugar após os 45 minutos iniciais.[13]
Esta Copa também foi a primeira a apresentar o uso dos cartões amarelo e vermelho para advertências e expulsões respectivamente (note que as advertências e expulsões já existiam antes de 1970).[14] Cinco cartões amarelos foram mostrados na partida de abertura entre México e URSS, enquanto nenhum cartão vermelho foi mostrado em todo o torneio.
A controvérsia cercou a Copa antes mesmo que uma bola fosse chutada. Bobby Moore, capitão da seleção inglesa foi acusado de roubo a uma joalheria, e subsequentemente preso, na Colômbia, onde o time fazia um amistoso pré-Copa. Ele foi solto temporariamente para poder jogar a Copa, e depois as acusações foram discretamente retiradas.[15]
O Grupo 2 apresentou exatos seis gols em seis jogos com Itália, atual campeã europeia, e Uruguai, atual campeão sul-americano, prevalecendo sobre Suécia e a surpreendente seleção de Israel após uma série de partidas pouco empolgantes. Desse grupo porém acabaria saindo dois dos quatro semifinalistas.
Os primeiros grandes momentos desta memorável Copa do Mundo ocorreram no Grupo 3, no qual o bicampeão Brasil e a defensora do título, Inglaterra se somaram as fortes equipes europeias da Tchecoslováquia e Romênia. Na revanche da final da Copa de 1962, os brasileiros começaram perdendo para os tchecoslovacos, mas conseguiram reagir e acabaram por vencer a partida por 4 gols a 1. Pelé marcou um dos gols, mas o lance dele que ficaria marcado para sempre nesta partida foi a tentativa efetuada do meio de campo que quase bateu o goleiro Ivo Viktor, a bola passou rente a trave. O choque de campeões entre a seleção canarinho e o English Team atendeu às expectativas. O lance mais célebre desta partida foi a forte cabeçada para o chão de Pelé que não atingiu o gol por conta de uma impressionante defesa de Gordon Banks, que conseguiu colocar sua mão por baixo da bola e mandá-la por cima do travessão.[2] No fim, foi um gol de Jairzinho que sacramentou a vitória dos brasileiros pela contagem mínima. Na última rodada, a Romênia impôs dificuldades ao Brasil, mas o time de Zagallo acabou vencendo por 3–2. A Inglaterra também passou à segunda fase, batendo romenos e tchecoslovacos pela contagem mínima.
No Grupo 4, o Peru com seu estilo ofensivo conseguiu uma importante vitória contra a Bulgária por 3–2, após estar perdendo de 2–0 no intervalo. Marrocos começou bem sua primeira partida contra a Alemanha Ocidental, saindo na frente. Mas os alemães conseguiram a virada por 2–1. Os alemães também começaram atrás contra os búlgaros, mas um hat-trick de Gerd Muller ajudou na virada, que acabou em 5–2. Muller marcou mais um hat-trick na última rodada com placar de 3–1 dos alemães contra os peruanos.[16] No fim, o Peru acabou avançando junto com a Alemanha Ocidental, pois havia vencido Marrocos por 3–0, com três gols em 11 minutos.
Segunda fase
editarNas quartas-de-final uma transformada Itália bateu o México por 4–1, de virada. Os donos da casa saíram na frente com um gol de José Gonzales, mas Gustavo Pena marcaria um gol contra empatando a partida antes do intervalo. A Itália dominou o segundo tempo. Dois gols de Luigi Riva e um de Gianni Rivera trouxeram o jogo ao seu placar final. Em Guadalajara, o caminho do Peru acabaria com a derrota de 4–2 para o Brasil após uma partida que demonstrou dois times ofensivos.[1]
A partida entre Uruguai e União Soviética permaneceu sem gols até cinco minutos antes do fim da prorrogação, quando Victor Espárrago conseguiu arrancar um gol e classificando os sul-americanos. A última quarta-de-final foi uma revanche da final da Copa anterior entre Inglaterra e Alemanha Ocidental, produziu uma das grandes partidas da história da Copa do Mundo. A Inglaterra sofreu um duro golpe antes do jogo, quando Gordon Banks sofreu severas dores de estômago. Seu reserva Peter Bonetti assumiu a posição, e no começo do segundo tempo os ingleses lideravam por 2–0 e o jogo aparentava já estar decidido. Porém, a Alemanha marcou com Franz Beckenbauer no minuto 68. Em pânico, o técnico inglês Alf Ramsey decidiu substituir Bobby Charlton. Sem Charlton, a Inglaterra não conseguia mais se firmar na partida e não conseguia conter os incessantes ataques alemães.[17] A oito minutos do fim, Uwe Seeler cabeceou para marcar o gol de empate. A Alemanha Ocidental agora era a dona do jogo e, na prorrogação, com um erro de Bonetti, Gerd Muller marcou o gol da vitória, impossibilitando a defesa do título por parte dos ingleses.[17]
As semifinais apresentaram quatro times que já haviam vencido a Copa no passado: Brasil vs. Uruguai, numa revanche da partida final da Copa de 1950, e Itália vs. Alemanha Ocidental. No jogo entre os sul-americanos, o Brasil conseguiu bater o Uruguai por 3–1 de virada. Esta partida apresentou mais um brilhante lance de Pelé: com a posse de bola dentro da área, ele conseguiu ficar frente a frente com Ladislao Mazurkiewicz e, sem tocar a bola, ela passou à esquerda do goleiro, Pelé correu para o lado direito, pegando a bola com o gol vazio a sua frente. O zagueiro Ancheta não conseguiu tirar a bola, mas Pelé não conseguiu marcar por muito pouco.[3] A semifinal composta pelos europeus é tida por muitos como o melhor jogo da história das Copas do Mundo. A Itália saiu na frente aos 8 minutos com um gol de Roberto Boninsegna após uma bela jogada de "um-dois" com Luigi Riva. A Alemanha Ocidental pressionou em busca do empate pelo resto do jogo, até o final quando Karl-Heinz Schnellinger, que jogava na equipe italiana do AC Milan, marcou o gol de empate nos acréscimos. Na prorrogação, Gerd Muller virou a partida para os alemães no minuto 94. E Tarcisio Burgnich empatou novamente. No minuto 104, Riva marcou o terceiro gol italiano sob a meta de Sepp Maier, mas Muller uma vez mais marcaria, seis minutos depois. A direção de TV ainda estava mostrando a repetição desse gol quando o meio-campista italiano Gianni Rivera, desmarcado perto da marca do pênalti, voleou um belo cruzamento de Boninsegna para o gol da vitória no minuto 111. Franz Beckenbauer jogou parte da partida com uma clavícula quebrada após tentar simular uma falta na prorrogação. Como Helmut Schön, técnico da Alemanha Ocidental, já havia feito as duas substituições permitidas, Beckenbauer ficou com o braço numa tipóia. A partida é tida como o "Jogo do Século", também conhecido como a Partita del Secolo na Itália e Jahrhundertspiel na Alemanha.[4] Um monumento no Estádio Azteca na Cidade do México homenageia o jogo. A Alemanha Ocidental conseguiu o terceiro lugar ao bater o Uruguai por 1–0.
Final
editarNa final, o Brasil saiu na frente, com Pelé cabeceando um cruzamento de Rivellino no minuto 18. Roberto Boninsegna empatou para os italianos após falha da defesa brasileira. Gérson bateu um forte chute para o segundo gol, e ajudou na marcação do terceiro, com um lançamento de falta para Pelé que cabeceou para Jairzinho. Pelé finalizou sua grande performance saindo da marcação da defesa italiana e assistindo Carlos Alberto Torres no flanco direito para o gol derradeiro. O gol de Carlos Alberto, após uma série de passes da seleção brasileira da esquerda para o centro, é considerado pela BBC o gol mais bonito de todos os tempos. Dos onze jogadores do time brasileiro, dez tocaram na bola antes do gol.[18]
A vitória consagrou o Brasil como a primeira equipe a conquistar três títulos na história das Copas.
Com sua terceira vitória após 1958 e 1962, o Brasil pôde reter a posse da Taça Jules Rimet permanentemente (ironicamente, ela seria roubada em 1983 enquanto estava em exposição no Rio de Janeiro e nunca foi recuperada). O técnico brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo foi o primeiro futebolista a se tornar campeão mundial como jogador (1958 e 1962) e como técnico, e Pelé encerrou sua carreira nas Copas do Mundo como o primeiro (e até agora único) vencedor por três vezes.
Jairzinho marcou pelo menos um gol em cada um dos seis jogos do Brasil (no primeiro jogo, contra a Tchecoslováquia, ele marcou dois), um feito que até agora não foi repetido.[19] Porém, o artilheiro do torneio foi Gerd Müller, da Alemanha Ocidental, com dez gols. Müller conseguiu marcar hat-tricks em dois jogos consecutivos, contra a Bulgária e contra o Peru na fase de grupos.
Mascote
editarA mascote oficial da Copa do Mundo foi Juanito, um garoto vestindo o uniforme da seleção mexicana e um sombrero.[20]
Sedes
editarCinco cidades sediaram o torneio:
Guadalajara | León (México) | Cidade do México |
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Estádio Jalisco | Estádio Nou Camp | Estádio Azteca |
Capacidade: 62.384 | Capacidade: 33.943 | Capacidade: 115.500 |
Copa do Mundo FIFA de 1970 (México) |
Puebla de Zaragoza | Toluca |
Estádio Cuauhtémoc | Estádio Nemesio Díez | |
Capacidade: 46.912 | Capacidade: 27.000 | |
Sorteio
editarO sorteio foi realizado na Cidade do México em 10 de janeiro de 1970, no Hotel Maria Isabel, que serviu de sede da FIFA durante a competição.[21][22] As equipes foram sorteadas em quatro grupos, que tiveram suas localizações definidas previamente: Grupo 1 sendo disputado na Cidade do México, Grupo 2 em Puebla e Toluca, Grupo 3 em Guadalajara e Grupo 4 em León. Antes do sorteio, o regulamento da FIFA havia predeterminado que o anfitrião México estaria no Grupo 1 e, portanto, baseado na capital, e que a Inglaterra, como campeã, estaria baseada junto com o Grupo 3 em Guadalajara,[23] o segundo maior estádio. Manter o atual campeão (titular) além de enfrentar os anfitriões na fase de grupos, seja por classificação ou posições de grupo predeterminadas, foi uma tradição praticada ao longo da história da Copa do Mundo da FIFA, com 1934 e 1954 sendo as duas únicas exceções.[24]
A filha de 10 anos de Guillermo Cañedo, presidente da Federação Mexicana de Futebol e chefe do Comitê Organizador da FIFA, tirou os times de quatro copas de prata, de forma que cada um dos quatro grupos contou com um time sorteado respectivamente do pote 1, pote 2, pote 3 e pote 4.[25][23]
Pote 1 | Pote 2 | Pote 3 | Pote 4 |
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Fase inicial
editarEquipes classificadas | |
Equipes eliminadas |
Grupo 1
editarPos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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1 | União Soviética | 5 | 3 | 2 | 1 | 0 | 6 | 1 | +5 |
2 | México | 5 | 3 | 2 | 1 | 0 | 5 | 0 | +5 |
3 | Bélgica | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
4 | El Salvador | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 9 | –9 |
31 de maio | México | 0 – 0 | União Soviética | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 |
Relatório | Público: 107 160 Árbitro: FRG Kurt Tschenscher |
3 de junho | Bélgica | 3 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Van Moer 12', 54' Lambert 79' (pen) |
Relatório | Público: 92 205 Árbitro: ROU Andrei Rădulescu |
6 de junho | União Soviética | 4 – 1 | Bélgica | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Byshovets 14', 63' Asatiani 57' Khmelnytskyi 76' |
Relatório | Lambert 86' | Público: 95 261 Árbitro: SUI Rudolf Scheurer |
7 de junho | México | 4 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 |
Valdivia 45' Fragoso 58' Basaguren 83' |
Relatório | Público: 103 058 Árbitro: EGY Ali Kandil |
10 de junho | União Soviética | 2 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Byshovets 51', 74' | Relatório | Público: 89 979 Árbitro: CHI Rafael Hormazábal Díaz |
11 de junho | México | 1 – 0 | Bélgica | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Peña 14' (pen) | Relatório | Público: 108 192 Árbitro: ARG Ángel Norberto Coerezza |
Grupo 2
editarPos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Itália | 4 | 3 | 1 | 2 | 0 | 1 | 0 | +1 |
2 | Uruguai | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 1 | +1 |
3 | Suécia | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
4 | Israel | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | –2 |
2 de junho | Uruguai | 2 – 0 | Israel | Estádio Cuauhtémoc, Puebla |
16:00 |
Maneiro 23' Mujica 81' |
Relatório | Público: 20 000 Árbitro: SCO Bobby Davidson |
3 de junho | Itália | 1 – 0 | Suécia | Luis Dosal, Toluca |
16:00 |
Domenghini 11' | Relatório | Público: 14 000 Árbitro: ENG John Taylor |
6 de junho | Uruguai | 0 – 0 | Itália | Estádio Cuauhtémoc, Puebla |
16:00 |
Relatório | Público: 30 000 Árbitro: GDR Rudi Glöckner |
7 de junho | Israel | 1 – 1 | Suécia | Luis Dosal, Toluca |
12:00 |
Spiegler 56' | Relatório | Turesson 53' | Público: 10 000 Árbitro: ETH Seyoum Tarekegn |
10 de junho | Suécia | 1 – 0 | Uruguai | Estádio Cuauhtémoc, Puebla |
16:00 |
Grahn 90' | Relatório | Público: 18 000 Árbitro: EUA Henry Landauer |
11 de junho | Itália | 0 – 0 | Israel | Luis Dosal, Toluca |
16:00 |
Relatório | Público: 10 000 Árbitro: BRA Airton Vieira de Moraes |
Grupo 3
editarPos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Brasil | 6 | 3 | 3 | 0 | 0 | 8 | 3 | +5 |
2 | Inglaterra | 4 | 3 | 2 | 0 | 1 | 2 | 1 | +1 |
3 | Romênia | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
4 | Tchecoslováquia | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 7 | –5 |
2 de junho | Inglaterra | 1 – 0 | Romênia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Hurst 65' | Relatório | Público: 50 560 Árbitro: BEL Vital Loraux |
3 de junho | Brasil | 4 – 1 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Rivelino 24' Pelé 59' Jairzinho 61', 83' |
Relatório | Petráš 11' | Público: 52 897 Árbitro: URU Ramón Barreto Ruiz |
6 de junho | Romênia | 2 – 1 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Neagu 52' Dumitrache 75' (pen) |
Relatório | Petráš 5' | Público: 56 818 Árbitro: MEX Diego De Leo |
7 de junho | Brasil | 1 – 0 | Inglaterra | Jalisco, Guadalajara |
12:00 |
Jairzinho 59' | Relatório | Público: 66 843 Árbitro: ISR Abraham Klein |
10 de junho | Brasil | 3 – 2 | Romênia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Pelé 19', 67' Jairzinho 22' |
Relatório | Dumitrache 34' Dembrovschi 84' |
Público: 50 804 Árbitro: AUT Ferdinand Marschall |
11 de junho | Inglaterra | 1 – 0 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Clarke 50' (pen) | Relatório | Público: 49 292 Árbitro: FRA Roger Machin |
Grupo 4
editarPos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Alemanha Ocidental | 6 | 3 | 3 | 0 | 0 | 10 | 4 | +6 |
2 | Peru | 4 | 3 | 2 | 0 | 1 | 7 | 5 | +2 |
3 | Bulgária | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 5 | 9 | –4 |
4 | Marrocos | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 2 | 6 | –4 |
2 de junho | Peru | 3 – 2 | Bulgária | Estádio Nou Camp, León |
16:00 |
Gallardo 51' Chumpitaz 55' Cubillas 73' |
Relatório | Dermendzhiev 12' Bonev 50' |
Público: 14 000 Árbitro: ITA Antonio Sbardella |
3 de junho | Alemanha Ocidental | 2 – 1 | Marrocos | Estádio Nou Camp, León |
16:00 |
Seeler 55' Müller 80' |
Relatório | Houmane 20' | Público: 9 000 Árbitro: NED Laurens van Ravens |
6 de junho | Peru | 3 – 0 | Marrocos | Estádio Nou Camp, León |
16:00 |
Cubillas 65', 75' Challe 68' |
Relatório | Público: 13 500 Árbitro: AZE Tofiq Bahramov |
7 de junho | Alemanha Ocidental | 5 – 2 | Bulgária | Estádio Nou Camp, León |
12:00 |
Libuda 20' Müller 28', 52' (pen.), 87' Seeler 68' |
Relatório | Nikodimov 12' Kolev 88' |
Público: 12 700 Árbitro: ESP José Maria de Ortiz Mendebil |
10 de junho | Alemanha Ocidental | 3 – 1 | Peru | Estádio Nou Camp, León |
16:00 |
Müller 20', 25', 39' | Relatório | Cubillas 44' | Público: 18 000 Árbitro: MEX Abel Aguilar |
11 de junho | Marrocos | 1 – 1 | Bulgária | Estádio Nou Camp, León |
16:00 |
Ghazouani 60' | Relatório | Zhechev 40' | Público: 12 000 Árbitro: POR Antonio Saldanha Ribeiro |
Fase final
editarQuartas de final | Semifinais | Final | ||||||||
14 de junho – Cidade do México | ||||||||||
União Soviética | 0 | |||||||||
17 de junho – Guadalajara | ||||||||||
Uruguai (pro) | 1 | |||||||||
Uruguai | 1 | |||||||||
14 de junho – Guadalajara | ||||||||||
Brasil | 3 | |||||||||
Brasil | 4 | |||||||||
21 de junho – Cidade do México | ||||||||||
Peru | 2 | |||||||||
Brasil | 4 | |||||||||
14 de junho – Toluca | ||||||||||
Itália | 1 | |||||||||
Itália | 4 | |||||||||
17 de junho – Cidade do México | ||||||||||
México | 1 | |||||||||
Itália (pro) | 4 | Terceiro Lugar | ||||||||
14 de junho – León | ||||||||||
Alemanha Ocidental | 3 | |||||||||
Alemanha Ocidental (pro) | 3 | Uruguai | 0 | |||||||
Inglaterra | 2 | Alemanha Ocidental | 1 | |||||||
20 de junho – Cidade do México | ||||||||||
Quartas de final
editar14 de junho | Itália | 4 – 1 | México | Luis Dosal, Toluca |
12:00 |
Guzmán 25' Riva 63', 76' Rivera 70' |
Relatório | González 13' | Público: 26 851 Árbitro: SUI Rudolf Scheurer |
14 de junho | Alemanha Ocidental | 3 – 2 (pro) | Inglaterra | Nou Camp, León |
12:00 |
Beckenbauer 68' Seeler 82' Müller 108' |
Relatório | Mullery 31' Peters 49' |
Público: 23 357 Árbitro: ARG Ángel Norberto Coerezza |
14 de junho | Brasil | 4 – 2 | Peru | Jalisco, Guadalajara |
12:00 |
Rivellino 11' Tostão 15', 52' Jairzinho 75' |
Relatório | Gallardo 28' Cubillas 70' |
Público: 54 233 Árbitro: BEL Vital Loraux |
14 de junho | União Soviética | 0 – 1 (pro) | Uruguai | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 |
Relatório | Espárrago 117' | Público: 26 085 Árbitro: NED Laurens van Ravens |
Semifinais
editar17 de junho | Uruguai | 1 – 3 | Brasil | Jalisco, Guadalajara |
16:00 |
Cubilla 19' | Relatório | Clodoaldo 44' Jairzinho 76' Rivellino 89' |
Público: 51 261 Árbitro: ESP José María Ortiz de Mendibil |
17 de junho | Itália | 4 – 3 (pro) | Alemanha Ocidental | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Boninsegna 8' Burgnich 98' Riva 104' Rivera 111' |
Relatório | Schnellinger 90' Müller 94', 110' |
Público: 102 444 Árbitro: MEX Arturo Yamasaki |
Disputa do terceiro lugar
editar20 de junho | Uruguai | 0 – 1 | Alemanha Ocidental | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 |
Relatório | Overath 26' | Público: 104 403 Árbitro: ITA Antonio Sbardella |
Final
editar21 de junho | Brasil | 4 – 1 | Itália | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 |
Pelé 18' Gérson 66' Jairzinho 71' Carlos Alberto 86' |
Relatório | Boninsegna 37' | Público: 107 412 Árbitro: GDR Rudi Glöckner |
Premiações
editarCopa do Mundo FIFA de 1970 |
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BRASIL Campeão (3º título) |
Individuais
editarBola de Ouro | Bola de Prata | Bola de Bronze | Melhor Goleiro |
---|---|---|---|
Pelé | Gérson | Gerd Müller | Ladislao Mazurkiewicz |
Chuteira de Ouro | Chuteira de Prata | Chuteira de Bronze | Troféu Fair Play |
---|---|---|---|
Gerd Müller | Jairzinho | Teófilo Cubillas | Peru |
All-Star Team
editar- Fonte:[26]
Goleiros/Guarda-Redes | Defensores/Defesas | Meias/Médios | Atacantes/Avançados |
---|---|---|---|
Artilharia
editar- 10 gols (1)
- FRG Gerd Müller
- 7 gols (1)
- BRA Jairzinho
- 5 gols (1)
- PER Teófilo Cubillas
- 4 gols (2)
- BRA Pelé
- USR Anatoly Byshovets
- 3 gols (1)
- BRA Roberto Rivellino
- ITA Luigi Riva
- FRG Uwe Seeler
- 2 gols (9)
- BEL Raoul Lambert
- BEL Wilfried Van Moer
- BRA Tostão
- TCH Ladislav Petráš
- ITA Roberto Boninsegna
- ITA Gianni Rivera
- MEX Javier Valdivia
- PER Alberto Gallardo
- ROU Florea Dumitrache
- 1 gol (37)
- BRA Carlos Alberto
- BRA Clodoaldo
- BRA Gérson
- BUL Hristo Bonev
- BUL Dinko Dermendzhiev
- BUL Todor Kolev
- BUL Asparuh Nikodimov
- BUL Dobromir Zhechev
- ENG Allan Clarke
- ENG Geoff Hurst
- ENG Alan Mullery
- ENG Martin Peters
- ISR Mordechai Spiegler
- ITA Tarcisio Burgnich
- ITA Angelo Domenghini
- MAR Maouhoub Ghazouani
- MAR Houmane Jarir
- MEX Juan Ignacio Basaguren
- MEX Javier Fragoso
- MEX José Luis González
- MEX Gustavo Peña
- PER Roberto Challe
- PER Héctor Chumpitaz
- ROU Emerich Dembrovschi
- ROU Alexandru Neagu
- URS Kakhi Asatiani
- URS Vitaliy Khmelnitsky
- SWE Ove Grahn
- SWE Tom Turesson
- URU Luis Cubilla
- URU Víctor Espárrago
- URU Ildo Maneiro
- URU Juan Mujica
- FRG Franz Beckenbauer
- FRG Reinhard Libuda
- FRG Wolfgang Overath
- FRG Karl-Heinz Schnellinger
- Gol contra (1)
- MEX Gustavo Peña (a favor da Itália)
Classificação final
editarA classificação final é determinada através da fase em que a seleção alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.
Pos. | Seleção | Gr. | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Final | ||||||||||
1 | Brasil | 3 | 12 | 6 | 6 | 0 | 0 | 19 | 7 | +12 |
2 | Itália | 2 | 8 | 6 | 3 | 2 | 1 | 10 | 8 | +2 |
Disputa pelo 3º lugar | ||||||||||
3 | Alemanha Ocidental | 4 | 10 | 6 | 5 | 0 | 1 | 17 | 10 | +7 |
4 | Uruguai | 2 | 5 | 6 | 2 | 1 | 3 | 4 | 5 | –1 |
Eliminados nas quartas de final | ||||||||||
5 | União Soviética | 1 | 5 | 4 | 2 | 1 | 1 | 6 | 2 | +4 |
6 | México | 1 | 5 | 4 | 2 | 1 | 1 | 6 | 4 | +2 |
7 | Peru | 4 | 4 | 4 | 2 | 0 | 2 | 9 | 9 | 0 |
8 | Inglaterra | 3 | 4 | 4 | 2 | 0 | 2 | 4 | 4 | 0 |
Eliminados na fase de grupos | ||||||||||
9 | Suécia | 2 | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
10 | Bélgica | 1 | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
11 | Romênia | 3 | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
12 | Israel | 2 | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | –2 |
13 | Bulgária | 4 | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 5 | 9 | –4 |
14 | Marrocos | 4 | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 2 | 6 | –4 |
15 | Tchecoslováquia | 3 | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 7 | –5 |
16 | El Salvador | 1 | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 9 | –9 |
Grupos
editarGrupo 1
editarGrupo 2
editarGrupo 3
editarGrupo 4
editarVer também
editarReferências
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