Retirada da Laguna: diferenças entre revisões
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|imagem = Mon herois laguna dourados.jpg
|descr = [[Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados]], Rio de Janeiro.
|conflito={{nobold|Parte da}} [[
|data= [[8 de maio]] a [[11 de junho]] de [[1867]]
|local= [[Bela Vista|Laguna]], Mato Grosso do Sul
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|campanha= Guerra do Paraguai
}}
A chamada '''Retirada da Laguna''' foi um episódio da [[Guerra do Paraguai]] ([[1864]] - [[1870]]).
== Antecedentes ==
Após a [[Captura do vapor Anhambaí|apreensão da canhoneira Anhambaí]] da [[Marinha do Brasil]], no [[rio Paraguai]], e da [[Guerra do Paraguai|invasão]] da então [[Província de Mato Grosso]] pelas forças do [[Exército paraguaio|Exército Paraguaio]] em dezembro de 1864, declarada a guerra, uma das primeiras reações brasileiras foi a de enviar um contingente militar terrestre para combater os invasores em [[Província de Mato Grosso|Mato Grosso]].
Desse modo, em abril de [[1865]], uma coluna partiu do [[Província do Rio de Janeiro
O mesmo se repetiu ao alcançarem [[Miranda (Mato Grosso do Sul)|Miranda]], em setembro de [[1866]].
Em janeiro de [[1867]], o coronel [[Carlos de Morais Camisão]] assumiu o comando da coluna, então reduzida a 1.680 homens, e decidiu invadir o território paraguaio, onde penetrou até [[Bela Vista|Laguna]], em abril. Por demais distante das linhas brasileiras, e sem víveres para o sustento da tropa, afetada pela [[cólera]], o [[tifo]], e pelo [[beribéri]], a coluna do [[Exército Brasileiro]] foi forçada a retirar sob os constantes ataques da [[cavalaria]] paraguaia, retratado de forma fidedigna na literatura de [[Alfredo d'Escragnolle Taunay|visconde de Taunay]], infligindo perdas severas aos brasileiros. ▼
== A invasão ==
De um efetivo de cerca de 3.000 homens, apenas 1680 estavam vivos em abril de 1867 quando chegaram no<ref>{{citar livro|título=A retirada da Laguna|ultimo=Taunay|primeiro=Alfredo d'escragnolle|editora=Martin Claret|ano=2003|local=São Paulo- Brasil|páginas=pág. 164 (notas de rodapé)|acessodata=}}</ref> território paraguaio e destes retornaram às linhas brasileiras as margens do Rio Aquidauana, hoje município no de Anastácio, Mato Grosso do Sul, em 11 de junho de [[1867]] apenas 700 homens, alquebrados pela [[doença]] e pela [[fome]]. Neste local, que se denominou Porto do Canuto, há um marco em pedra arenito.▼
▲Em janeiro de [[1867]], o coronel [[Carlos de Morais Camisão]] assumiu o comando da coluna, então reduzida a 1
▲De um efetivo de cerca de 3
==Participação indígena==
[[Ficheiro:Expédition brésilienne pour Matto-Grosso. Campement de la division expéditionnaire dans les forèts vierges de Goyaz, à Rio des Bois. - D'après un croquis envoyé par M. Paranhos junior.jpg|thumb|right|350px|Expedição brasileira para [[Mato Grosso]]: Acampamento da divisão expedicionária nas matas virgens de [[Goiás]], na altura do [[Rio dos Bois (Goiás)|Rio dos Bois]].]]
Um fato muitas vezes esquecido é que os [[ameríndios]] foram fundamentais para o Brasil nesse episódio. Quando as tropas brasileiras se retiraram, os índios [[terenas]] e [[guaicurus]]-[[kadiweu]]s, foram os únicos a defender o [[território brasileiro]], e, utilizando [[Tática de guerrilha|táticas de guerrilha]], conseguiram deter o avanço paraguaio até que o [[Exército Imperial Brasileiro|exército brasileiro]] pudesse se recompor.<ref>{{citar web|url=http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/publicacoes/tekoha-3-dia-do-indio-2012-mpf-ms/Tekoha-III-MPFMS.pdf|título=Tekoha|data=abril de 2012|publicado=Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul|formato=PDF}}</ref>
Em gratidão pela defesa da Pátria, os índios da etnia kadiwéu ganharam uma reserva indígena de [[Dom Pedro II]], localizada no município de [[Bodoquena
== Legado ==
▲Em gratidão pela defesa da Pátria, os índios da etnia kadiwéu ganharam uma reserva indígena de Dom Pedro II, localizada no município de Bodoquena (Mato Grosso do Sul) com um território de aproximadamente 350 mil hectares.
Imortalizado na [[literatura]] pela pena de um de seus protagonistas, [[Alfredo d'Escragnolle Taunay]], o futuro visconde de Taunay, e na [[música]] - mais de cem anos depois - pelo [[compositor]] brasileiro [[César Guerra-Peixe]].
== Ver também ==
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