O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,394 bilhão à RGE Sul Distribuidora de Energia (RGE Sul). Os recursos serão usados em medidas para lidar com as mudanças climáticas e mitigação dos seus efeitos que são sentidos desde as enchentes de maio, que devastaram o Rio Grande do Sul.
A operação aprovada pelo BNDES tem uma cláusula específica dedicada à preservação de empregos pela companhia. Com a operação, a população gaúcha deverá ser beneficiada, com a suspensão da correção de tarifa que seria adotada neste ano.
Responsável por cerca de 65% da energia elétrica consumida no estado, a RGE Sul atende 7,1 milhões de pessoas em 3,1 milhões de unidades consumidoras. Ao todo, a empresa cobre uma área de 189 mil quilômetros quadrados.
— Com uma solução inovadora, que vai garantir que a conta de luz não aumente até 2026, o BNDES também vai garantir o restabelecimento dos níveis de emprego. A determinação do presidente Lula é para reativarmos a economia local e normalizar a vida da população gaúcha tão duramente atingida — disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A operação inclui crédito do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, com recursos do Fundo Social. Cerca de R$ 290 milhões serão dedicados à aquisição de máquinas e equipamentos e outros R$ 400 milhões como capital de giro.
— Esta é mais uma ação que mostra o compromisso do governo Lula com o povo gaúcho. Estamos garantindo que a conta de luz não vai aumentar para os gaúchos, e ainda fortalecendo a economia do Rio Grande do Sul — afirmou o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.
A decisão de adiar o reajuste da conta de luz da RGE é tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma vez que a empresa é uma concessionária fiscalizada pelo órgão.