Em julho de 1986, o Jornal da Globo anunciou a estreia de um quadro no qual um time de cronistas formado por poetas, dramaturgos, romancistas e cineastas produziria textos inspirados em fatos relatados no noticiário. As crônicas, de cerca de um minuto de duração cada, não tinham horário pré-determinado, e eram lidas por Eliakim Araújo. A ideia era que a participação dos cronistas fosse associada a atividades culturais ou acontecimentos importantes. Entre os cronistas escolhidos para o quadro, somente Carlos Drummond de Andrade e João Ubaldo Ribeiro tinham liberdade para escrever sobre qualquer tema. Arnaldo Jabor e Cacá Diegues se revezavam nos comentários sobre cinema, Antônio Callado era o responsável por assuntos de literatura, e Ferreira Gullar, por artes plásticas.
Roberto Drumond escrevia sobre esportes, e Dias Gomes assinava as crônicas sobre teatro. O dramaturgo inaugurou o quadro, com um texto em homenagem ao ator Paulo Gracindo, levado ao ar no dia do seu aniversário. Logo em seguida, porém, o projeto foi cancelado devido a dificuldades de produção.