Por Memória Globo


O primeiro cenário do Jornal da Globo, em 1979, apresentava uma inovação para os padrões da época. A bancada de onde Sérgio Chapelin apresentava o noticiário fora projetada em forma de bumerangue, com lugar para um convidado. Fabbio Perez, editor-chefe do JG na época, avaliou, em depoimento ao Memória Globo, que o projeto era um ensaio para um novo formato de jornalismo mais dinâmico, que admitia entrevistas rápidas no estúdio e previa a participação de comentaristas.

Em 1993, Lillian Witte-Fibe foi convidada para se tornar apresentadora e editora-chefe do Jornal da Globo, que passaria a ser transmitido de São Paulo. Para marcar uma linha editorial que investia em dinamismo e seriedade, a direção da Globo encomendou um cenário inovador e altamente tecnológico para o departamento de Arte do Jornalismo. O designer Alexandre Arrabal, diretor da área, conta que o projeto foi pensado e executado em apenas 17 dias.

O elemento principal era um conjunto de 54 monitores de televisão dispostos na parede de fundo, à esquerda e abaixo da mesa da apresentadora. A ideia era passar a impressão de que a mesa estivesse flutuando. Após a estreia, Lillian chegou a apresentar algumas notícias de pé, circulando pelo cenário. Três câmeras se movimentavam sobre trilhos ou gruas para acompanhá-la – recurso até então inédito no telejornalismo brasileiro. Outra inovação que marcou o ano de 1993 foram os recursos de computação gráfica – produzidos pelo departamento de arte e criação da TV Globo –, que passaram a ilustrar as entrevistas.

Em janeiro de 1999, a Globo inaugurou uma nova sede em São Paulo. Os cenários de todos os telejornais apresentados da cidade passaram por mudanças. O Jornal da Globo passou a ser apresentado da redação, que ganhou iluminação e recursos acústicos especiais. Novas vinhetas e animações também foram criadas para o programa na ocasião.

Em 2005, com a chegada de William Waack e Christiane Pelajo ao Jornal da Globo, o cenário se transformou novamente. Em 2009, a bancada ficou ainda mais ampla, com espaço para receber convidados. Quatro telões ao fundo passaram a ser usados para entrevistas e para facilitar a interação com os comentaristas.

Em abril de 2014, o telejornal passou, novamente, por mudanças em seu cenário. A bancada ganhou novos design e cores, além de efeitos de grafismo e uma iluminação em tons de azul. Também foi implantado um telão de quatro metros, formado por seis monitores, trazendo mais recursos para as reportagens. O cenário versátil, compartilhado também pelo Jornal Hoje, foi premiado com medalha de prata no Festival de Filme e Televisão de Nova York.

No final de 2021, o departamento de Arte da Globo fez um trabalho de reposicionamento da marca, adequando a tipografia do Jornal da Globo à nova identidade visual da empresa.

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