Por Memória Globo

Estevam Avellar/Globo

Cenografia e produção de arte

‘Orgulho e Paixão’ foi gravada em duas cidades cenográficas, ambas com 4.000². Em uma delas, foram montados a casa da Família Benedito, a Mansão do Parque, a casa de Jorge (Murilo Rosa) e a casa de Julieta Bittencourt. Na outra, está a rua principal do Vale do Café e algumas locações de São Paulo, como o cortiço, feito com material 100% aproveitado de outras gravações.

Cenografia da novela 'Orgulho e Paixão', 2018 — Foto: João Miguel Júnior/Memória Globo

Foram necessários seis meses de estudo para criar os ambientes cenográficos da novela. A preocupação da equipe em dar verossimilhança ao Brasil do início do século XX pode ser vista nas locações internas e externas. Para as cenas da casa de Julieta Bittencourt, por exemplo, a equipe trouxe a Art Nouveau para contextualizar a personalidade da personagem vivida por Gabriela Duarte.

Da casa de Julieta à Fazenda Ouro Verde, as peculiaridades de cada ambientação remontam ao Brasil dos anos 1910. Só na Fazenda Ouro Verde foram criados mais de 60 utensílios exclusivos para ambientar a localidade.

Alessandra Negrini durante gravação de 'Orgulho e Paixão', 2018 — Foto: João Miguel Júnior/Memória Globo

Figurino e caracterização

Foram produzidos mais de 450 figurinos para a novela. Quando multiplicados, levando em conta as vestimentas de seis camadas, são mais de 2,7 mil peças confeccionadas nos Estúdios Globo exclusivamente para a novela.

Agatha Moreira em Orgulho e Paixão, 2018 — Foto: Ramón Vasconcelos/Globo

Os figurinos usados na trama, além de refletir o período em que a história se passa, também diziam muito sobre os personagens e respectivos status social. Elisabeta (Nathalia Dill) e Ema (Agatha Moreira), por exemplo, são tipos diferentes de mulheres, e as caracterizações ajudavam nessa diferenciação.

Curiosidades

O autor Marcos Bernstein, inspirado livremente em obras de Jane Austen (1775-1817), adaptou as personagens da autora inglesa ao Vale do Café, fictício município brasileiro do início do século XX. 'Orgulho e Preconceito’, 'Razão e Sensibilidade’, ‘Abadia de Northanger’, ‘Mansfield Park’ e ‘“Lady Susan’” foram as obras usadas.

‘Orgulho e Paixão’ foi a última novela de Tarcísio Meira. Intérprete de Lorde Williamson, o ator faleceu em 2021, vítima das consequências da Covid-19.

Tarcísio Meira, Bia Coelho e Vera Holtz durante gravação de 'Orgulho e Paixão', 2018 — Foto: Paulo Belote/Memória Globo

Duas personagens forjaram a própria morte para se livrarem de suas famílias: Josephine Tibúrcio (Christine Fernandes) e Briana Williamson (Bruna Spínola).

As cenas da inauguração da ferrovia de Darcy (Thiago Lacerda), na reta final da novela, foram gravadas em Passa Quatro, município de Minas Gerais.

Otávio (Pedro Henrique Müller) e Luccino (Juliano Laham) protagonizaram o primeiro beijo gay do horário das 18h de uma novela da TV Globo. A história do casal foi bem recebida pela crítica e pelo público, que torceu para que o amor vencesse as barreiras impostas pela sociedade da época. A sequência do beijo venceu a categoria “Cena do Ano” do Prêmio Gshow em 2019.

Houve um crossover entre ‘Orgulho e Paixão’ e ‘O Tempo não Para’, trama do horário das 19h exibida no mesmo período. Elisabeta, ao ler o jornal, comenta com Darcy sobre os 25 anos do naufrágio do navio em que viajava a família Sabino Machado. O acidente é a história que dá início à novela ‘O Tempo não Para’. A família é congelada e acorda 132 depois, nos dias atuais. Uma semana depois da cena de Elisabeta ir ao ar, os personagens Dom Sabino (Edson Celulari) e Marocas (Juliana Paiva), de ‘O Tempo não Para’, estão assistindo à televisão quando se assustam ao verem uma cena de Darcy e Elisabeta se beijando.

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