Acervo/Globo

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

O figurinista Paulo Lois conta que em 'Direito de Amar' aprendeu a vestir muitos figurantes e que o trabalho começava cedo, por volta das 8h, para que a gravação acontecesse à noite, em torno das 22h. Destaca a cena do baile de máscaras em que vestiu, aproximadamente, 500 figurantes.

Betty Gofman e Gloria Pires em 'Direito de Amar', 1987 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Paulo Louis lembra ainda que o amadurecimento de Rosália, personagem de Gloria Pires, também foi expresso em seu figurino. Inicialmente, Rosália era uma mocinha que usava roupas joviais e cabelo solto. Quando se casou, precisou respeitar as normas da época, que determinavam que mulheres casadas não podiam usar cabelo solto. Além disso, a personagem passou a vestir roupas mais fechadas.

CENOGRAFIA E ARTE

Cinira Camargo em 'Direito de Amar', 1987 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Um dos lugares centrais da cidade cenográfica era a confeitaria, onde as aspirações e os ideais do novo século eram discutidos por intelectuais, artistas e passantes. O local foi inspirado na Confeitaria Colombo, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Outros lugares de destaque da cidade cenográfica eram a clínica do médico Jorge Ramos (Carlos Zara) e a pensão de Esmeralda (Cinira Camargo).

CURIOSIDADES

'Direito de Amar' foi vendida para cerca de 50 países, entre os quais, Alemanha, Argélia, Áustria, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Jordânia, Marrocos, Nicarágua, Rússia, Tunísia e Vietnã.



A novela foi reapresentada entre 08 de novembro de 1993 e 25 de fevereiro de 1994, em 'Vale a Pena Ver de Novo'.

Walther Negrão, 2016 — Foto: Ramón Vasconcelos/Globo


Walther Negrão lembra que a radionovela 'Noiva das Trevas', de Janete Clair, em que se baseou para escrever 'Direito de Amar', passava-se em 1800 e foi inspirada na vida da avó de Dias Gomes. A radionovela contava a história de uma noiva que andava pela ruas à noite, o que não se manteve na novela. O autor sustentou nomes de personagens batizados por Janete, como o de Francisco Monserrat, interpretado na trama televisiva por (Carlos Vereza), mas alterou o século, pois a novela começa na passagem para 1900.

Suzana Faini e Carlo Vereza em 'Direito de Amar', 1987 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Além do romance entre a doce Rosália (Gloria Pires) e o romântico Adriano (Lauro Corona), o grande destaque da novela foi o vilão Francisco Monserrat, interpretado por Carlos Vereza. O ator compôs um personagem tão sedutor que, apesar de todas as perversidades, era querido pelo público. A torcida do telespectador por Monserrat obrigou o autor a exagerar as maldades do personagem, levando-o, por exemplo, a chicotear Joana (Ítala Nandi). Mesmo assim, Vereza recebeu muitas cartas de telespectadoras apaixonadas.

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