Cacau
Por — São Paulo

A Fazenda Goiabal, de Bom Jardim (RJ), venceu o ‘Desafio Tecnológico do Cacau’ com a criação e desenvolvimento de um quebra-cacau portátil, capaz de fazer a abertura do fruto sem prejudicar as amêndoas.

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Os testes no protótipo indicaram que o equipamento aumenta em 20% a velocidade de quebra se comparado à operação manual, com cerca de 510 frutos por dia, segundo o gerente da propriedade e detentor da ideia, Felipe Silva.

“O principal é a redução do risco de acidente, além de não precisar ser uma pessoa com prática para ter produtividade”.

A fazenda com área total de 200 hectares cultiva 45 hectares de café arábica de montanha. Porém, Silva se interessou pelo cacau e começou a realizar testes com o fruto até decidir entrar na competição.

“A inovação nos deu a oportunidade de elevar o grau de qualidade do nosso café, e como o cacau tem muitas nuances e processos familiares, resolvemos buscar soluções nas duas commodities”.

O detentor da invenção receberá em janeiro um aporte de R$ 100 mil para dar escala à máquina. Após a vitória, a fazenda entrou em fase de estudo para melhorar o aproveitamento das baterias das máquinas e desenvolver o design final em parceria com uma empresa de engenharia do Rio de Janeiro.

Segundo o produtor, o diferencial do ‘quebra-cacau’ é oferecer um aparelho de corte seguro, simples e de baixo custo focado na agricultura familiar. A faixa de preço da máquina será de R$ 7 mil e o lançamento está previsto para acontecer durante uma feira de cacau em Ilhéus, na Bahia, em maio de 2025.

Quebra-cacau

Quebra-cacau

O segundo lugar na competição ficou com a empresa Phmaxx, de Itabuna, na região sul da Bahia, e o terceiro lugar com a Tornearia Divisa Metalurgia, de Correntina, no oeste da Bahia.

O Desafio Tecnológico do Cacau, realizado pelo Sebrae/BA e Faeb/Senar, em parceria com o CocoaAction Brasil e a Rede+, teve o objetivo de desenvolver uma máquina de custo acessível para a quebra do cacau, a fim de impulsionar a eficiência e a produtividade nas lavouras, principalmente entre pequenos produtores.

A iniciativa contou com o patrocínio da AIPC (Associação das Indústrias Processadoras de Cacau), Nestlé Cocoa Plan e Mondelēz International.

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