De 3º goleiro a titular do Bahia, Danilo Fernandes pede para jogar Libertadores: "Quero mais um ano"

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O contrato de Danilo, renovado em 2023, termina no fim deste ano. Sua permanência é incerta, mas a atuação segura no último jogo da temporada, contra o Atlético-GO, valeu mais do que a Libertadores para o goleiro. Foi a retomada da esperança de que o vínculo entre ele e o Bahia continue por mais tempo.

Danilo passou toda a temporada como terceira opção para o gol do Bahia e tinha entrado em campo apenas uma vez até a tarde do último domingo, quando foi titular no jogo que classificou o Tricolor para a Libertadores após 35 anos. A vaga veio após lesão de Marcos Felipe e má fase de Adriel.

Após deixar o Internacional, Danilo Fernandes estreou pelo Bahia em 28 de julho de 2021, em derrota para o Atlético-MG, nas oitavas da Copa do Brasil, resultado que eliminou o Tricolor da competição. À época, o time já brigava contra o rebaixamento, que se concretizou ao término da última rodada, em derrota para o Fortaleza, por 2 a 1, com Danilo já consolidado como titular após se recuperar de fratura na costela logo nos seus primeiros jogos.

O ano seguinte começou turbulento para o Bahia e Danilo Fernandes. No início de 2022, o time vivia situação delicada no Campeonato Baiano e na Copa do Nordeste, o que resultou em um atentado contra o ônibus que levava a delegação para o jogo contra o Sampaio Corrêa, em fevereiro, para a primeira rodada do Nordestão.

Vários membros do clube ficaram feridos, mas a situação mais preocupante era a do goleiro Danilo Fernandes, que só se recuperou plenamente das sequelas meses depois.

O goleiro só voltou a campo em abril, na rodada de abertura da Série B contra o Cruzeiro. Ele manteve-se titular absoluto da equipe até a 27ª rodada, quando sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho em aquecimento da partida contra a Ponte Preta. Ele ficou nove meses afastado e não atuou nas partidas do acesso para a Série A e do título baiano de 2023.

Danilo perdeu no ano passado com a chegada de Marcos Felipe para a vaga de goleiro titular do time, mas ele seguiu o processo de recuperação até receber nova chance contra o Fluminense. O atleta fez boas defesas, mas o retorno foi frustrado logo aos 38 minutos do primeiro tempo, quando ele sentiu o músculo anterior da coxa e deixou o campo chorando. Foram mais três meses sem ser relacionado.

Depois de tanta dificuldade, o goleiro seguiu como uma das lideranças da equipe, mesmo no fim da fila com a chegada de Adriel para fazer sombra a Marcos Felipe. Danilo voltou a atuar em fevereiro deste ano, na vitória contra o Juazeirense, pela 8ª rodada do Campeonato Baiano.

Mesmo na reserva, Danilo seguiu a cartilha de treinos e quis o destino que ele ganhasse oportunidade no jogo mais importante do ano para o Bahia. A última partida do Brasileirão valia a vaga para a Libertadores após 35 anos, e Danilo Fernandes foi o escolhido para defender as redes tricolores em meio a momento ruim de Adriel e impossibilidade de Marcos Felipe por concussão.

- Não vai dar para falar o que estou sentindo, muita coisa. Muita coisa passou, aconteceu, minha família estava sempre do meu lado. Sem eles não estaria aqui hoje. Cheguei no meio de 2021, primeiro jogo fratura a costela. Vem aquele pesadelo, retorno e a gente é rebaixado. Segui sempre dando meu melhor. Depois, o acontecimento trágico no ônibus, enfim, amor por esse clube sempre falou mais alto. Primeiro acontecimento especial com essa camisa e a gente tem muita coisa para conquistar que esse clube merece.

- Essa torcida merece. Amor e ódio estão lado a lado, em certos momentos odiaram a gente em alguns jogos, mas sempre tiveram aqui e nos apoiaram, independente de vaias ou não. Mas o Bahia é isso, é amor, o amor sempre vence e a gente está muito feliz com essa vaga. Ano que vem histórico, novamente disputar a Libertadores. Coroamos do jeito que tinha que ser esse ano difícil e complicado, fechamos com chave de ouro - completou Danilo após a partida contra o Atlético-GO.

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Danilo Fernandes, tanto tempo depois, segue importante e deixa seu nome marcado na história do Bahia mais uma vez. Após momentos de altos e baixos, o goleiro aproveita cada oportunidade para ganhar ainda mais a confiança de quem bem entende da posição, o técnico Rogério Ceni.

- Eles têm uma relação entre eles muito boa. Um apoia o outro em momentos especiais. E também sofrem juntos. É uma posição única, que só um joga, mas é uma relação de muita amizade. Goleiros são unidos, fazem tudo diferente dos outros, têm um treinador especial para eles. Eu fico muito feliz pela atuação do Danilo. Na vida você pode ter um único momento, e você precisa estar preparado para ele. O Danilo teve 90 minutos e deu uma colaboração gigantesca para o Bahia voltar à Libertadores - destacou o treinador em entrevista coletiva.