(Foto: Jesana de Jesus/G1)
O estudante de Palmas Lucas Campos Rodrigues, de 19 anos, sonha em cursar medicina em uma universidade pública. Para isso, não poupa esforços. Estuda em média 15 horas por dia, lê revistas de notícias e resolve questões de provas para estimular o aprendizado. O empenho valeu a pena neste ano. Lucas fez o Enem e conseguiu notas acima da média: 960 na redação e 753 na prova objetiva (máximo de 1000). Ele se inscreveu no Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (Sisu) e mesmo não tendo sido aprovado na primeira chamada, aguarda com ansiedade o resultado das outras convocações.
Lucas tenta há um ano passar no curso dos sonhos da maioria dos estudantes no Brasil. Se ele não conseguir ser aprovado este ano, vai continuar tentando. Apesar de ter conseguido pontuações altas, a nota dele não foi suficiente para conquistar uma vaga em 1ª chamada no curso de medicina na Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) e na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
fórmulas de matemática, física e química
(Foto: Jesana de Jesus/G1)
O estudante prefere as provas elaboradas pelas faculdades federais. Ele diz que nunca se deu bem no Enem, apesar do bom desempenho, mas considera a prova do exame mais justa. “Em um contexto geral, os candidatos podem concorrer de igual para igual e os estudantes podem tentar uma vaga em várias faculdades do Brasil. Não é todo mundo que tem condições de viajar para participar do processo seletivo em todas as faculdades do país.”
Além de ter uma carga horária pesada de estudos, o quarto do estudante é praticamente uma sala de aula. No azulejo do banheiro, ele utiliza pincéis para registrar as fórmulas mais importantes de física, matemática e química. “É um jeito de fixar melhor as fórmulas”, diz ele. Além disso, na mesa reservada para os estudos, além de muitos livros, há dezenas de papéis pequenos colados contendo mais fórmulas e outros conteúdos importantes.
Se Lucas for aprovado no processo seletivo do Sisu, ele diz que está disposto a deixar a família em Palmas e ir estudar em Mato Grosso ou Amazonas. Se não for aprovado, vai continuar correndo atrás do sonho de ser médico. E para ter bom êxito não tem fórmula, diz ele. “Não tem segredo, é estudar mesmo”, conta sorrindo. “E para as provas do Enem, estar antenado com os acontecimentos do país e do mundo, ler revistas, já que a prova pede interpretações.”
UFT no SISU
inscreveram na UFT por meio do Sisu
(Foto: Bernardo Gravito/G1)
Na Universidade Federal do Tocantins (UFT), 13.510 candidatos se inscreveram por meio do Sisu para concorrer às 201 vagas disponibilizadas em 42 cursos de graduação. As inscrições terminaram na última sexta-feira (10), e nesta segunda-feira (13) o MEC divulgou a primeira chamada dos aprovados, que pode ser conferida no site do sistema.
A UFT alcançou uma concorrência geral de 87,9 candidatos por vaga. Os cursos mais concorridos foram direito (293,6 candidatos por vaga), enfermagem (254,7 candidatos/vaga), administração (237,6) e medicina (224,4).
O Sisu considera o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso em Instituições Públicas de Ensino Superior de todo o país. Os aprovados na UFT fazem as matrículas nos dias 17, 20 e 21 de janeiro. No dia 27 será divulgada uma segunda chamada para as vagas remanescentes.