Viver Bem

Por g1 Santos


Imagem de microscópio eletrônico mostra partículas do vírus da mpox, em laranja, encontradas dentro de células infectadas, em verde. — Foto: NIAID

Três novos casos suspeitos de mpox (antiga varíola dos macacos) estão sob investigação em cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. A região já havia confirmado outros casos da doença neste ano, que voltou a ser classificado como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os novos casos suspeitos da doença estão sob investigação nos municípios de Mongaguá e Itanhaém. Dois pacientes estão sob acompanhamento em Itanhaém e um outro caso é investigado em Mongaguá.

Segundo a Prefeitura de Itanhaém, os casos suspeitos são de dois homens, entre 20 e 30 anos, que foram atendidos no último sábado (24). O município ainda destacou que, até o momento, não há confirmação de casos da doença em 2024.

Já em Mongaguá, a prefeitura informou que o caso de um paciente está em investigação. O material coletado foi encaminhado ao laboratório para análise, nesta terça-feira (27). O município não informou, no entanto, maiores detalhes sobre o paciente.

Casos confirmados

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a Baixada Santista recebeu quatro registros de casos confirmados de janeiro até a última quinta-feira (22), nas cidades de Peruíbe, Praia Grande, São Vicente e Santos.

Em Peruíbe, foi notificado um caso positivo com endereço da cidade, atendido no Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas, durante a investigação, o setor descobriu que o paciente não mora na cidade.

A Prefeitura de Santos informou que uma moradora, de 32 anos, obteve a confirmação da doença na última segunda-feira (19) após exames do Instituto Adolfo Lutz. A mulher havia sido atendida na rede municipal no mês de julho.

A paciente, segundo a prefeitura, segue em bom estado geral, isolada em sua residência, e acompanhada pelo monitoramento das equipes de saúde.

A Prefeitura de Praia Grande disse que o caso em questão foi registrado em julho. O paciente, de 50 anos, já se recuperou e não precisou de internação. Ele foi monitorado por todo o período pela equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública (Sesap).

A prefeitura de São Vicente informou que enviou ao estado uma notificação equivocada — o exame do paciente constatou positivo para catapora.

À equipe de reportagem, a SES informou que irá manter a nota com os quatro infectados até uma nova manifestação dos municípios para retirada das notificações, que não foi recebida até a última semana.

Quanto às investigações da doença, a Secretaria de Saúde de Santos informou que não divulga os casos. As prefeituras de Bertioga, Guarujá, Cubatão e Peruíbe informaram que não há casos confirmados ou suspeitos da doença no município. O g1 solicitou informações à Prefeitura de São Vicente, mas não teve um retorno até a última atualização da reportagem.

Mpox

A “varíola dos macacos", como era chamada a mpox, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958. Ela é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), apesar do vírus receber a nomenclatura de varíola dos macacos, a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos, que ocorre entre pessoas contaminadas.

Conheça o vírus da mpox e os principais sintomas da doença. — Foto: Ana Moscatelli/Arte g1

O contágio pode, ainda, ocorrer entre pessoas e roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso, em 2022, foi estabelecida a mudança de nome para o termo mpox (monkeypox virus).

Contágio

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus ocorre por contato (beijos, abraços, relação sexual) com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele da pessoa infectada.

A recomendação, em casos suspeitos, é evitar o contato próximo com outras pessoas até o desaparecimento dos sintomas. O ideal é realizar o isolamento imediato e não compartilhar objetos e material de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama, por exemplo.

Entenda como o vírus da mpox infecta o corpo humano. — Foto: Ana Moscatelli/Arte g1

Ainda segundo o Ministério, não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.

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