Viver Bem

Por g1 Santos


Partículas do vírus da mpox vistas em microscópio eletrônico. — Foto: NIAID

A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, registra três casos de mpox [antes varíola dos macacos]. Os casos levantados entre janeiro e julho foram confirmados em Peruíbe, Praia Grande e Santos.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que não houve registro de internações e mortes pela mpox na região. Os pacientes infectados, segundo a SES, são: um homem, de 30 a 24 anos, em Peruíbe; um homem, de 50 a 54, em Praia Grande; e uma mulher, de 30 a 34, em Santos.

Informações conflitantes

A SES divulgou que a região teria um quarto infectado pela doença em São Vicente, mas, conforme apurado pelo g1, a prefeitura enviou ao estado uma notificação equivocada.

O exame do morador que estaria contaminado pela mpox deu negativo para a varíola -- ele estava com catapora. À equipe de reportagem, a SES informou que vai manter a nota com os quatro infectados até uma nova manifestação da Prefeitura de São Vicente.

Respostas das prefeituras

A Prefeitura de Santos informou que uma moradora, de 32 anos, obteve a confirmação da doença na última segunda-feira (19) após exames do Instituto Adolfo Lutz. A mulher havia sido atendida na rede municipal no mês de julho.

Ainda segundo a prefeitura, a paciente segue em bom estado geral, isolada em sua residência, e acompanhada pelo monitoramento das equipes de saúde.

A Prefeitura de Praia Grande disse que o caso em questão foi registrado em julho. O paciente, de 50 anos, já se recuperou e não precisou de internação. Ele foi monitorado por todo o período pela equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública (Sesap).

A pasta ressaltou que o controle de doenças do município segue em constante vigilância sobre os casos, atualizando os profissionais de saúde com os novos protocolos e orientações técnicas advindas de instâncias superiores para o atendimento de casos suspeitos da doença.

A Prefeitura de São Vicente, por sua vez, informou que teve um caso notificado em janeiro deste ano. No entanto, ele foi descartado com a constatação de catapora por exame PCR.

A Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau) salientou que os profissionais de saúde estão recebendo orientações através de treinamento on-line e que aguarda novas orientações do Governo de São Paulo.

A Prefeitura de Peruíbe informou que foi notificado um caso positivo com endereço de Peruíbe, atendido no Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas, durante a investigação, o setor descobriu que o paciente não mora na cidade.

Entenda por que a mpox voltou a ser uma emergência global

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Mpox

A "'varíola dos macacos", como era chamada a mpox, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958. Ela é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), apesar do vírus receber a nomenclatura de varíola dos macacos, a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos, que ocorre entre pessoas contaminadas.

Conheça o vírus da mpox e os principais sintomas da doença. — Foto: Ana Moscatelli/Arte g1

O contágio pode, ainda, ocorrer entre pessoas e roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso, em 2022, foi estabelecida a mudança de nome para o termo mpox (monkeypox virus).

Contágio

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus ocorre por contato (beijos, abraços, relação sexual) com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele da pessoa infectada.

A recomendação, em casos suspeitos, é evitar o contato próximo com outras pessoas até o desaparecimento dos sintomas. O ideal é realizar o isolamento imediato e não compartilhar objetos e material de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama, por exemplo.

Entenda como o vírus da mpox infecta o corpo humano. — Foto: Ana Moscatelli/Arte g1

Ainda segundo o Ministério, não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.

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