Nesta segunda-feira (7), Adamantina e Inúbia Paulista foram focos de um mapeamento das áreas de risco, onde ocorrem inundações. De acordo com o coordenador do levantamento, Marcelo Fischer Gramani, que é pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foram visitados quatro locais nos dois municípios.
O mapeamento foi pedido pela Coordenadoria da Defesa Civil do Estado de São Paulo. O estudo também prevê as áreas onde há deslizamentos, porém, Gramani afirmou que na região de Presidente Prudente não ocorre este problema. “Nesta região, não há problema com deslizamentos por causa do próprio relevo. Não existem muitas colinas e, quando há, não tem população em volta”, disse.
O mapeamento
Segundo o pesquisador, para que o trabalho seja desenvolvido, a equipe conta com o acompanhamento do representante da Defesa Civil no município. Juntos, eles passam pelos locais onde há problemas.
“A visita é rápida. Fazemos o registro fotográfico e preenchemos a ficha. A partir dos dados é que classificamos o risco. Depois, sugerimos formas para que o problema possa ser minimizado ou completamente sanado”, pontuou.
No caso das enchentes, ele relatou que são avaliados alguns critérios para se determinar o risco. “São verificados a frequência, como quantas vezes houve a inundação, a gravidade/impacto que as águas provocam, se a enchente é lenta ou rápida, e o quanto o nível da água sobe”, informou Gramani.
A partir da combinação das informações é que são avaliados os riscos. “Quando se fala em risco, falamos sobre a segurança das pessoas. Se há a possibilidade de alguém morrer”, ressaltou.
Além da coleta de informações, o pesquisador ainda avalia a bacia hidrográfica do local e faz uma pesquisa no cadastro da Defesa Civil.
Ele ainda explicou a diferença entre alagamento e inundação que, apesar de acumularem água, são diferentes. “Inundação é associada a um corpo d’água. No período de chuva, devido à vazão, a água extravasa. Já no alagamento não há a presença do rio ou córrego. Geralmente ocorre em locais com o solo impermeabilizado, como nos centros das cidades. As galerias não suportam o volume da água e formam o alagamento”, salientou.
Gramani apontou as diferenças, pois enfatizou que a solução para cada problema é diferente.
inundação e uma área em que ocorre alagamento
(Foto: Marcelo Gramani/IPT/Cedida)
Nova Alta Paulista
Em Adamantina, a equipe passou por três locais. Em dois, há inundação e no outro alagamento. “Talvez a gente tire do mapa a área de alagamento. Porém, falaremos sobre o local no texto, fazendo alguns apontamentos para melhorar o problema”, salientou.
Já em Inúbia Paulista o pesquisador esteve em um local onde há inundação. “Lá já estão sendo feitas obras de melhorias e é provável que futuramente não ocorra mais. Também fomos em outras três áreas onde havia o mesmo problema, mas com ampliação das galerias e tubulações tudo foi resolvido”, disse Gramani.
Ele ainda está avaliando a situação nos municípios para fazer a classificação de risco. “Em Inúbia Paulista, tende a ser de baixo ou médio risco. Em Adamantina, por ter mais casas próximas e ser mais frequente, deve ser de risco médio ou alto”, destacou.
Na quarta-feira (9), a equipe passará por Presidente Prudente e, no dia seguinte, em Caiabu. As duas cidades fecham o mapeamento no Oeste Paulista. O trabalho também será feito em Caconde, Divinolândia, Paranapanema, Tejupá, Tupã e Olímpia. Conforme o IPT, estes municípios foram indicados como prioritários por não terem informações atualizadas sobre riscos de deslizamento e/ou inundações.