Entre os dias 19 e 26 de novembro, será promovido um simulado de emergência sanitária no município de Presidente Getúlio. O treinamento simula a ocorrência de uma doença grave, com o objetivo de treinar os serviços veterinários e avaliar a eficiência dos planos de atuação em focos de doenças emergenciais. A ação é realizada pela Cidasc, em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e conta com o apoio do Sindicarne, do ICASA, Defesa Civil de Santa Catarina e da Prefeitura Municipal de Presidente Getúlio.
Segundo a Coordenadora Estadual de Sanidade Suídea, Sabrina Tavares, os exercícios simulados são muito importantes para que os profissionais vivenciem o mais próximo possível o que seria uma situação de emergência sanitária, com todas as dificuldades para conter um foco de doença que se espalha rapidamente e que traz muitos prejuízos ao Estado.
"É um treino para capacitar os profissionais a atuarem da melhor forma possível, se houver um foco de peste suína africana. Além disso, proporciona a interação entre as diversas instituições que trabalharão juntas em situações de emergência sanitária", destaca Sabrina
Aproximadamente 200 profissionais, entre eles médicos veterinários da Cidasc, do MAPA, do Icasa, da iniciativa privada, de serviços oficiais de todos os estados brasileiros, além de representantes da América do Sul, e profissionais da Defesa Civil, da Polícia Militar e da Polícia Civil farão parte das equipes.
O exercício vai simular a ocorrência de um foco de peste suína africana, doença que não é registrada no Brasil desde a década de 1980, mas que teve focos registrados na América Central no ano passado. Todos os órgãos oficiais de defesa agropecuária, como a Cidasc, têm adotado diversas ações para prevenir a introdução da doença em território brasileiro.
Emergências sanitárias são um problema de toda a sociedade
Os simulados mantém as equipes preparadas para dar pronta resposta a casos suspeitos de emergências sanitárias, adotando assim medidas de controle rapidamente quando necessário.
"Este será o maior evento de campo promovido em Santa Catarina, proporcionando, além do reforço de aprendizado, o treinamento que simulará uma doença que devastaria a economia do estado, a interação com a comunidade local, bem como com outros órgãos de segurança pública, demonstrando que é um problema da sociedade em geral, e não somente do setor agropecuário", explica o Diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Rodrigo Torres Severo.
Doenças como a peste suína africana trazem um impacto para o agronegócio, como a perda de animais para o produtor, levando a prejuízo coletivo: a suspensão do status sanitário de livre de certas doenças, que impactarão na venda da carne catarinense, principalmente para o exterior. O efeito econômico não se limitaria ao setor rural, pois o agronegócio tem participação importante no PIB (Produto Interno Bruto) e na movimentação da economia catarinense.
Como será o simulado
Os profissionais deverão implementar ações previstas para emergências sanitárias, como vistorias em propriedades rurais, inspeção de animais, colheita de material para exames laboratoriais e fiscalização de trânsito. Deste modo, os médicos veterinários estarão preparados para agir caso ocorra algum caso de doença de notificação obrigatória, ainda que o Estado de Santa Catarina tenha um trabalho contínuo para prevenir tais ocorrências.
Durante o simulado, serão realizadas visitas às propriedades rurais; inspeção de animais com colheita de material para exames; interdição simulada de propriedades rurais; fiscalização simulada do trânsito de veículos com barreiras em estradas; desinfecção de veículos; e informes e atividades educativas para a população.
Leia também