Essas competências não são aprendidas no ensino tradicional, por isso, é importante que os estudantes procurem desde cedo disciplinas eletivas que busquem desenvolvê-las. Segundo o mestre em Administração Profissional e professor da Unisul, Fabrício da Silva Attanásio, as experiências além da sala de aula são fundamentais para a formação dos estudantes.

"As disciplinas e atividades de autoconhecimento, criatividade, projetos em áreas de interesse, empreendedorismo e inovação, atividades makers (mão na massa) e visitas técnicas a universidades proporcionam a eles experiências que são fundamentais, pois os ajudam a confirmarem suas escolhas e no desenvolvimento de competências comportamentais ou socioemocionais (soft skills), tão importantes hoje no mercado de trabalho e na sociedade na atualidade", destaca Fabrício.

As mudanças no mercado de trabalho têm fortalecido uma tendência que já virou realidade que são as carreiras múltiplas, ou seja, estudantes que buscam ampliar seu repertório e sua atuação para outras carreiras. É neste momento que disciplinas eletivas e projetos multidisciplinares e transversais as áreas de conhecimento despertam interesse.

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Neste contexto, a Unisul, que faz parte do Ecossistema nima, por exemplo, disponibiliza inúmeras oportunidades que são muito disputadas pelos estudantes, destacam-se os programas e projetos de extensão e pesquisa em inovação e empreendedorismo, onde os estudantes desenvolvem a criatividade em projetos para resolução de problemas reais da sociedade.

"Nosso compromisso é com a cultura inovadora e empreendedora, que transforma as realidades para melhor, assim os estudantes têm ainda a oportunidade de experimentarem uma jornada para desenvolverem o intraempreendedorismo nas empresas que trabalham ou até mesmo terem a experiência de criar suas próprias empresas, podendo ser de base tecnológica e startups ou não, mas também de negócios convencionais e projetos de inovação e impacto socioambiental", explica Fabrício.

As experiências internacionais são valorizadas pelo mercado de trabalho e, por isso, também bastante procuradas por muitos estudantes. Dessa forma, seja de intercâmbio, projetos internacionais ou até mesmo aulas em outros idiomas, elas são oportunidades que os estudantes têm para engrandecer os seus currículos e adquirir conhecimentos em outras culturas.

A pandemia do Covid-19 provocou grandes mudanças no mundo do trabalho e na sociedade, reforçando ainda mais a importância das competências socioemocionais. No fim de 2020, o Fórum Econômico Mundial publicou as 15 habilidades que estarão em alta no mercado de trabalho até 2025, sendo que a maioria das habilidades tem a ver com a capacidade de adaptação e relacionamento interpessoal entre os profissionais.

Além disso, muitos empregos deixarão de existir no futuro e outros surgirão. A pesquisa estima que 85% dos trabalhos que existirão em 2030 serão novos (Institute For The Future).

"Essa é uma dinâmica que precisamos nos acostumar e nos preparar, por isso o aprendizado ao longo da vida ganha tanta relevância. Então, precisamos sim das competências técnicas (hard skills), mas, principalmente, desenvolver as competências socioemocionais que nos ajudam a nos adaptar às mudanças constantes do mercado de trabalho e sociedade", explica Fabrício.

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Diante deste cenário, algumas competências serão cada vez mais importantes e valorizadas como criatividade, resolução de problemas, pensamento crítico, liderança, colaboração, trabalho em equipe, inteligência emocional, negociação, comunicação, pensamento analítico e inovação.

"Como são competências transversais a qualquer área e difíceis de serem aprendidas, quem tem elas desenvolvidas além da formação em sua área específica de interesse, sem dúvidas não ficará desempregado", garante Fabrício.

Em relação ao ingresso no mercado de trabalho, precisamos considerar a realidade de cada estudante e cada família, mas, segundo o professor Fabrício, quanto antes os estudantes tiverem a oportunidade de trabalhar, melhor.

"Assim, seja como menor aprendiz a partir 14 anos, por meio de estágios remunerados e não remunerados, ou até mesmo trabalho voluntário, toda a experiência é muito válida, pois, pode contribuir para as escolhas profissionais e para o desenvolvimento de competências que o ajudarão muito futuramente", finaliza Fabrício.

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