A Prefeitura do Rio e a concessionária que administra o VLT – os bondes modernos – entraram em acordo e prometem já para o mês que vem o início da operação da Linha 3.
O trecho, o último que faltava para ser inaugurado, liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont pelo eixo da Avenida Marechal Floriano, usando partes já em funcionamento das linhas 1 e 2.
Mapa do VLT do Rio com as três linhas: promessa de pleno funcionamento em novembro — Foto: Infografia: Guilherme Pinheiro/G1
Ajustes nas contas
O acordo firmado entre a prefeitura e a concessionária do VLT criou um grupo de trabalho formado por técnicos para ajustar as questões contratuais.
Em março, o VLT entrou na Justiça contra a Prefeitura do Rio, alegando quebra de contrato e atrasos em repasses que, atualizados, chegam a R$ 170 milhões.
Também em março, Crivella se referiu ao VLT a “aquela porcaria”.
Bondes sem passageiros circulam na Avenida Marechal Floriano, no Centro — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio
Impasse
O sistema foi inaugurado em junho de 2016, como um legado das Olimpíadas do Rio. As obras custaram quase R$ 1,2 bilhão. Mais de R$ 500 milhões foram pagos com dinheiro público, do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade.
O consórcio pagou a outra parte, de R$ 625 milhões, e tem o direito de operar o serviço por 25 anos. O contrato previa que a prefeitura pagaria de volta para a empresa 270 parcelas de R$ 9 milhões. Porém, desde maio de 2018, o município não faz os repasses.
O contrato previa um volume diário de 260 mil passageiros, mas apenas 80 mil rodam nos bondes todos os dias. Para compensar a defasagem, caberia à prefeitura pagar a diferença.
O prefeito Marcelo Crivella propôs mudar a contrapartida. Segundo ele, garantir 260 mil passageiros diariamente equivale a um prejuízo de R$ 420 mil por dia. Ele sugere assegurar apenas 100 mil passageiros por dia, o que diminuiria o prejuízo com o excedente que deve ser repassado ao consórcio.
Para tal, o prefeito chegou a anunciar o fechamento de grande parte do Centro para ônibus. Linhas intermunicipais só iriam até a Rodoviária Novo Rio ou até o entorno da Central. A
Além disso, Crivella propôs elevar o tempo de concessão de 25 anos para 35 anos.