Daqui a 50 anos, o Rio, que acaba de ganhar um espaço para pensar o futuro do planeta, o Museu do Amanhã, continuará sendo um cartão postal para o mundo? Para os especialistas, cuidar das águas é fator determinante para a manutenção da Cidade Maravilhosa, como mostrou o RJTV nesta sexta-feira (18).
O ambientalista Sérgio Besserman tem uma projeção otimista para o Rio daqui a meio século.
"Nossas praias estarão limpas, nossas lagoas passarão a ser das pessoas, dos cariocas, porque hoje elas não são. E o grande desafio, o maior dos desafios: a despoluição da Baía de Guanabara. Ela estará ou despoluída ou em processo de despoluição. Esse é o Rio. Se a gente não fizer isso, o Rio vai ser qualquer outra coisa, não o Rio de Janeiro”, disse.
Besserman defende que os governos e a sociedade civil passem a cuidar juntos da bacia hidrográfica do Rio, investindo em saneamento básico, tratamento de esgoto e coleta de lixo. Segundo ele, a água será mais cara, e o uso vai ter que ser mais eficiente.
Outra questão que precisa ser pensada é a infraestrutura da cidade. No futuro teremos problemas gerados pelo aquecimento global. Segundo especialistas, numa previsão otimista, em 50 anos o nível do mar vai subir de 20cm a 30cm. Com isso, o Rio vai precisar de obras de contenção e de canais com bombeamento permanente.
Os especialistas preveem que a população da cidade tende a diminuir e esperam que a cidade para de expandir e invista mais em mobilidade urbana.
“A cidade não deve aumentar a sua área ocupada porque se a população não aumenta e nós aumentarmos a área ocupada da cidade, vamos perder qualidade. Nós vamos perder vitalidade urbana. Nós vamos expandir muito os custos dos serviços e das infraestruturas e nós vamos abandonar as áreas consolidadas”, defende o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães.
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