CONFIRMADO : EXÉRCITO DEU DINHEIRO A PRESO POLÍTICO EM TROCA DE INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA SOBRE PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL

sáb, 03/04/10
por Geneton Moraes Neto |
categoria Entrevistas

 

                                                           O Exército pagou, em dinheiro, a um dirigente do Partido Comunista do Brasil,o PC Do B, em troca de informações sobre onde se realizaria uma reunião em que os dirigentes discutiriam a Guerrilha do Araguaia. O PC do B atuava na clandestinidade durante o regime militar.  

                                                 O que era até hoje tido como uma suposição foi confirmado pelo general que autorizou pessoalmente o pagamento.  “A ideia foi minha” – disse o general Leônidas Pires Gonçalves – que chefiou o DOI-CODI do I Exército no Rio de Janeiro entre março de 1974 e janeiro de 1977.  A declaração do general foi feita em entrevista a este repórter, levada ao ar pela Globonews , no programa DOSSIÊ GLOBONEWS.

                                                  (Aqui, o vídeo completo :  https://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1556374-17665-337,00.html )

                                                 Repassadas ao II Exército, em São Paulo, as informações obtidas pelo I Exército, no Rio, resultaram na invasão da casa  onde estava reunido o Comitê Central do PC do B, na rua Pio XI, 767, no bairro da Lapa, em São Paulo, no dia 16 de dezembro de 1976, uma quinta-feira. Três dirigentes morreram na operação – que ficou conhecida como “Massacre da Lapa” :  Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Baptista Franco Drummond.

                                              Durante a entrevista, em que levantou a voz e se exaltou algumas vezes, o  general Leônidas Pires – que ocupou o posto de ministro do Exército durante o governo Sarney  – chamou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso  de “fugitivo”, palavra que ele usa para se referir a todos os que saíram do Brasil durante o regime militar.   

                                          As palavras do general são um documento porque retratam o que um militar de alta patente tem a dizer sobre um período conturbado da história recente do Brasil.

                                                Trechos da entrevista, gravada a propósito dos 25 anos do fim do regime militar:

                                                O senhor foi chefe do temido DOI-CODI do I Exército durante dois anos e dez meses. O senhor sabia da existência de tortura a presos políticos ? 

                                                Leônidas Pires: “Nunca houve tortura a preso político na minha área. Desafio alguém que tenha sido torturado durante este período ( N: o general chefiou o DOI-CODI durante o período em que foi chefe do Estado Maior do I Exército,  entre março de 1974 e janeiro de 1977).  Está feito o desafio! A história de tortura…Você vai me perguntar se existiu. Costumo dizer: a miserável condição humana leva a isso.  Mas, com medo da falada tortura, eles eram grandes delatores. Grande delatores. Um do Comitê Central ( do PC do B) delatou toda a turma para o meu esquema de segurança no Rio de Janeiro”. 

                                                           O que o senhor diz é uma acusação grave:  pagou a um integrante do comitê central do Partido Comunista para delatar seus companheiros. Quem pagou ? O senhor ?   

                                                      “Não: a organização. Nunca me contactei pessoalmente com nenhum subversivo. Não era minha missão. Minha missão era dirigir o órgão que faz isso”.  

                                                        De quem foi a ideia de pagar ?  

                                                         “A ideia foi minha! Fui adido militar na Colômbia (N: de julho de 1964 a novembro de 1966). Aprendi que,lá, eles compravam todos os subversivos com dinheiro. Quando propus ao DOI-CODI me disseram: “Não, mas general….”.  Mas ele foi preso e mostrou o dia em que haveria a reunião em São Paulo numa casa na Lapa. Deu o dia e a hora, por 150 mil, entregues à filha dele,em Porto Alegre”.   (O general não cita o nome do dirigente, mas  o livro “Combate nas Trevas”, lançado ainda nos anos oitenta pelo historiador e ex-militante comunista Jacob Gorender, registra que a colaboração de um integrante do PC do B  com o Exército “deu à reunião um final de catástrofe”).  

                                                                      Houve outros casos em que o DOI-CODI pagou a prisioneiros em troca de informação ?  

                                                                     “Estou falando de um DOI-CODI, o meu, no Rio de Janeiro: de 1974 a 1977” 

                                                            O único caso foi este ? 

                                                            “No meu, sim…” 

                                                             O senhor faz uma acusação que é de extrema gravidade. Um integrante do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil teria recebido dinheiro para dar informações ao Exército… 

                                                             “Deu, por 150 mil ( N: a moeda, na época, era o cruzeiro).  Mandei entregar!  Quando digo “eu”, a gente fala funcionalmente. Como disse: nunca falei com um subversivo”. 

                                                               O dinheiro que foi entregue a este integrante do Comitê Central do Partido Comunista em troca de informações, segundo o senhor diz, saía como do I Exército ?  Existia uma “caixinha” ? 

                                                          “Que caixinha nada! Um serviço de informações tem verba oficial para cumprir a missão”.

                                                             Mas as informações que ele passou, segundo o senhor diz, em troca de dinheiro, resultaram em mortes….

                                                               “Resultaram. Claro. Resultaram. Porque ninguém se entregou quando chegamos lá. Nós, não.O caso foi entregue a São Paulo. Temos áreas delimitadas de operação.  São Paulo chegou lá e deu ordem de prisão. Foram recebidos a bala. E quem começa a guerra não pode lamentar a morte. É duro de ouvir? É duro de ouvir ? Quem começa a guerra não pode lamentar a morte. Nós não começamos guerra nenhuma. A bomba no Aeroporto dos Guararapes foi o primeiro sangue que correu no Brasil. Confirmou-se que a bomba foi feita pelo pessoal da AP ( N: uma bomba explodiu no saguão do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, no dia 25 de julho de 1966. Um almirante e um jornalista morreram na hora. O atentado foi cometido por dois militantes da AP, a Ação Popular).  Guerra é guerra. Guerra não tem nada de bonito – só a vitória. E nós tivemos. A vitória foi nossa. Porque esta país caiu na democracia que nós queríamos”. 

                                                               Que orientação o senhor dava aos seus comandados no I Exército ?

                                                                   “Eu disse assim:  “A missão que estamos fazendo é para exercer com nobreza. Nós estamos aqui para defender os interesses do Brasil! Não estamos aqui para defender os interesses de ninguém nem pessoalmente!. Segundo: não somos bandidos! Somos soldados de luta! Por isso, dou a seguinte  orientação a vocês: se vocês entrarem num aparelho lutando, alguém levantar o braço e vocês atirarem num homem de braços abertos, vocês vão se ver comigo!  Porque nós não somos bandidos! Mas, se você está na luta e achar que o indivíduo deve morrer, atire pra matar! ”.  Eu dava esta orientação como estou dando a você agora aqui. Depois, dava instruções de comportamento individual na hora da confrontação. Era uma maneira simples:  para ficar ao alcance do soldado, é que fiz esta imagem: “Não cometam arbitrariedade : na hora de dar chocolate, não se dá tiro. E, na hora de dar tiro, não se dá chocolate!”.     

                                                                  Alguns dos seus comandados atirou para matar ?  

                                                                 “Tenho absoluta certeza de que, na luta, muitos morreram e muitos mataram. Mas na atitude de soldado! Porque o soldado é o cidadão de uniforme para o exercício cívico da violência. É no mundo inteiro, historicamente. Quer guardar a frase ?  Se você vai me perguntar se soldado mata, vou ter de achar graça…”. 

                                                                   O senhor chegou a chefiar o DOI-CODI no Rio durante o regime militar e foi o primeiro ministro do Exército depois da redemocratização. O senhor admite que a tortura é uma mancha na história recente das Forças Armadas no Brasil ?   

                                                                        “Eu acho que ela, lamentavelmente, ocorreu. Mas, para ser uma mancha, ela foi muito aumentada por nossos antagonistas para justificar algumas coisas que eles fizeram e achavam que tinham o direito de fazer. Hoje, todo mundo diz que foi torturado para receber a bolsa ditadura.  Não tem cabimento. Já gastamos dois bilhões e oitocentos milhões nisso. É essa a resposta que você quer ?”.  

                                                                          O senhor já chamou a cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos de medidas “altamente civilizadas”. Baseado em quê o senhor chama de civilizadas medidas que são obviamente uma violência política ?

                                                                “Porque elas são históricas. Cassação é a denominação nossa para o ostracismo na Grécia e do banimento em Roma. São civilizadas porque têm dois mil anos de atuação. Nós ainda fizemos de uma maneira mais doce do que faziam os romanos e os gregos, porque não afastamos as pessoas do lugar onde moravam. E eles afastavam”.

                                                         Mas os exilados foram obrigados a sair do Brasil… 

                                                          “Não se esqueça do seguinte: não tivemos exilados no Brasil.Tivemos fugitivos. Pode ser dura a minha palavra, mas não acho que tivemos exilados no Brasil. Não houve um decreto de exilar ninguém. Depois, os que fizeram algumas coisas e quiseram ir embora, nós os consideramos banidos. Quiseram ir embora para aqui, para lá, para acolá. Pegaram um avião e saíram por aí”. 

                                                             O senhor chama de “fugitivos” os exilados, alguns célebres, como Miguel Arraes, Leonel Brizola e Luís Carlos Prestes. Não é uma injustiça ?

                                                          “Não, não acho que seja injustiça. Porque a palavra exilado também não serve para eles. Exilado é alguém que recebe um documento do governo exigindo que se afaste. Tal documento nunca houve. Como é que você quer tachá-los,então ?  Dê uma sugestão! A minha sugestão é : fugitivos…”  

                                                              Historicamente são exilados….

                                                              “Que negócio é esse de historicamente ?”

                                                               O senhor também chamou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de fugitivo, entre outros exilados…

                                                               “Só ele não! Todos eles, inclusive ele! Todo mundo que foi embora sem ser expulso do Brasil considero fugitivo. Sem exceção. Fugitivos! O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e todos os outros são, para mim, fugitivos. Porque se eles tinham uma ideia – e esta ideia era confrontada  e fizeram alguma coisa que merecesse –  deveriam  enfrentar a justiça, porque seriam respeitados”

                                                               O governador Miguel Arraes, por exemplo, foi deposto, foi confinado na ilha de Fernando de Noronha e seguiu para o exílio… 

                                                               “Sim,mas foi embora porque quis !  Poderia ter voltado a Pernambuco e ter ficado em casa”. 

                                                              Deposto ? 

                                                             “Mas qual é o problema ?” 

                                                               Todo ! 

                                                                “Não é todo não! Que ele enfrentasse,como deposto, legalmente, as coisas. Faria o proselitismo – e não sairia correndo para o mundo. Assim aconteceu com os outros: saíram todos correndo. Ninguém quis ficar aqui. Alguns foram se preparar militarmente para fazer a confrontação. Onde ? Em Cuba, na Albânia, na Rússia..Quanto ao caso específico que você cita, o de Miguel Arraes: ele não foi fazer isso. Ele se deu muito bem fazendo seus negócios. É um homem de sucesso de negócios. Não acho. Você insiste nisso! Esquece que,para ser exilado, precisa ter um documento que provoque o exílio”.

                                                                 Mas,na prática, não havia condições para o exercício da política naquela época…

                                                                 “Fique,então, aguardando no país. Não precisa ir embora. Por que fugiu do Brasil? Com medo de outras sanções ?” 

                                                                    O senhor considera que o ex-governador era um fugitivo ou um perseguido pelo regime militar ? 

                                                                     “Primeiro, ele merecia as punições que recebeu, pelas atitudes que tomou….

                                                                   Não num regime democrático… 

                                                                     “…Mas a gente também se antecipa aos que querem fazer algo. O que é que ele queria fazer do Brasil ? Nós temos um grande orgulho de nosso faro! Depois, olhe o que aconteceu na Rússia, em todos os países de origem comunista, aquela mortandade. Vocês nos acusam, os da esquerda”…

                                                                    Não sou representante da esquerda… 

                                                                     “Você tem um laivozinho, tem um laivozinho…Vocês esquecem quantos milhões matou Stalin, quantos milhões matou o Khmer Vermelho, quantos mil matou Fidel Castro nessa ilha: dezessete mil. Outra coisa : exilado geralmente é o homem que sofre restrições. Os homens que foram para o Chile: eu bem que queria tirar o curso que eles tiraram lá. O senhor Fernando Henrique era professor universitário, coma vida muito bem organizada. Vivia sem nenhuma restrição financeira, só para dar um exemplo. Exilado é uma coisa. Quem vai voluntariamente – e gosto de chamar de fugitivo – é outra. Não faça confusão. A sua convicção sobre exilado precisa acabar!”  

                                                                           Mas não é convicção minha. É um fato histórico! 

                                                                             “Não é fato histórico não senhor! Fato histórico se houvesse uma lei fazendo o exílio. O fato histórico foi forçado pela mídia batendo no mesmo tambor: bam-bam-bam-bam-bam-bam….”

                                                                          Se não eram exilados, por que é que o governo militar promulgou uma Lei da Anistia permitindo que eles voltasssem ? Se não existiam exilados, para   que uma Lei da Anistia ?

                                                                        “Acontece o seguinte: eles estavam assustados. Nós dissemos para eles: podem vir, não há perigo nenhum. Mais do que fugitivos, eram assustados. Sempre pergunto: alguma coisa tinham feito para ir embora!”.

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152 Comentários para “CONFIRMADO : EXÉRCITO DEU DINHEIRO A PRESO POLÍTICO EM TROCA DE INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA SOBRE PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL”

Páginas: [8] 7 6 5 4 3 2 1 »

  1. 152
    Alexandre Micxhael:

    Se não fosse a atitude e a coragem dos nosssos militares, estararíamos na maõs desses assassinos, subversivos, terroristas e anarquistas até hoje. O Golpe Militar de 1964 foi uma necessidade fundamental para preservação das nossas famílias. Todos esses anistiados (?) quando chegassem, nem deveriam ir para preisão, deveriam enfrentar o pelotão de fuzilamernto, pular à 8 mil pés de altura de um Hércules C-130, sem pára quedas ou serem jogados ao mar, com muitos tubarões famintos, Quem se salvasse, estava livre! Salve o 31 de março de 1964! HURRA ao Marechal Castelo Branco! Apoio total ao A-5 do General Costa e Silva! O Brasil foi um país entre 1964 e 1985.. DOA A QUEM DOER!!!

  2. 151
    MARCOS FIGUEIREDO:

    Engraçado como jornalistas insistem num tema onde os vilões da história são as duas partes, os Militares que torturaram e os Militantes armados que assassinaram inocentes civis. A lei da anistia de 1979 amparou exilados, ou fugitivos como queiram, que se envolveram em crimes políticos. Atos de Tortura…Roubos (Assaltos) Terrorismo e seqüestro, a Lei da anistia não beneficiou aos seus autores e assim, mesmo depois da assinatura pelo então Presidente João Batista Figueiredo, àquele que estivesse “foragido” mas que tivesse cometido estes atos que a lei excetuava, poderia ser preso quando pisasse no território nacional. Na mesma linha de entendimento, também poderia ser processado o militar que comprovadamente tenha cometido tortura ou atentado como o ocorrido no Rio Centro. Resta à luz da lei interpretar quê, na ausência de legislação penal para os atos específicos, deveriam tantos os Militares, quanto os Militantes ARMADOS responderem pelos crimes consubstanciados na legislação penal comum da época que por sinal é a mesma desde 1940. (Homicídio, Roubo, Lesão Corporal seguida de morte etc…), contudo atualmente os autores destes atos, tanto os militares, quanto os militantes armados não seriam “beneficiados pela lei da anistia, e poderiam ser processados, mas não seriam condenados devido à prescrição dos crimes. Outro detalhe… no lado dos Militares há relatos de soldados que não se envolveram em atos de tortura e até os repudiou, muitos destes militares foram expulsos da corporação sob a acusação de traição e do lado dos militantes, muitos colaboraram com os militares delatando os seus pares militantes. Resumindo…Nem todos os militares da época são torturadores e nem todos os militantes foram vítimas do regime militar. ABSURDO: Até hoje o ato de terrorismo não é considerado crime segundo a legislação penal Brasileira e os atos de tortura somente foram tipificados como crime agora em 1997. No caso Rio-Centro os terroristas eram militares, no caso do Aeroporto de Guararapes os terroristas foram militantes da VAR-PALMARES. Braço armado e violento da resistência. O BRASIL PRECISA ABRIR ESTA FERIDA QUE AINDA NÃO CICATRIZOU E EXTIRPAR ESTES DOIS TUMORES MALIGNOS DE SEU PASSADO…FICAR PROCURANDO RESPONSÁVEIS SOMENTE ENTRE OS MILITARES NÃO IRÁ LEVAR A NADA E SOA COMO ATO DE REVANCHISMO E NÃO COMO FATO HISTÓRICO.

  3. 150
    Edson Bueno:

    O exercito tem como missão honrar a constituição, o que fez em 64 foi rasga-la se tornaram subversivos e quem lutou contra eles lutou e honrou a constituição. Soui da idéia de que estes militares sejam expurgados da sociedade e seus herdeiros possam ter VERGONHA de tê-los como membros da familia a que pertencem.
    Salve os Camaradas que tombaram!

  4. 149
    Ricardo:

    Graças a Deus os militares nos livraram de ser uma cuba ou uma venezuela..
    O povo eh muito ignorante, principalmente essa imprensa esquerdista e esses jornalista comunistas.
    O povo fala tanto de tortura… mas me diz uma coisa… quantas pessoas sao torturadas HJ no Brasil inteiro por policiais nas favelas???? Basta ver a realidade retratada no filme CIDADE DE DEUS! mas e ae… vamos acabar com a DEMOCRACIA? isso eh ridiculo… soh foram pegos os que mataram, assassinarm, roubaram etc… e hj esses estao no poder. ESSAS SAO AS PESSOAS QUE O POVO CULTUA. Tudo tem uma razao de ser… e pq serah que o Brasil eh essa porcaria???….
    A IMPRENSA EH RIDICULA… SE AMANHA OS MILITARES VOLTAREM AO PODER, VAO TODOS COMEÇAR A ESCREVER MIL E UMA MARAVILHAS DO REGIMA. VCS SAO COMPRADOS.!

  5. 148
    Carlos:

    NC é um santinho, um exemplo para a sociedade………..tua hora vai chegar soldadinho e tu vai se entender com o todo poderoso !

  6. 147
    Luiz:

    Infelizmente o General Newton Cruz, não teve o seu valor reconhecido, e infelizmente foi o chamado bode expiatorio dos colegas de fardas na nova república. Só posso dizer que um dia iremos agradecer ao General pelo seu patriotismo e os grandes serviços prestados a esta NAÇÃO.

  7. 146
    Osmar Ferreira:

    Prezado Geneton,

    O seu brilhantismo como entrevistador é indiscutível. Você tem conseguido fazer suar esses militares da linha dura, que em certo momento da história assumiram o poder, momento este profundamente conturbado.

    Se foi bom ou mal cabe à historia política isenta deste país constatá-lo.

    Como eu e meus contemporâneos não vivemos aqueles momentos (pelo menos de forma a criar juízo de valor), gostaria de sugerir outra(s) entrevista(s) com pessoas que participaram daquele momento como oposicionistas, tipo Dilma Roussef, FHC, Serra, José Disceu, etc..
    Claro que éticamente você deverá ter a mesma postura inquisitiva que você teve com os generais, mesmo entendendo que a tendência do jornalista seja de esquerda.

    Quanto ao delator do PC do B, a omissão do seu nome pode ser em virtude de, quem sabe, hoje este seja figura de proa na política atual.

    Um abraço.

  8. 145
    Ricardo:

    São todos vendidos, independente do partido, independente de ser situação ou oposição…dito isto não me surpreende a corrupção que avança a passos largos dentro deste governo do povo…o pior é que o povo aprova, a desgraça do Brasil é a ignorância e a falta de moral que assola esta país…

  9. 144
    Janes:

    Bem interessante as entrevistas com os Generais do Exécito. Concordo com a palavra ( FUGITIVOS) empregada para aqueles que Deixaram o Brasil e que ainda tiveram boa vida no exterior, penso até que nem deveriam ter retornado, não é possível o governo gastar 2 Bi e 800 milhôes com os ditos anistiados.
    Uma coisa é certa:
    QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME, NÃO FOGE!
    Realmente a palavra Liberdade deve ser acompanhada com com a palavra Responsabilidade.C est tout.!

  10. 143
    igor nunes:

    Eleições fazer as pessoas ficarem alucinadas, só pode.
    O texto é sobre a ditadura e querem ficar falando só da Dilma e da Esquerda.

    Se são da máfia da direita, pelo menos escondam um pouco, tá muito na cara a idéia de fazer campanha para o Serra.

    Muito ridículo isso

  11. 142
    Bruno Gama:

    A retrógrada lei de anistia (1979) permite que criminosos andem livremente e até deem entrevistas…
    Violações aos direitos humanos devem ser processadas, e o Brasil, como signatário de tratados internacionais sobre o tema deveria cumprir essas resoluções.
    Parem de proteger generais e subordinados que cometeram crimes contra os direitos humanos

  12. 141
    Bruno Gama:

    -Interessante a hipocrisia deste senhor: fala de “subversivo”, mas o que seriam subversivos? Aqueles que não aceitam tal controle ilegal do estado?
    -Fala de “democracia” que nos queríamos… ou melhor, a ditadura na qual eles(militares) mandam em nós.
    -”se está na luta e achar que um indivíduo deve morrer, atire para matar”. Realmente nestes anos negros da história brasileira, muito gente era “indigna” de viver.
    -”Porque o soldado é o cidadão de uniforme para o exercício cívico da violência.” nesse ponto concordo com o “generalíssimo”, o estado cria assassinos para obedecer a suas ordens…qualquer estado
    - chama de cassação(ilegal) de mandatos durante a ditadura de “altamente civilizada”, justificando por ser encontrada na antiga roma e grécia…bom, a crucificação também data da antiga roma, usando o mesmo raciocínio também deveríamos utilizar tal medida igualmente “civilizada”?
    - fala em “fugitivos” ao invés de exilados, mas a própria palavra fugitivo pressupoe que fugiram de algo, algo necessariamente coercitivo, senão seriam apenas cidadãos que escolheram morar fora do brasil… não devemos nos esquecer do velho lema: “brasil, ame ou deixe”, mas a ditadura, como nunca foi seu forte, não deixava resquícios, e pode se vangloriar de “nunca ter exilado” ninguém, assim como a igreja católica diz que nunca matou ninguém na fogueira

  13. 140
    Bruno:

    Vejo alguns comentários dizendo que na época da ditadura militar “eramos felizes” e sabíamos ou não. Bom, tenho alguns pontos a considerar:
    1- Não foi um movimento “autóctone”, pelo contrário, fazia parte de uma disputa internacional entre eua e união soviética. a Ditadura não acabou por pressão do povo ou por “bondade” dos ditadores, mas pela “detente” iniciada nas relações russo-americanas.
    2- Devo reafirmar que dos piores sistemas político a democracia ainda é a menos pior. Talvez devam sentir saudades da nossa gestapo doi-codi, do assassinato de wlado, do massacre do araguaia, do atentado terrorista ao rio centro, do terrorismo sistemático de estado, da censura a imprensa, do fechamento do congresso, do ai-5, da política de cabresto, do macartismo brasileiro e sua política de deduragem, dos desaparecidos, enfim poderia fazer uma lista enorme.
    3- Não há provas de que se não houvesse a ditadura no Brasil seríamos cuba, na verdade houve vários países da américa latina que não tiveram ditaduras e não viraram comunistas.
    4- O Brasil é um péssimo exemplo do que um país deve fazer para preservar o menos pior dos sistemas, a democracia.
    A alemanha por exemplo perseguiu até o fim os perpretadores daquele sistema, que eles não querem que nunca mais se repita, no Brasil pelo contrário, os responsáveis não foram processados por seus atos, diferentemente de Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
    O brasil pelo contrário dá espaço a generais como este, já que não são processados, deveriam ficar no anonimato, lustrando sua estátua de mussolini.
    5- Ideologias sempre atrapalham, e as vezes atrapalham o pensamento lógico. Por que cargas d´agua uma ditadura de direita é melhor do que uma de esquerda? Não encontrei provas ainda de tal coisa, estou esperando…

  14. 139
    Janete:

    Excelente entrevista, só um jornalista com o gabarito do Geneton poderia ter conduzido tão bem uma entrevista com a V.Exa o General Newton Cruz ,vocês dois estão de parabéns pela oportunidade em sabermos da versão dos Militares, que na minha opinião só teve falhas a partir de 68.
    Penso que os políticos mais novos como o Ciro Gomes e etc… Não trazem o ranço dos políticos que militaram nesta época comos os” Fugitivos” FHC,SERRA e Cia limitada.
    No caso das favelas no RJ, gostaria de saber em que governo foi criado a Vila Kennedy e Vila Aliança na Zona Oeste do RJ, pelo que sei foi para tirá-los das áreas de risco.
    Bem! No mais só tenho a parabenizá-los, inclusive a equipe de produção.

    .

  15. 138
    Adriano:

    É muita hiopocrisia um Global falando em Regime Militar no Brasil. Ora, não era as Org. Globo a responsável em manter a massa alienada enquanto os militares executavam as suas mazelas? E não é a TV Globo uma das principais interessadas em manter a verdade sobre este período trancada em um cofre num ministério ou QG? Foi uma época nebulosa e nefasta que jamais saberemos a verdade absoluta, e pelo teor do conteúdo desta entrevista continuaremos sem saber nada porque o maior meio de comunicação do país teme a verdade. Falta credibilidade e imparcilalidade. Não dá pra acreditar em muita coisa aí não.

  16. 137
    A Silva:

    Valeu Nini! Sua lucidez nos espanta! Graças ao seu trabalho não estamos no racionamento como na Venezuela e nem nos falta o papel higiênico, como em Cuba. Via a democracia. Abaixo os esquerdopatas!

  17. 136
    Marco:

    Geneton, foram duas entrevistas incríveis com os generais. Muito importante, por questões históricas, ver o que esses senhores pensam, porque fizeram o que fizeram, etc.

    É interessante também ver que Newton Cruz considera uma questão moral omitir o nome de um assassino (no caso do jornalista Baumgartem) como se isso fosse uma coisa boa, eticamente superior a entregar o assassino e deixar a justiça ser feita. Parece coisa da máfia.

    Por outro lado, o Newton Cruz tinha que conseguir um emprego como comentarista econômico, político, de futebol, de moda, seja lá o que for. Houve momentos da entrevista em que eu quase caí da cadeira de tanto rir – a hora da peteca “de macho” foi impagável. Goste-se ou não dele (eu não gosto), é inegável que ele é uma figuraça. No mínimo, um repeteco da entrevista seria ótima.

    Um abraço e continue com o excelente trabalho!

  18. 135
    Luiz Neto:

    Parabéns pela entrevista General.
    Que saudade daqueles tempos em que a gente podia sair `
    Na minha opinião o Regime Militar cometeu muitos erros sim!
    O maior deles foi o de não ter dado para aqueles que tanto admiram Fidel Castro o mesmo remédio que ele utilizou com a sua oposição:
    o Paredòn!

  19. 134
    Ed Laskar:

    O jornalista, infelizmente, rendido ao subjornalismo militante, fez um enorme esforço para transformar a entrevista em um libelo acusatório, faltando-lhe isenção. Por isso só, é uma reportagem totalmente desprovida de credibilidade.Tentou de todas as maneiras transformar o General num arquétipo da violência. Fico imaginando se esse pessoal de esquerda tivesse triunfado nos idos de 1964. Como estaríamos? O que é bastante curioso, mesmo com intensa propaganda, demonizando os militares, as Forças Armadas continuam com enorme prestígio junto ao povão. Como justificar isto? Não há a menor dúvida de que no tempo do regime militar vivíamos melhor. Podíamos ir e vir sem problemas. A não ser quando o pessoal de esquerda explodia um banco ou um aeroporto.Naqueles tempos erámos felizes…e sabíamos.

  20. 133
    odir gilnei:

    o que não consigo entender até hoje (60 anos), é que as famílias que perderam filhos com as bombas que estes que se diziam interessados em melhorar o país (subversivos), Dilma, Genoino, José Dirceu, Lula, Fernando Henrique, Caetano Veloso, etc…, não recebem auxilio nenhum, e os verdadeiros bandidos ficam deitados em redes recebendo por atos de banditismo no país. Pelo menos na época do Militarismo não existia preocupação em sermos aviltados com os mensalões da vida. Vocês repórteres direcionados deviam criar vergonha e reconhecer que os militares construiram esta democracia que aí está. Peçam para abrir a ficha da Dilma e dos outros comunistas.

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