16/12/2015 18h53 - Atualizado em 16/12/2015 19h05

Famílias de presos feridos denunciam falha no atendimento do HUT

A mãe de um deles disse que o filho foi baleado por munição letal.
Direção do hospital afirma que cinco detentos estão feridos.

Do G1 PI

Familiares de presos feridos em rebelião buscam de informação na frente do HUT (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Familiares de presos feridos em rebelião buscam de informação na frente do HUT (Foto: Ellyo Teixeira/G1)

Familiares dos detentos da Casa de Custódia em rebelião têm se deslocado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em busca de informações sobre os feridos que participaram da rebelião desta quarta-feira (16). A mãe de um deles, que não quis se identificar, disse que o filho foi baleado por munição letal e ainda não passou por cirurgia.

"Não retiraram a bala da cabeça do meu filho. Ele falou em poucas palavras que não sabe quem atirou nele. A prisão é o local onde o filho chora e a mãe não ver", desabafou.

Até o momento, cinco detentos deram entrada HUT. Segundo o diretor do hospital, Gilberto Albuquerque, apenas um dos presos apresenta maior gravidade. Eles estão sendo acompanhados por agentes do sistema prisional. “Todos estão estáveis. Este que foi baleado está em estado mais grave e o seu risco não está descartado”, afirmou o diretor.

Força Nacional é acionada
Equipes da Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionadas para minimizar os efeitos da rebelião da Casa de Custódia, que acontece desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (16). Cerca de sete viaturas estiveram na parte interna e externa do presídio.

Sete viaturas da Força Nacional, cada um com quatro homens fortemente armados, se deslocaram até o local para minimizar os efeitos da confusão e conter os ânimos dos detentos e familiares.

Desde às 6h os presos da Casa de Custódia estão em rebelião. O secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira, garante que não haverão fugas, reféns ou mortes.

Greve dos agentes penitenciários
Os conflitos em presídios de Teresina e Parnaíba acontecem na mesma semana em que os agentes penitenciários decidiram entrar em greve. De acordo com Kleiton Holanda, diretor do sindicato que representa a categoria, houve um motim no pavilhão B às 20h da terça-feira (15).

Os agentes cobram melhorias salarias e um acordo que foi firmado com o governo ainda em novembro, mas que segundo eles, não chegou a ser cumprido.