Por Marcus Passos, g1 Pará — Belém


Uma das equipes ganhadoras do prêmio Desafio Liga Jovem. — Foto: Sebrae/Instituto Ideias de Futuro

Belém foi a cidade escolhida para receber em 2025 a final da 3ª edição do Desafio Liga Jovem, uma competição de educação e tecnologia com várias escolas do país. A confirmação foi feita pelo diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick.

“Queremos estar lá em Belém, na COP 30, participando. E para não deixar a juventude e o empreendedorismo fora dessa agenda, eles vão ser os grandes representantes dessas três forças: da juventude, da educação e do empreendedorismo”, afirmou em entrevista ao g1 Pará.

Em 2024, a fase final da competição ocorreu em São Paulo, entre 25 a 30 de novembro, reunindo mais de 100 estudantes de 20 instituições de todas as regiões do Brasil.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae Nacional. — Foto: Sebrae/Instituto Ideias de Futuro

Para Bruno Quick, a ideia de trazer a final para Belém no ano em que o Brasil recebe a 30ª Conferência das Partes, é uma oportunidade para a sociedade discutir os pequenos negócios, o empreendedorismo e principalmente a educação.

“A COP 30 é a hora do Brasil mostrar para o mundo um caminho para o desenvolvimento sustentável, evidenciar a força da bioeconomia e o potencial empreendedor do brasileiro”.

Segundo o diretor técnico do Sebrae Nacional, a meta é que a edição em Belém supere o número de inscritos nas duas competições anteriores.

“Nós queremos 200 mil participantes. E há essa postura empreendedora do Pará, de receber em Belém, com todos os desafios que o Brasil tem, que o Estado tem, que a cidade tem, receber lá e mostrar a riqueza que o nosso país é”, disse.

A competição

Realizada pelo Sebrae, por meio do Instituto Ideias de Futuro, o Desafio Liga Jovem premiou em São Paulo os melhores colocados em quatro categorias: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Superior.

Participaram do desafio representantes de 16 estados, entre eles três alunas do Ensino Médio do Pará: Sofia Silva, de 19 anos; Jaqueline Freitas e Saphyra Aguiar, ambas de 17 anos.

Para a professora Tatiana de Castro Oliveira, orientadora do projeto VivaEco, da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA), participar da premiação é uma forma de levar empoderamento e renda às mulheres.

“O empreendedorismo do nosso projeto se propõe a levar empoderamento às mulheres. Adaptamos um projeto local da professora Silvana Palha, chamado Escola Viva em Movimento, e queríamos levar renda para mulheres de baixa renda da periferia de Belém”, afirma.

O objetivo do projeto das alunas da Escola de Aplicação é propor uma solução inovadora para o problema do acúmulo de resíduos sólidos no meio ambiente com a criação de ecobancos feitos de biotijolos, produzidos a partir de garrafas PET.

Participantes do projeto VivaEco, da Escola de Aplicação da UFPA. — Foto: Divulgação

Cada categoria (Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Superior) teve uma banca avaliadora.

Os primeiros colocados de cada categoria ganharam uma viagem internacional para Portugal e um notebook a cada integrante, incluindo os professores orientadores.

A segunda edição conta com 54 mil inscritos, número que superou em 10 vezes a adesão obtida na 1ª edição. Foram 12 mil projetos entregues, o Desafio Liga Jovem consolida-se como a maior competição de empreendedorismo na escola do Brasil

Mais de 100 estudantes estão em São Paulo para a final da premiação. — Foto: Divulgação

Todos os estados tiveram equipes representadas. Mais de 87% dos inscritos vieram de instituições públicas, com maioria feminina (52,7%), de população parda (48,7%).

A etapa final trouxe como temáticas: Meio Ambiente e Sustentabilidade (6 projetos); Educação (6 projetos), Inclusão Social e Direitos Humanos (5 projetos); Sustentabilidade e Empreendedorismo (1 projeto); Cultura e Artes (1 projeto); Saúde e Bem-estar (1 projeto).

Vencedores

Do Ensino Fundamental, venceu o projeto Chama Violeta, da EMEF Saint-Hilaire, escola pública do Rio Grande do Sul, que criou uma plataforma com metodologia própria e conteúdos para combater violência sexual contra os próprios estudantes.

Do Ensino Médio, o prêmio foi para os estudantes do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Os estudantes apresentaram o projeto Grudinho QUIAMA, um adesivo que funciona como repelente de insetos e também como um tratamento de alergia.

Da Educação Profissional, a primeira colocação ficou com o projeto AGAIA, criado por alunos da ETE Frederico Guilherme Schmidt, do Rio Grande do Sul. Trata-se de um dispositivo de detecção e alerta para deslizamento do solo em locais de vulnerabilidade social, capaz de detectar o acúmulo de água no solo durante as chuvas e disparar alarmes sonoros e visuais.

E na Educação Superior, a equipe Apeîara Mapas conquistou o primeiro lugar, com o projeto de mesmo nome, desenvolvido por estudantes do Instituto Federal do Amapá – Campus Macapá, do Amapá. A equipe desenvolveu um mapa tátil que ajuda pessoas com deficiência visual a se localizarem em ambientes públicos, incorporando tecnologias voltadas para a acessibilidade e a inclusão.

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