(Foto: Reuters/John Stillwell)
A polícia britânica reafirmou nesta quinta-feira (15) que sua posição não mudou e que Julian Assange será detido caso saia da embaixada equatoriana em Londres, depois que Quito pediu que o deixassem ir a um hospital.
Assange, que recebeu asilo do Equador e é exigido como suspeito de vários crimes sexuais na Suécia, está refugiado desde junho de 2012 na legação equatoriana em Londres.
"De modo algum as autoridades britânicas impedirão que Assange receba cuidados médicos. Deixamos isso claro para o governo do Equador", afirmou uma porta-voz da chancelaria, sem mais detalhes.
No entanto, quando a AFP perguntou à polícia se o criador do site WikiLeaks seria preso se saísse da embaixada, foi emitido um comunicado em 12 de outubro, que afirmava que os policiais "continuavam comprometidos em executar a ordem de prisão contra Assange".
Na véspera, o governo britânico rejeitou o pedido do Equador de dar um "salvo-conduto especial" para que Assange pudesse se submeter a exames médicos devido a uma forte dor no ombro direito, informou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
"A resposta que recebemos do Reino Unido é que pode sair da embaixada a qualquer momento por qualquer assistência médica que possa necessitar, mas a ordem europeia de detenção se mantém para o senhor Assange. Ou seja, pode sair, mas vamos prendê-lo", acrescentou Patiño.
Vigilância
Na segunda-feira, a polícia britânica abandonou a vigilância constante da embaixada dos últimos três anos, mas mantém sua intenção de deter Assange se ele deixar o local.
O australiano teme que, uma vez na Suécia, seja extraditado aos Estados Unidos pela publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais do governo americano através do WikiLeaks.
A Suécia espera concretizar até o fim do ano um acordo judicial de cooperação com o Equador, que permitiria que a justiça sueca interrogue Assange na embaixada equatoriana.
O preço da vigilância constante foi até agora de 12,6 milhões de libras (19,3 milhões de dólares) e 17 milhões de euros), segundo o WikiLeaks.