(Foto: Reprodução/TV Integração)
A Regional Zona da Mata da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) quer mais projetos municipais de incentivo à instalação de empresas. Segundo o presidente da Regional, Francisco Campolina, é uma forma de fortalecer a região que tem concorrência forte na vizinhança.
“Nossos municípios competem com cidades dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Eles são bons de briga porque oferecem incentivos pesados. O que a gente quer é trabalhar e produzir em pé de igualdade com os nossos vizinhos. Tem que incentivar. Porque se não fizer, as empresas vão para outros municípios de Minas e do país”, disse.
Nesta sexta-feira (4), em Juiz de Fora, foi sancionada a lei que autoriza a concessão de incentivos financeiros para atração de investimentos geradores de emprego, renda e receitas tributárias. A lei 13.2017 entra em vigor em 30 dias, contando a partir da publicação.
De acordo com Francisco Campolina, esta lei é resultado de um trabalho conjunto com os governos municipais e estaduais para aumentar a competitividade. “A gente sabe que os terrenos na nossa cidade são prejudicados pela topografia porque precisam de investimentos extras em terraplanagem e infraestrutura. A lei é muito bem-vinda pois é resultado desta ação para atrair investimentos para a cidade”, explicou.
O presidente da FIEMG Regional Zona da Mata ressalta atrair as indústrias de transformação são a meta com esta lei. “São todas que transformam a matéria-prima em produto final. Por exemplo, compram fio e transformam em malha ou compram farinha e transformam em pão e biscoito. Elas são nosso foco porque são as que movimentam recursos e geram o impacto e os empregos que são necessários."
A Regional engloba 142 municípios da Zona da Mata e parte do Campo das Vertentes. Segundo Francisco Campolina, outros projetos estão em andamento para fortalecer toda a região. Um deles é vetor sitioaereoportuário, vinculado ao entorno do Aeroporto Regional da Zona da Mata e que afeta diretamente de Juiz de Fora, Coronel Pacheco, Goianá, Rio Novo, São João Nepomuceno.
“A nossa meta é transformar essa região em um corredor da indústria de tecnologia fina, que não causa poluição, trazendo empresas de química fina, software, computação, montagem de equipamentos eletrônicos e design. O projeto que oferece incentivos específicos para estas áreas está tramitando no governo. Dependemos da conclusão da estrada de acesso ao Aeroporto para reforçar a proposta que afeta uma área de 22 quilômetros em cinco cidades”, explicou Francisco Campolina.
Outra proposta é reduzir o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que possibilita a 'guerra fiscal' com outros estados. “Participei de reuniões nesta semana com o governador Fernando Pimentel para reforçar a importância da redução do ICMS para o setor industrial. Ele foi muito sensível à nossa reivindicação”.