Técnicos administrativos da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG) e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) entraram em greve nesta quinta-feira (28). A categoria aderiu ao movimento nacional convocado pela Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA). Os servidores pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais.
A decisão foi tomada pela Ufla após uma assembleia na manhã desta quinta-feira, mas não foi informado o número de funcionários paralisados. A associação dos docentes da universidade informou que os professores não entraram em greve, mas devem participar de uma reunião na próxima semana para decidir se irão aderir ou não ao movimento.
Já na Unifal, cerca de 10% dos técnicos administrativos aderiram à paralisação nos três campi da universidade. Uma nova assembleia será realizada durante a tarde para decidir medidas a serem tomadas pelos funcionários.
A Universidade Federal de Itajubá (Unifei-MG) e o campus de Pouso Alegre (MG) do Instituto Federal do Sul de Minas (IF Sul de Minas) não aderiram à greve, segundo informações das assessorias de comunicação.
No país
O sindicato nacional dos professores das instituições federais (Andes-SN) organizou o início da greve nas universidades para esta quinta-feira. No entanto, cada uma das universidades deve votar em assembleia local a adesão ou não ao movimento. A greve começou em universidades federais de Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambucano, Rio de Janeiro, Sergipe, Minas Gerais e Tocantins.
Segundo a entidade, a greve foi aprovada no dia 16 de maio como "o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos públicos para a educação pública, e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Públicas Federais".
Ao G1, o Ministério da Educação informou nessa quarta-feira (27) que se reuniu com as entidades em busca de diálogo e foi informado desde o início de que havia data marcada para a greve. "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", afirmou o ministério.