22/12/2015 18h28 - Atualizado em 22/12/2015 18h28

Desembargadora nega novo pedido de liberdade de ex-governador de MT

Silval Barbosa foi preso em setembro, durante operação da Polícia Civil.
Ex-governador já teve pedidos de soltura negados em todas as instâncias.

Lislaine dos AnjosDo G1 MT

Silval Barbosa (PMDB) se negou a responder pergunta na CPI, mas se disse 'angustiado'. (Foto: Renê Dióz / G1)Silval Barbosa (PMDB) sofreu mais uma derrota
na Justiça. (Foto: Renê Dióz / G1)

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) teve mais um pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), no início da tarde desta terça-feira (22). A decisão, em caráter liminar, é da desembargadora Serly Marcondes. Preso no dia 17 de setembro durante a operação “Sodoma”, da Polícia Civil, o ex-governador é réu por crimes relacionados a fraudes na concessão de incentivos fiscais do estado e se encontra detido no Centro de Custódia de Cuiabá.

Ao G1, a defesa de Silval Barbosa afirmou que vai buscar todas as medidas possíveis para tentar restituir a liberdade do ex-governador. Valber Mello, um dos advogados de Silval, afirmou que “todas as possibilidades de análise de mérito dos pedidos feitos pela defesa continuam intactas” e que, agora, a defesa irá aguardar a decisão do mérito do pedido.

O ex-governador já teve pedidos liminares de soltura negados em todas as instâncias e um habeas corpus (HC) indeferido pelo TJ. Segundo Mello, a defesa ainda aguarda o julgamento do mérito de dois habeas corpus, sendo um no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e outro no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em caso de negativa no STJ, os advogados devem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação
Silval Barbosa foi um dos alvos da operação Sodoma, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra um grupo responsável por fraudar a concessão de benefícios do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) a um empresário de Cuiabá.

O ex-governador, segundo a denúncia do MPE, chegou até a assinar um decreto fraudulento para sustentar o esquema às vésperas de deixar o cargo, em dezembro de 2014. Hoje, ele é acusado por crimes de formação de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.