20/08/2014 16h13 - Atualizado em 20/08/2014 16h13

Contrária a 'novo' vazio da soja em MT, Aprosoja diz que foco é outro

Associação defende debate em torno da eficiência dos produtos.
Comissão sugeriu ampliação de 90 para 150 dias no período restritivo.

Leandro J. NascimentoDo G1 MT

soja transgênica (Foto: Leandro J. Nascimento/ G1)Soja transgênica em Mato Grosso
(Foto: Leandro J. Nascimento/ G1)

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) reafirmou nesta quarta-feira (20) ser contrária a ampliação do vazio sanitário da soja no estado, conforme recomendou a Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Estado, no início da semana.

Se regulamentada a medida, a partir de 15 de abril fica proibido o plantio da cultura no estado. A vigência,  atualmente de 90 dias, passaria para 150, encerrando em 15 de setembro.

Para a entidade, “o problema central é a perda de eficiência dos produtos fitossanitários em geral que estão disponíveis no mercado", diz em nota.

“Estamos discutindo um problema presente em 130 mil hectares (a soja safrinha), deixando de priorizar uma situação crítica existente em 9 milhões de hectares”, afirmou o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk em nota.
 

“Não é aumentando o vazio sanitário que se resolve o problema com o manejo de princípios ativos de fungicidas, por exemplo”, citou ainda Tomczyk.

Na segunda-feira, técnicos do serviço agropecuário federal e estadual e as entidades do setor produtivo se reuniram em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, para discutir a polêmica envolvendo o cultivo da soja sobre soja, ou seja, a chamada safrinha.

Para os pesquisadores, tal semeadura representa um risco à sanidade das lavouras porque eleva os riscos e a pressão de pragas.

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) vai avaliar a sugestão feita pela Comissão e se posicionar sobre o assunto. Nesta terça-feira (20) o coordenador substituto da Defesa Sanitária Vegetal do órgão, Rogaciano Arruda, disse em entrevista ao Agrodebate que o Indea também quer ouvir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o assunto.

 

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