08/12/2015 19h46 - Atualizado em 08/12/2015 20h20

Cerca de 70% dos médicos residentes em MS aderem à greve nacional

Segundo coordenador regional, Santa Casa e HU já confirmaram.
Paralisação iniciou nesta terça-feira (8) e por tempo indeterminado.

Juliene KatayamaDo G1 MS

Médicos residentes da Santa Casa e Hospital Universitário de Campo Grande aderiram à paralisação nacional que iniciou nesta terça-feira (8), sem prazo para terminar. Os dois hospitais concentram 72% dos profissionais em Mato Grosso do Sul e juntos somam 253 dos 350 residentes no estado.

Segundo o coordenador regional da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Manuel Barbosa Cordeiro dos Santos, de 34 anos, a principal reivindicação da categoria é a regulamentação dos médicos residentes.

“O principal é qualificação dos programas existentes e abertura de vagas após a fiscalização dos existentes e instrução dos médicos que nos orientam”, afirmou o coordenador.

Além dos dois hospitais que aderiram à greve, também têm médicos residentes o Hospital Regional (82), São Julião (4) e a Clínica Campo Grande (11), todos na capital sul-mato-grossense. De acordo com o chefe dos residentes da Santa Casa, Marcelo Santana, o Hospital Universitário em Dourados também tem profissionais, mas ainda não é vinculado à associação.

A estratégia dos residentes é criar “agendas sociais” para chamar a atenção da sociedade para a importância da categoria, como doação de sangue, distribuição de presentes. “Vimos a necessidade de iniciar o movimento porque é prioridade pública. Se forma melhor esses médicos, consequentemente, o atendimento para a população vai melhorar”, destacou o coordenador.

Reivindicação
Além da regulamentação da profissão, os médicos residentes também reivindicam reajuste salarial. Conforme Santana, o último aumento foi em 2010, quando também fizeram greve. Também querem o fim da diferença entre as bolsas.

“Um residente do Programa Mais Médicos ganha cerca de R$ 10 mil, já um hospitalar ganha entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil”, pontuou o chefe dos residentes.

Outros pontos são a melhoria da condição de trabalho, dos equipamentos utilizados, de medicamentos.

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