Médicos residentes da Santa Casa e Hospital Universitário de Campo Grande aderiram à paralisação nacional que iniciou nesta terça-feira (8), sem prazo para terminar. Os dois hospitais concentram 72% dos profissionais em Mato Grosso do Sul e juntos somam 253 dos 350 residentes no estado.
Segundo o coordenador regional da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Manuel Barbosa Cordeiro dos Santos, de 34 anos, a principal reivindicação da categoria é a regulamentação dos médicos residentes.
“O principal é qualificação dos programas existentes e abertura de vagas após a fiscalização dos existentes e instrução dos médicos que nos orientam”, afirmou o coordenador.
Além dos dois hospitais que aderiram à greve, também têm médicos residentes o Hospital Regional (82), São Julião (4) e a Clínica Campo Grande (11), todos na capital sul-mato-grossense. De acordo com o chefe dos residentes da Santa Casa, Marcelo Santana, o Hospital Universitário em Dourados também tem profissionais, mas ainda não é vinculado à associação.
A estratégia dos residentes é criar “agendas sociais” para chamar a atenção da sociedade para a importância da categoria, como doação de sangue, distribuição de presentes. “Vimos a necessidade de iniciar o movimento porque é prioridade pública. Se forma melhor esses médicos, consequentemente, o atendimento para a população vai melhorar”, destacou o coordenador.
Reivindicação
Além da regulamentação da profissão, os médicos residentes também reivindicam reajuste salarial. Conforme Santana, o último aumento foi em 2010, quando também fizeram greve. Também querem o fim da diferença entre as bolsas.
“Um residente do Programa Mais Médicos ganha cerca de R$ 10 mil, já um hospitalar ganha entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil”, pontuou o chefe dos residentes.
Outros pontos são a melhoria da condição de trabalho, dos equipamentos utilizados, de medicamentos.