O líder do partido Rede no Senado, Randolfe Rodrigues, não viu qualquer surpresa na saída de Joaquim Levy e na entrada de Nelson Barbosa. O senador disse que agora se restabelece a sintonia entre a equipe econômica e o que a presidente Dilma Rousseff prometeu durante a campanha.
“Não deu certo desde o começo, não daria certo até o final. O ministro Barbosa tem maior identidade, política e programática, com que a presidente da República defendeu principalmente no segundo turno”, afirmou Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio, disse que a troca de ministros indica que a presidente Dilma continuará interferindo na política econômica e reforça também a manutenção do modelo que mergulhou o país nesta crise sem precedentes.
O líder do Democratas na Câmara, Deputado Mendonça Filho, vê na saída de Levy a desistência do governo de controlar os gastos públicos para superar a crise.
“Com todo o respeito pessoal ao ministro Nelson Barbosa, o que ele representa é a volta da política econômica do PT, que gerou desequilíbrio das contas públicas e graves consequências para a nossa economia”, afirmou o deputado Mendonça Filho.
O Palácio do Planalto se apressou em deixar claro que a mudança do ministro da Fazenda não significa o fim do ajuste fiscal. O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que o governo vai insistir pra concluir a votação das medidas que estão no Congresso, e que o governo dará continuidade às reformas necessárias à economia.
Na avaliação da Federação do Comércio o mais importante é o governo persistir no combate à inflação e no ajuste fiscal.
“A troca pode ser positiva no sentido que havia muito desgaste já do ministro Levy, então talvez uma percepção de um gás novo, de uma nova atitude. O que interessa são as ações e atitudes do próximo ministro e não a troca em si, nem o nome de quem está substituindo p antigo ministro”, diz o economista Fabio Pina.
O líder do PT, senador Humberto Costa, disse que Joaquim Levy cumpriu seu papel à frente do ministério e que com Nelson Barbosa o governo poderá dar mais enfoque para pautas que até agora ficaram em segundo plano.