O comércio está apostando nas vendas de Natal para fechar o ano com um pequeno crescimento nas vendas. Uma pesquisa mostra que quase todos os brasileiros pretendem dar presentes, mas o valor da lembrança diminuiu.
A menos de uma semana para o Natal, os centros de comércio do país ficaram lotados neste sábado (19).
O brasileiro deixa tudo para a última hora. Em um dia comum, cerca de 600 mil passageiros passam pela estação de trem do Brás, um dos principais centros de comercio popular de São Paulo. Neste sábado, devem ter sido pelo menos um milhão de pessoas. Consumidores foram atrás de presentes de Natal ou de uma roupa nova para passar as festas.
A companhia de trens montou um esquema especial. “Nós mais do que dobramos o número de empregados atuando na operação, na segurança e, principalmente, no direcionamento das pessoas”, afirma Sergio Carvalho Junior, gerente de relacionamento da CPTM.
A operação organizou o fluxo na estação, mas do lado de fora: “Uma muvuca total! Mas é gostoso”, brinca uma mulher.
É tanta gente que a calçada não dá conta. Os consumidores acabaram ocupando a rua também.
Os lojistas do Brás esperam tirar o atraso e fechar o ano com um pequeno crescimento nas vendas. “Eu acho que a gente vai fechar positivo com um pouquinho de crescimento, de 1% a 3% a estimativa que fizemos”, diz Marrer Abed, diretor da Associação de Lojistas do Brás.
E teve cliente que festejou as compras. Mas nem todo mundo se divertiu... O trânsito de carros ficou parado. E estava difícil pegar um ônibus vazio no ponto.
No Rio, além da multidão, quem foi às compras ainda encarou outro desafio: enfrentar o Sol de quase 40°C no comércio da Saara, no Centro. Só mesmo com sacolé gelado, água e chapéu.
Vendedores estavam preparados para seduzir os clientes. E todo mundo de olho em descontos e promoções para dar conta da lista de presentes.
Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostram que 93% dos brasileiros querem dar presentes neste Natal. Mas o valor das vendas deve cair 22%.
O Natal da Saara é sempre movimentado. Mas este ano perdeu parte do brilho. É que os comerciantes cancelaram a tradicional decoração natalina que deixava as ruas cheias de enfeites. Uma loja decorada com trenó e Papai Noel é uma exceção. A Associação Comercial da Saara economizou na decoração para investir mais em segurança.
Aliás, o presente que a Jaqueline queria ganhar. “Paz e segurança, o que mais a gente precisa aqui, no Rio, no Brasil, no mundo inteiro”, ela diz.