26/10/2016 19h53 - Atualizado em 26/10/2016 19h53

Servidores técnicos federais de 20 unidades estão em greve em Goiás

Sint-ifes diz que 80% dos funcionários aderiram à greve contra PEC 241.
Categoria pede que verba para educação e saúde não seja congelada.

Vanessa MartinsDo G1 GO

Os trabalhadores técnico-administrativos de 20 unidades de ensino federais em Goiás aderiram à greve. A categoria afirma que já tem 80% dos trabalhadores parados por ser contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece teto para o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos e pedem que  educação e a saúde sejam excluídas da medida.

O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-ifesgo) informou que a greve começou na segunda-feira (24) no interior do estado e nesta terça-feira (25) na capital.

A organização afirma que já aderiram à paralisação dez unidades do Instituto Federal de Goiás (IFG), são elas: reitoria, Anápolis, Senador Canedo, Goiânia-Oeste, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás, Jataí e Formosa. Funcionários do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) também participam da paralisação em Trindade, Hidrolândia, Posse, Ceres, Urutaí e a reitoria.

Segundo o Sint-ifesgo, trabalhadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) também fazem parte da paralisação em Goiânia, Jataí, cidade de Goiás e Catalão.

A coordenadora geral do sindicato, Fátima dos Reis, afirmou que trabalhos considerados urgentes continuam sendo feitos normalmente, mas algumas atividades, como serviços da biblioteca ou retirada de documentos, estão suspensos.

“Trabalhos como o do Hospital das Clínicas, por exemplo, não foram interrompidos, porque entendemos que se parassem causariam danos irreversíveis à vida e à instituição, determinados setores não podem parar. Serviço de documentos, no entanto, está paralisado e qualquer demanda dos estudantes tem que passar pelo comando de greve. A solicitação deve ser enviada para o sindicato”, disse ao G1.

Reis explicou que a paralisação vai continuar até que a educação e a saúde não estejam entre os setores que farão parte do congelamento de gastos.

“Se hoje já são insuficientes os recursos, imagina se forem congelados por 20 anos. Se não tiver como ampliar a instituição, não tem como ampliar número de vagas. A população jovem aumenta exponencialmente, mas ofertas de vagas não vão aumentar. Na saúde da mesma forma, a população envelhece, vai ser maior demanda por assistência a saúde e não vai ter como atender”, afirmou.

Instituições
A assessoria de imprensa do IF Goiano informou ao G1 por meio de nota que ainda não foi notificado oficialmente a respeito da paralisação. Conforme o texto, “até o momento adesão tem sido pelos servidores técnico-administrativos e as aulas continuam normalmente”.

A assessoria de imprensa da UFG informou ao G1 por meio de nota que ainda não tem dados sobre a adesão à paralisação.

Já a assessoria de imprensa do IFG relatou ao G1 por telefone que ainda não vai se manifestar a respeito da greve.

Ocupações
Estudantes já ocuparam 15 unidades federais de Educação em Goiás, que protestam contra a PEC 241, a reforma do ensino médio e a falta de investimento em Educação. Entre os locais ocupados estão campi da UFG, do IF Goiano e do IFG na capital e no interior.

veja também